Não nutro pela Força Aérea Brasileira senão enorme respeito e admiração. Sou neto de um oficial-aviador (cassado), Alfredo Daudt. Tive a honra de contar com o apoio de um herói das Força Expedicionária nos céus da Itália, o Brigadeiro Rui Moreira Lima. Não posso, por isso, achar que nossa Aeronáutica tenha algum interesse em ver sua imagem atingida, como é hoje, pela reportagem do jornal O Globo,, em que um relatório da Arma nega o óbvio e coloca a instituição como encobridora da verdade.
Explode uma bomba no colo de um sargento ligado à repressão política. Ele está, tarde da noite, nos arredores de um show musical da oposição. A seu lado, um capitão. Dentro do carro que ocupam, mais dois cilindros suspeitos. E um relatório de “inteligência” diz que tudo foi “uma orquestação da imprensa”?
“”A imprensa, aproveitando a oportunidade, passou a explorar o fato de forma sensacionalista e tendenciosa. Os militares são apresentados como terroristas, acusados e condenados sem qualquer prova ou fundamento, sem nenhuma chance de defesa, dentro da técnica da orquestração nos periódicos na área, com reflexos em todo o país”.
Como é que os militares foram “acusados e condenados” sem nenhuma chance de defesa? O capitão Wilson Machado, parceiro do sargento morto no episódio, está vivo e gozando de boa saúde. Vamos, então, dar-lhe a chance de defesa pública, na Comissão da Verdade, num depoimento que, certamente, vai dar a ele a oportunidade de apresentar sua versão.
Se o relatório sustenta que “o crime terrorista perpetrado está sendo investigado e todo o esforço vem sendo realizado para identificar sua origem”, porque não seguir publicamente nessa identificação, inclusive a cadeia de ligações prévias e posteriores ao evento, para saber quem mandou lá aqueles homens?
O carro destroçado e um ser humano dilacerado não são “uma orquestração” da “imprensa infiltrada”. São o resultado de um crime praticado nos desvãos obscuros do aparelho repressivo. Não têm nada a ver com a missão e as atividades legais das nossas Forças Armadas.
E a verdade sobre o comportamento de alguns militares, em lugar de atingir a imagem destas instituições, só vai dar à Nação a certeza de que elas são muito maiores que os homens que se desviaram dos valores de honra e dignidade que elas cultuam com tanto zelo.
Fonte: Tijolaço
Explode uma bomba no colo de um sargento ligado à repressão política. Ele está, tarde da noite, nos arredores de um show musical da oposição. A seu lado, um capitão. Dentro do carro que ocupam, mais dois cilindros suspeitos. E um relatório de “inteligência” diz que tudo foi “uma orquestação da imprensa”?
“”A imprensa, aproveitando a oportunidade, passou a explorar o fato de forma sensacionalista e tendenciosa. Os militares são apresentados como terroristas, acusados e condenados sem qualquer prova ou fundamento, sem nenhuma chance de defesa, dentro da técnica da orquestração nos periódicos na área, com reflexos em todo o país”.
Como é que os militares foram “acusados e condenados” sem nenhuma chance de defesa? O capitão Wilson Machado, parceiro do sargento morto no episódio, está vivo e gozando de boa saúde. Vamos, então, dar-lhe a chance de defesa pública, na Comissão da Verdade, num depoimento que, certamente, vai dar a ele a oportunidade de apresentar sua versão.
Se o relatório sustenta que “o crime terrorista perpetrado está sendo investigado e todo o esforço vem sendo realizado para identificar sua origem”, porque não seguir publicamente nessa identificação, inclusive a cadeia de ligações prévias e posteriores ao evento, para saber quem mandou lá aqueles homens?
O carro destroçado e um ser humano dilacerado não são “uma orquestração” da “imprensa infiltrada”. São o resultado de um crime praticado nos desvãos obscuros do aparelho repressivo. Não têm nada a ver com a missão e as atividades legais das nossas Forças Armadas.
E a verdade sobre o comportamento de alguns militares, em lugar de atingir a imagem destas instituições, só vai dar à Nação a certeza de que elas são muito maiores que os homens que se desviaram dos valores de honra e dignidade que elas cultuam com tanto zelo.
Fonte: Tijolaço
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