As telefônicas acusaram o golpe. Com a reativação da Telebrás e seu papel no Plano Nacional de Banda Larga, que acaba com a farra das empresas privadas de cobrarem preços escorchantes, sem se importar com o consumidor, elas viram que a banda não toca mais como agrada a seus ouvidos.
As teles gostam de dizer que investiram milhões no setor, mas a qualidade dos serviços que prestam é ruim, não chegam a todos os brasileiros e custam caro, como já mostramos aqui. A preocupação delas é com o lucro – que enorme -e não com a população.
A Telebrás entrou até de leve no circuito, assumindo a implementação da rede privativa de comunicação da administração pública federal, que é função estratégica, a interconexão através da rede de fibras opticas, deixando para a iniciativa privada a conexão final com os domicilios e empresas. A prestação total de serviço de conexão à internet em banda larga em localidades só será estatal onde não exista oferta adequada do serviço.
As teles poderiam continuar a ganhar dinheiro. Até mais, mesmo lucrando menos por cliente, mas aumentando a sua clientela com preços acessíveis. Mas não é isso que querem. Já contrataram as melhores bancas do país para tentar encontrar alguma ilegalidade na ação da Telebrás. Elas não querem a Telebrás prestando serviço ao usuário final e queriam abocanhar o serviço à administração pública direta, que gera R$ 200 milhões/ano. A estratégia é obstruir na Justiça uma vitória do povo brasileiro alegando quebra por parte do governo de compromissos assumidos na privatização da telefonia no mandato de Fernando Henrique Cardoso, em 1998.
O que as teles não queriam era que o serviço de banda larga fosse oferecido à população ao custo de R$ 15 a R$ 35, como foi anunciado no Plano Nacional. Com esse preço,é possível chegar a 40 milhões de domicílios em 2014. No fim do ano passado, a conexão só chegava a 12 milhões de domicílios. Pelo plano de R$35, o usário terá velocidade de conexão de 512 a 784 kbps (quilobits por segundo). Para o plano de R$ 15, a velocidade máxima seria de 512 kbps, com limitação para baixar arquivos.
As teles, pobrezinhas, sentiram-se traídas pelo governo. Ficaram tão mal acostumadas com governos que eram seus súditos que não conseguem entender como fazem agora este “absurdo“ de se preocuparem com interesse público.
Fonte: Tijolaço
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