Por Denis Dyomkin
ROSTOV-SOBRE-O-DON, Rússia (Reuters) - A Rússia e a União Europeia condenaram na terça-feira o uso excessivo de força por Israel contra embarcações que tentavam levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
Em nota conjunta emitida durante uma cúpula Rússia-UE em Rostov-sobre-o-Don, no sul da Rússia, as duas partes exigiram um "inquérito total e imparcial", além do fim do bloqueio econômico de Israel à Faixa de Gaza.
"A morte de pessoas é irreparável e absolutamente injustificada", disse o presidente russo, Dmitry Medvedev, a jornalistas.
O presidente da UE, Herman van Rompuy, qualificou as mortes de "inexplicáveis". "Lamentamos a perda de vidas, condenamos o uso da violência e exigimos uma investigação imediata, total e imparcial", disse ele. "Apelo para que uma solução durável seja encontrada para a situação em Gaza", acrescentou.
Israel mantém há anos um bloqueio econômico contra os 1,5 milhão de palestinos que vivem na Faixa de Gaza, como forma de pressionar o grupo islâmico Hamas, que governa esse enclave litorâneo.
Na madrugada de segunda-feira, fuzileiros navais israelenses abordaram uma frota de ativistas que havia partido da Turquia na esperança de furar o bloqueio e entregar mantimentos aos palestinos. Segundo os militares de Israel, nove ativistas morreram.
Na declaração conjunta assinada pelos chanceleres Sergei Lavrov e Catherine Ashton, Rússia e UE pedem "a abertura imediata dos acessos para o fluxo de ajuda humanitária, produtos comerciais e pessoas de e para Gaza".
A Rússia tradicionalmente apoia os palestinos, mas nos últimos anos tem buscado melhores relações com Israel. A UE também costuma fazer críticas à atuação de Israel em relação aos palestinos.
UE e Rússia formam, junto com EUA e ONU, o chamado quarteto de mediadores do Oriente Médio. Em notas emitidas separadamente na segunda-feira, ambos já haviam condenado a agressão israelense e criticado o bloqueio à Faixa de Gaza.
(Reportagem adicional de Conor Humphries)
Fonte:
Reuters
Nenhum comentário:
Postar um comentário