Só o F-35, para dar "superioridade" (?) aérea aos EUA, custa US$ 50 bi |
Em meio às dificuldades impostas pelo crescente déficit orçamentário dos EUA – aquele país que pratica o faça o que eu digo, não faça o que eu faço – , o jornal The New York Timespublicou ontem um editorial criticando o excesso de gastos militares do país.
Estavam previstos US$ 7, 5 trilhões (trilhões, é isso mesmo) para os próximos 12 anos – excetuadas as despesas diretas de guerra – e o plano de Obama de cortar US$ 4 bilhões em despesas públicas inclui uma redução de US$ 400 bilhões nas verbas militares.
Foi o ba stante para provocar uma grita dos conservadores. O próprio secretário da Defesa, Robert Gates – que vem do Governo Bush, uma espécie de Nélson Jobim deles – disse que os Estados Unidos teriam de abandonar algumas missões militares e reduzir seu contingente caso o presidente Obama leve adiante suas propostas de cortes.
No editorial, o jornal denuncia: “Desde 11 de setembro de 2001, o Pentágono gastou sem limites e, em alguns casos sem sentido. Os orçamentos anuais, ajustados pela inflação, cresceram 50 por cento na última década. E isso, sem contar os mais de US $ 1 trilhão gastos em operações no Iraque e no Afeganistão.
O NYT sugere reduzir contingentes, frotas aérea e naval e abolir os gastos com armas destinadas a oferecer uma superioridade em combate que os americanos já possuem com folga, como os novos e caríssimos caças F-35, que, sozinhos, consomem mais de US$ 50 bilhões no orçamento deste ano.
“Por um tempo demasiado as decisões sobre a despesa militar nos Estados Unidos careceram de uma análise séria. O resultado é que mais de 50 centavos de cada dólar do dinheiro federal vai agora para os militares”, diz o jornal.
Mas os republicanos preferem cortas nas verbas de saúde pública, o Medicare.
Fonte: Tijolaço
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