O tumulto já começou na entrada do Parque em função da comitiva de Araguari (MG) ter sido barrada pela polícia por vestir camisetas defendendo o piso salarial.
O deputado estadual Adelmo Carneiro Leão (PT) foi chamado pelos manifestantes quando chegou ao Parque, tendo questionado os PMs sobre as razões. Em resposta ouviu se tratar de "ordens superiores".
Polícia persegue professores que fotografaram a cena
Neste ínterim, dois manifestantes usando a camiseta lilás do Sind-UTE (Sindicato dos Trabalhadores na Educação) se aproximaram do lado interno para fotografar a cena inusitada.
Ao serem avistados por policiais na portaria, os manifestantes foram perseguidos, como nas piores ditaduras.
Nota enviada pelo sindicato no fim da tarde informou que o professor Carlos Silva, da cidade de Sacramento (MG), foi agarrado pelo pescoço, perdendo os sentidos por cerca de 30 segundos. Recuperado, foi posto para fora do Parque Fernando Costa, numa clara situação de abuso de autoridade, impedindo o direito de ir e vir de manifestação pacífica.
Situação foi contornada com o retorno do deputado Adelmo, em companhia da coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres, Marilda Ribeiro, e o comandante do 4º BPM, João Lunardi. Assim, a entrada dos grevistas foi liberada.
Com faixas exibindo “Anastasia, que baixaria - você não negocia”, os educadores, em greve há 18 dias, ocuparam a lateral do palanque, acompanhados de perto pela Polícia Militar.
Discursando sob intensa vaia dos manifestantes, o governador Antonio Anastasia usou metáfora para expressar o descontentamento com a situação. Comparou o céu azul no qual tremulavam as bandeiras azuis (da claque do PSDB) simbolizando harmonia, enfatizando, contudo, a palavra “ordem”, duas vezes, como essencial à estrutura da sociedade.
O governador poderia começar a "ordem" pelo pagamento de um piso salarial decente para os professores, que não os obrigasse a recorrer à greve, como último recurso.
A presidente do Sind-UTE, Sônia Regina Monte, reiterou a busca pela implantação do piso salarial dos profissionais de educação em R$ 1.312,85.
Ela também refutou os argumentos do governador veiculados na imprensa de que a greve tem cunho político. “Estamos apenas lutando pelos nossos direitos”, confirmou a educadora, informando o deferimento do pedido de liminar proibindo demissão e substituição dos grevistas pretendido pela Secretaria de Estado da Educação. Leia mais aqui.
Fonte: Amigos do Presidente Lula
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