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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Banda larga: Dilma puxa a orelha do Bernardo

O ministro não fez o dever de casa

Saiu na respeitada publicação Teletime, do respeitado jornalista Rubens Glasberg, processado por Dantas e assemelhados:

Governo decide que haverá investimentos públicos em infraestrutura


O Ministro das Comunicações Paulo Bernardo esteve nesta quarta, dia 20, com a presidenta Dilma Rousseff para falar do Plano Nacional de Banda Larga e das negociações dos contratos de concessão das teles e do novo PGMU. E aparentemente saiu da reunião com uma missão muito maior. Pelas declarações do ministro à imprensa, a discussão sobre os compromissos que as concessionárias de telefonia assumiriam para levar banda larga de 1 Mbps a R$ 35 agora serão expandidos e devem incluir empresas de telefonia celular, operadoras de TV paga, velocidades maiores e a preparação de uma infraestrutura nacional de redes de fibra e backhaul que contará com investimentos públicos de algo em torno de R$ 1 bilhão por ano até 2014. Tudo isso sem prejuízo da negociação já acertada com as concessionárias para o PGMU.


“Apresentamos o andamento das negociações até aqui e fizemos uma avaliação”, disse o ministro, sobre o caráter do encontro com a presidenta. “Ela determinou 1 Mbps como ponto de partida, mas que o acerto de contas até agora (com as teles) não está ok”, disse Paulo Bernardo. Segundo ele, a presidenta quer que até 2014 o acesso massificado à banda larga seja com o que houver de melhor… em 2014. “Queremos dotar o Brasil com uma grande infraestrutura de telecom”, disse o ministro, citando novos investimentos orçamentários em infraestrutura, backhaul e backbone. “Poderão ser investimentos privados também, mas ela autorizou dinheiro público nessa infraestrutura”, disse Bernardo, colocando uma cifra de R$ 1 bilhão por ano. Esse investimento seria administrado pela Telebrás, que terá justamente o papel de criar essa infraestrutura. “A Telebrás entra forte na construção dessa infraestrutura com dinheiro do orçamento e também com parcerias”, dando a entender que podem ser formados consórcios público-privados para viabilizar esses projetos. Segundo Paulo Bernardo, a presidenta ouviu em sua recente viagem à China que há empresas interessadas em construir infraestrutura no Brasil.


“Serão dois movimentos simultâneos: massificar a banda larga e criar mais infraestrutura”, disse o ministro. “Temos que pensar como estão pensando os mercados desenvolvidos”.

(…)


NAVALHA


Este ansioso blogueiro desconfiou, desde o início, que, se dependesse do ministro Bernardo, ele trocava uma Ley de Medios pela Banda Larga.

Clique aqui para ler: “Bernardo tem medo da Globo”.

Tratava-se de um fenômeno que este ansioso blogueiro chamou de fetichização da banda larga – clique aqui para ler.

Porém, pelo jeito, nem da banda larga ele deu conta.

A reportagem da publicação de Rubens Glasberg demonstra que a presidenta não gostou do que viu.

E passou o dever de casa para que o Ministro volte com uma banda larga efetivamente universal, barata e que não discrimine quem por ela trafegar.

O ministro foi para a segunda época.

Clique aqui para ler sobre a visita da presidenta à empresa chinesa ZTE, que foi um Alô, alô, telefônicas.

Em tempo: foi o ministro Bernardo quem honrou este ansioso blogueiro com o epíteto ansioso por desejar uma Ley de Medios já já.


Paulo Henrique Amorim

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