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terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Cerra, o 2º maior dos entreguistas

Bessinha sabe bem como é a relação do PSDB com os EUA

Uma das notáveis vantagens do Wikileaks – que o Bonnner chamava de uaiquiliquis – é que ele confirma as suspeitas.

Conversa Afiada sempre suspeitou que por tras da loucura do Padim Pade Cerra havia uma lógica.

A Bolívia é a responsável pelo consumo de cocaína nos Jardins, em São Paulo.

Fechar o Mercosul.
Colocar o ataque ao Irã no centro de uma “política” externa.

Qual a lógica desse bestialógico numa campanha eleitoral ?

A Bolívia enfrenta os Estados Unidos e não deixa instalar lá uma força tarefa “colombiana” de combate ao tráfico.

O Mercosul forte é a alternativa brasileira à Alca dos Estados Unidos.

O uaiquiliquis demonstrou que o Irã é o centro da política externa americana.

Ou seja, a lógica do Cerra na campanha era a lógica da política externa americana.

Não havia loucura nenhuma.

Como sempre houve lógica no entreguismo do Cerra.
Na defesa dos contratos de “concessão” do pré-sal, contra os de “partilha”.

É o que demonstra agora o uaiquiliquis, de forma lapidar (de “lápide”, “túmulo”):

“… novas rodadas (para explorar o pré-sal) não vão acontecer…

“… o modelo antigo (de “conceder”, “dar”) funcionava…”

” … mudamos de volta …
E diz a interlocutora, a funcionária da Chevron, membro do Instituto Brasileiro (?) de Petróleo:

” … as regras sempre podem mudar depois …”

A Dilma teve a percepção correta na campanha: essa eleição era sobre o pré-sal.

E a próxima eleição também, segundo a privilegiada funcionária da Chevron, que trata de graves  assuntos, com tanta intimidade, com um candidato à Presidência do Brasil.

Como se isso aqui fosse um quintal.

Um Porto Rico – grande.

Para ela, a funcionária americana subalterna, depois a gente muda isso …

A gente: a Chevron e o PSDB do Davizinho e do Cerra.

O uiquiliques tem essa vantagem: confirma tudo.

Alguém tinha dúvida de que o Nelson Johnbim fosse um trêfego – como dá a entender o telegrama do embaixador americano ?

Ele, Nelson Johnbim que, no passado, já demonstrou não estar muito convencido de que o Brasil mereça ter 200 milhas territoriais – e, logo, direito ao pré-sal.

Alguém tinha alguma dúvida de que o Cerra é entreguista ?

O que será que eles dois discutiam – Cerra e Johnbim -, quando dividiam o apartamento funcional da Camara, em Brasilia ?

Como vender a Floresta Amazônica à L’Occitane ?

O Pão de Açucar ao Trump ?

Itaipu à Disney ?

Johnbim e Cerra fazem parte da mesma matriz ideológica do Farol de Alexandria, o pai da Teoria da Dependência: não adianta espernear porque seremos sempre dependentes.

Só que o Farol dá menos bandeira.
O Johnbim e o Cerra são mais “unusual”, como diria o Embaixador americano do Johnbim.

“Trêfegos”, pode ser a tradução.

O centro a questão brasileira é o pré-sal.

A indústria de  equipamentos.

O domínio da tecnologia para fazer máquinas que explorem o petróleo em águas profundas.

Todo país que cresce é petroquímico-dependente, disse Dilma.

O ponto é: e de quem deve ser o pré-sal ?

Da Chevron ou do povo brasileiro ?

O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.

E, como “depois a gente muda isso”, essa pergunta permanecerá por muitas eleições no centro da política brasileira: nós ou a Chevron ?

A Petrobras ou a Petrobrax ?

Só que o Padim Pade Cerra não é o maior dos entreguistas.

Como também não foi Roberto Marinho, que invariavelmente defendeu os interesses das chevrons, contra a Petrobras.

Como, hoje, os filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome proprio – escondem – segundo o Stanley Burburinho – que o Cerra ia mudar o pré-sal para a Chevron.

Roberto Marinho, como os filhos, hoje, são sardinha nesse jogo de peixe grande.

O maior de todos os entreguistas foi o Carlos Lacerda.

Esse, sim, tinha talento e esteve muito perto de entregar o ouro aos bandidos.

Lacerda tinha consistência.

Não tinha escrúpulos – como o Cerra -, mas tinha Norte.

O Padim Pade Cerra, não.

Esse é  um desnorteado.

Todavia, não é maluco.

A loucura dele tem lógica.

Mas, como diz o Brizola Neto, quem nasceu para Serra nao chega a Carlos Lacerda.

A Chevron acaba de descobrir isso.


Paulo Henrique Amorim

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