Por Robert Evans
GENEBRA (Reuters) - O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou na quarta-feira a criação de uma comissão independente para investigar supostas violações do direito internacional no ataque israelense a uma frota que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
A resolução proposta por Paquistão e Sudão, em nome respectivamente da Organização da Conferência Islâmica e do grupo árabe, teve 32 dos 47 votos do Conselho. EUA, Itália e Holanda votaram contra, nove países europeus, africanos e asiáticos se abstiveram, e três países africanos não votaram.
A resolução qualifica a ação israelense de "ultrajante" e exige "total responsabilização e inquéritos independentes críveis".
O texto também estabelece o envio de uma missão internacional independente para investigar se houve violações ao direito internacional por parte de Israel. A equipe deve ser nomeada pelo presidente do Conselho, o belga Alex van Meeeuwen - cujo país foi um dos que se abstiveram.
Nove ativistas morreram no incidente, mas Israel diz que seus soldados agiram em defesa própria. O país anunciou uma investigação interna, e diplomatas disseram que o Estado judeu dificilmente irá cooperar com o inquérito internacional.
O Conselho de Direitos Humanos, criado em 2006, é na prática controlado pelos países em desenvolvimento, e o bloco islâmico tem grande influência nesse fórum, que regularmente condena Israel.
A resolução aprovada na quarta-feira é bastante diferente da declaração da véspera do Conselho de Segurança, exigindo uma "investigação imediata, imparcial, crível e transparente".
Esses termos refletem a posição norte-americana de apoiar uma investigação por parte de Israel. Em nota, a representante dos EUA no Conselho de Direitos Humanos, Eileen Donahue, disse: "Infelizmente a resolução diante de nós faz um julgamento apressado sobre um conjunto de fatos que (...) apenas estão começando a ser descobertos e entendidos."
(Reportagem adicional dey Patrick Worsnip em Nova York)
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