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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Reportagem da Record News sobre o esgoto da Veja



Fonte: Tudo em Cima

Miro: pela privatização da Veja



Pela privatização da revista Veja


Por Altamiro Borges


A ação criminosa da Veja contra o ex-ministro José Dirceu – tentativa de invasão do seu apartamento e filmagens ilegais no hotel – já não surpreende. Há muito tempo que a revista da famiglia Civita não tem mais nada de jornalismo e comete crimes parecidos com os praticados pelo mafioso Rupert Murdoch. O que surpreende é que esta revista ainda abocanhe tanta publicidade de governos – inclusive dos que são vítimas de suas ações levianas. Reproduzo matéria sobre o tema de setembro de 2009.


*****


Numa conversa descontraída no aeroporto de Brasília, o irreverente Sérgio Amadeu, professor da Faculdade Cásper Libero e uma das maiores autoridades brasileiras em internet, deu uma idéia brilhante. Propôs o início imediato de uma campanha nacional pela privatização da Veja. Afinal, a poderosa Editora Abril, que publica a revista semanal preferida das elites colonizadas, sempre pregou a redução do papel do Estado, mas vive surrupiando os cofres públicos. “Se não fossem os subsídios e a publicidade oficial, as revistas da Abril iriam à falência”, prognosticou Serginho.


As “generosidades” do governo Lula


Pesquisas recentes confirmam a sua tese. Carlos Lopes, editor do jornal Hora do Povo, descobriu no Portal da Transparência que “nos últimos cinco anos, o Ministério da Educação repassou ao grupo Abril a quantia de R$ 719.630.139, 55 para compra de livros didáticos. Foi o maior repasse de recursos públicos destinados a livros didáticos dentre todos os grupos editoriais do país… Nenhum outro recebeu, nesse período, tanto dinheiro do MEC. Desde 2004, o grupo da Veja ficou com mais de um quinto dos recursos (22,45%) do MEC para compra de livros didáticos”.


Indignado, Carlos Lopes criticou. “O MEC, infelizmente, está adotando uma política de fornecer dinheiro público para que o Civita sustente seu panfleto – a revista Veja”. Realmente, é um baita absurdo que o governo Lula ajude a “alimentar cobras”, financiando o Grupo Abril com compras milionárias de publicações questionáveis, isenção fiscal em papel e publicidade oficial. Não há o que justifique tamanha bondade com inimigos tão ferrenhos da democracia e da ética jornalística. Ou é muita ingenuidade, ou muito pragmatismo, ou muita tibieza. Ou as três “virtudes” juntas.


A relação promiscua com os tucanos


Já da parte de governos demos-tucanos, o apoio à famíglia Civita é perfeitamente compreensível. Afinal, a Editora Abril é hoje o principal quartel-general da oposição golpista no país e a revista Veja é o mais atuante e corrosivo partido da direita brasileira. Não é de se estranhar suas relações promiscuas com o presidenciável José Serra e outros expoentes do PSDB-DEM. Recentemente, o Ministério Público Estadual acolheu representação do deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) e abriu o inquérito civil número 249 para apurar irregularidades no contrato firmado entre o governo paulista e a Editora Abril na compra de 220 mil assinaturas da revista Nova Escola.


A compra de 220 mil assinaturas representa quase 25% da tiragem total da revista Nova Escola e injetou R$ 3,7 milhões aos cofres do “barão da mídia” Victor Civita. Mas este não é o único caso de privilégio ao grupo direitista. José Serra também apresentou proposta curricular que obriga a inclusão no ensino médio de aulas baseadas nas edições encalhadas do “Guia do Estudante”, outra publicação da Abril. Como observa o deputado Ivan Valente, “cada vez mais, a editora ocupa espaço nas escolas de São Paulo. Isso totaliza, hoje, cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos destinados a esta instituição privada, considerado apenas o segundo semestre de 2008”.


O mensalão da mídia golpista


Segundo o blog NaMariaNews, que monitora a deterioração da educação em São Paulo, o rombo nos cofres públicos pode ser ainda maior. Numa minuciosa pesquisa aos editais publicados no Diário Oficial, o blog descobriu o que parece ser um autêntico “mensalão” pago pelo tucanato ao Grupo Abril e a outras editoras, como Globo e Folha. Os dados são impressionantes e reforçam a sugestão de Sérgio Amadeu da deflagração imediata da campanha pela “privatização” da revista Veja. Chega de sugar os cofres públicos! Reproduzo abaixo algumas mamatas do Grupo Civita:


- DO de 23 de outubro de 2007. Fundação Victor Civita. Assinatura da revista Nova Escola, destinada às escolas da rede estadual de ensino. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 408.600,00. Data da assinatura: 27/09/2007. No seu despacho, a diretora de projetos especial da secretaria declara “inexigível licitação, pois se trata de renovação de 18.160 assinaturas da revista Nova Escola.


- DO de 29 de março de 2008. Editora Abril. Aquisição de 6.000 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 2.142.000,00. Data da assinatura: 14/03/2008.


- DO de 23 de abril de 2008. Editora Abril. Aquisição de 415.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 30 dias. Valor: R$ 2.437.918,00. Data da assinatura: 15/04/2008.


- DO de 12 de agosto de 2008. Editora Abril. Aquisição de 5.155 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 365 dias. Valor: R$ 1.840.335,00. Data da assinatura: 23/07/2008.


- DO de 22 de outubro de 2008. Editora Abril. Impressão, manuseio e acabamento de 2 edições do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 4.363.425,00. Data da assinatura: 08/09/2008.


- DO de 25 de outubro de 2008. Fundação Victor Civita. Aquisição de 220.000 assinaturas da revista Nova Escola. Prazo: 300 dias. Valor: R$ 3.740.000,00. Data da assinatura:01/10/2008.


- DO de 11 de fevereiro de 2009. Editora Abril. Aquisição de 430.000 exemplares do Guia do Estudante. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 2.498.838,00. Data da assinatura: 05/02/2009.


- DO de 17 de abril de 2009. Editora Abril. Aquisição de 25.702 assinaturas da revista Recreio. Prazo: 608 dias. Valor: R$ 12.963.060,72. Data da assinatura: 09/04/2009.


- DO de 20 de maio de 2009. Editora Abril. Aquisição de 5.449 assinaturas da revista Veja. Prazo: 364 dias. Valor: R$ 1.167.175,80. Data da assinatura: 18/05/2009.


- DO de 16 de junho de 2009. Editora Abril. Aquisição de 540.000 exemplares do Guia do Estudante e de 25.000 exemplares da publicação Atualidades – Revista do Professor. Prazo: 45 dias. Valor: R$ 3.143.120,00. Data da assinatura: 10/06/2009.


Para não parecer perseguição à asquerosa revista Veja, cito alguns dados do blog sobre a compra de outras publicações. O Diário Oficial de 12 de maio passado informa que o governo José Serra comprou 5.449 assinaturas do jornal Folha de S.Paulo, que desde a “ditabranda” viu desabar sua credibilidade e perdeu assinantes. Valor da generosidade tucana: R$ 2.704.883,60. Já o DO de 15 de maio publica a compra de 5.449 assinaturas do jornalão oligárquico O Estado de S.Paulo por R$ 2.691.806,00. E o de 21 de maio informa a aquisição de 5.449 assinaturas da revista Época, da Globo, por R$ 1.190.061,60. Depois estes veículos criticam o “mensalão” no parlamento.



domingo, 28 de agosto de 2011

Naoum aciona PF: Veja pode ter feito filme ilegal


Foto: REPRODUÇÃO

Em entrevista ao 247, o gerente-geral do hotel, Rogério Tonatto, afirma que as imagens (acima) não se parecem com as do circuito interno do hotel; podem, portanto, ter sido filmadas por Veja; perícia irá apontar os responsáveis pelo crime, que já coloca Fabio Barbosa, novo presidente da Abril, diante de um dilema: iniciar ou não a faxina interna?


28 de Agosto de 2011 às 15:31

Leonardo Attuch_247 – O caso Veja/José Dirceu pode ser ainda mais grave do que parece. Há poucos minutos, recebemos uma ligação de Rogério Tonatto, gerente-geral do Naoum Plaza Hotel. Indignado com o vazamento de imagens do corredor de um dos andares do estabelecimento, onde o ex-ministro José Dirceu se hospeda com frequência, ele afirma que elas não se parecem com as do circuito interno do hotel. Ou seja: podem ser fruto de um grampo plantado pela equipe da revista Veja, que também se hospedou no hotel. “Já acionamos a polícia civil do Distrito Federal e vamos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades”. Leia, abaixo, sua entrevista:

247 – Como foram obtidas aquelas imagens?

Rogério Tonatto – Ainda não sabemos, mas o que podemos dizer neste momento é que elas não se parecem com as do circuito interno de segurança do hotel. Todas as nossas câmeras são coloridas e não faria sentido que a reportagem da revista Veja apagasse a cor das imagens antes de publicá-las.

247 – Então está descartada a possibilidade de que as imagens tenham sido vazadas por algum funcionário do hotel?

Tonatto – Nada está descartado, mas as imagens, a princípio, não são nossas, mas sim de outras fontes.

247 – O grampo pode ter sido plantado pela revista Veja?

Tonatto – Tudo terá que ser apurado. Já registramos um boletim de ocorrência junto à polícia civil do Distrito Federal e pretendemos também acionar a Polícia Federal para que se apurem todas as responsabilidades. Vamos até o fim.

247 – Veja alega que o hotel foi instado pelo hóspede José Dirceu a registrar o boletim de ocorrência.

Tonatto – Ora, é evidente que a iniciativa foi nossa. O Naoum é um dos hotéis mais tradicionais de Brasília. Já hospedamos reis e rainhas em nossos 22 anos de existência. Temos a obrigação de zelar pelos nossos direitos e também pelos direitos de nossos hóspedes.

247 – O dano à imagem do hotel foi grande?

Tonatto – Admito que foi constrangedor ver imagens que dizem respeito à intimidade das pessoas que aqui se hospedam serem expostas daquela maneira.

247 – É verdade que o jornalista Gustavo Ribeiro saiu sem pagar sua conta?

Tonatto – A conta foi paga porque aqui no hotel todos que se hospedam deixam antes uma garantia, com um pré-pagamento no cartão de crédito.

247 – Mas ele saiu mesmo sem fazer o check-out.

Tonatto – Posso dizer que a conta foi paga.

Em reportagem anterior sobre o caso, já havíamos noticiado que o Hotel Naoum confirmava o crime cometido por Veja (leia mais)). Na reportagem deste fim de semana, estão expostas imagens de José Dirceu, mas também de senadores, como Lindbergh Farias, Eduardo Braga e Delcídio Amaral, que se encontraram com ele, assim como de executivos, como José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras, e do ministro Fernando Pimentel. Note-se que foram filmados sem autorização judicial e sem que fizessem nada de anormal - apenas encontravam-se com uma pessoa conhecida, que participa da vida política do Brasil.

Recentemente, no maior escândalo da história da imprensa mundial, soube-se que o tablóide britânico News of the World grampeava ilegalmente os alvos de suas reportagens. Rupert Murdoch, dono do jornal, pediu desculpas publicamente na primeira página de todos os seus jornais e foi ainda obrigado a depor diante do parlamento britânico – quando quase foi alvejado por uma torta na cara.

Roberto Civita, dono do grupo Abril, certamente não pedirá desculpas.

Sua tropa de choque já foi escalada para desqualificar o crime de invasão de domicílio, que será investigado pela polícia civil do Distrito Federal e pela Polícia Federal, e para tratar a reportagem deste fim de semana (leia mais sobre ela) como um marco da democracia brasileira.

Mas Civita acaba de contratar como presidente o executivo Fabio Barbosa, que é um incansável pregador da ética corporativa.

Dentro de uma semana, Barbosa estará no comando da Abril, com poderes, inclusive, sobre a área editorial – o que inclui Veja.

E ele tem um prato cheio nas mãos: a oportunidade histórica de iniciar a “faxina” interna.

E isso sem maiores traumas, pois, aparentemente, houve um haraquiri no grupo Abril (leia mais).

Fonte: Brasil 247

Nordeste continua a ser a China do Brasil. Ou: o plano secreto do Lula

Saiu na Folha (*) pág. A4:

“Nordeste mantém ritmo da economia e descola do país”


“Região continua crescendo como no inicio do ano, ao contrário do Sudeste”

“Investimentos privados e dinheiro de programas sociais contribuem para amortecer os efeitos do combate à inflação”


Clique aqui para ler “Se o PiG (**) não fosse o PiG, o Brasil seria maior”.

“ … o Nordeste virou destino de vultosos investimentos como os do porto de Suape, na região metropolitana de Recife, onde estão previstos aportes de R$ 24 bilhões até 2014, a maior parte de empresas privadas”, diz a Folha.

Clique aqui para ler “Suape faz uma revolução em Pernambuco; Eduardo Campos dá de 10 a 0 em Padim Pade Cerra”.

Clique aqui para ver a entrevista em que Eduardo Campos administra o vigor tucano dos entrevistadores de um programa na Bandeirantes. 

A economista Tânia Bacelar – “a mulher nordestina do ano” – lembra que o desemprego em julho em Pernambuco foi de 6,3%, bem abaixo de sua média histórica:

“ (porque) Pernambuco está recebendo um volume de investimentos equivalente a toda a riqueza que produz em um ano”.

As obras da ferrovia Transnordestina (que ligará o interior do Piauí aos portos de Suape e Pecém, no Ceará) empregam 11,5 mil pessoas





NAVALHA


Este Conversa Afiada sustenta que o Nunca Dantes tinha (e tem, com sua sucessora) um plano secreto.

Além da mobilidade na vertical (ele puxou uma Espanha para a Classe C), fomentou a mobilidade na horizontal.

Fez o Brasil crescer fora do eixo Rio- São Paulo.

Por que, amigo navegante, o Padim Pade Cerra tem uma idéia fixa, o câmbio ?

Porque o câmbio alto foi o que desenvolveu São Paulo – com a exportação de café.

E encolheu o resto do Brasil, que não podia importar (e crescer).

Por isso ele só pensa naquilo: no câmbio.

Como diz o sábio Fernando Lyra, São Paulo não pensa o Brasil.

O Padim talvez ainda não tenha percebido que o Nunca Dantes realizou um plano secreto.

Esses tucanos de São Paulo um dia vão tomar um susto.

Vão precisar de muita bolinha de papel




(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O silêncio dos indecentes


Ao constatar o silêncio sepulcral que se derramou sobre a grande mídia neste fim de semana, logo após a denúncia que a revista Veja fez contra o ex-ministro José Dirceu e a que este fez contra a revista, fiquei imaginando quantos jornalistas sérios existem nesses grandes veículos que podem estar tendo a decência de se indignar com seus patrões por estarem impedindo que façam seu trabalho.
Para quem chegou agora ao noticiário político e não sabe sobre o que se refere esse caso, ou para você que, aí no futuro, está lendo o que escrevi no passado, explico que o ex-ministro José Dirceu, no fim de agosto de 2011, denunciou em seu blog que a revista Veja mandou um repórter tentar invadir seu apartamento em um hotel de Brasília pouco antes de publicar matéria com a “revelação” de que se reunia, ali, com correligionários políticos.
Na matéria, a revista Veja fez suposições sobre as razões que levaram aqueles políticos a se reunirem no hotel Naoum, em Brasília, baseando-se na premissa inverídica de que por Dirceu estar sendo processado pelo Supremo Tribunal Federal pelo “escândalo do mensalão” e por ter tido cassado seu direito de disputar eleições estaria impedido, de alguma forma, de fazer articulações políticas. As suposições, surpreendentemente, são tratadas como fatos pela matéria da Veja.
Uma das suposições da matéria é a de que, por ter se reunido com seus correligionários petistas em data próxima à queda do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, Dirceu teria tramado com eles a retirada de apoio do PT a ele, o que teria determinado a sua demissão pela presidente Dilma Rousseff. Não houve escuta ou indício maior para a Veja fazer tal afirmação. A revista apenas supôs e publicou como se fosse fato.
Apesar de não haver matéria alguma nesse fato sobre os encontros de Dirceu em Brasília, isso não significa que esse caso, por inteiro, não contenha uma das mais saborosas e instigantes matérias jornalísticas sobre política dos últimos tempos.
Acontece que, apesar de a matéria da Veja fazer parte de um jogo político da imprensa aliada ao PSDB e, portanto, não precisar de fatos reais, pois tenta apenas impor à sociedade a percepção de que o governo Dilma e o PT estariam infestados de gangsters e, nesse processo, procura, na falta de qualidade das acusações, produzir quantidade, faltava um mínimo de verossimilhança à “denúncia” contra Dirceu.
Na tentativa de tornar a matéria menos pífia, a Veja se valeu de método literalmente criminoso. Como é óbvio que o hotel que fez um Boletim de Ocorrência contra a tentativa do repórter da revista de invadir o quarto de Dirceu não cederia imagens de seu circuito interno de TV àquele mesmo repórter, ele instalou câmeras nos corredores do estabelecimento para conseguir as imagens que a Veja publicou.
O viés criminoso da revista, nesse caso, é uma bomba jornalística que reproduz, no Brasil, o escândalo de alcance planetário que se abateu sobre a imprensa britânica. É uma das maiores matérias jornalísticas que surgiram neste ano, no mínimo.
É verdadeira a acusação de José Dirceu? Que tal seria se a imprensa ouvisse as testemunhas? Por exemplo, a imprensa poderia entrevistar a camareira à qual o repórter da Veja Gustavo Ribeiro teria pedido que abrisse o apartamento de Dirceu alegando que aquele era o seu apartamento (do repórter) e que teria esquecido a chave em algum lugar.
O pessoal da recepção poderia ser entrevistado para comprovar ou não que Ribeiro se hospedou no hotel e pediu para ser alojado no apartamento contiguo ao de Dirceu e  que o repórter da Veja, ao ser denunciado pela camareira, fugiu do estabelecimento sem pagar a conta. Afinal, se Ribeiro se hospedou no hotel teve que fazer o check-in e o check-out. Se pagou a conta, deve ter o recibo do pagamento. Se não tem, fugiu.
Por que um repórter fugiria de um hotel no qual se hospedou?
Seria uma bomba jornalística se essa matéria fosse parar no Jornal Nacional, por exemplo. E mesmo nos telejornais da Record, da Band ou do SBT, seria uma bomba. Menor, mas uma bomba. No entanto, até a manhã de domingo, dias após os fatos, só saíram uma notinha escondida na Folha de São Paulo e outra em O Globo e uma matéria no telejornal da TV Cultura, em termos de grande mídia.
O silêncio desses indecentes pseudo jornalistas que controlam as redações dos grandes meios de comunicação é a prova final, para quem dela tomar conhecimento, de que o que essa gente quer não é liberdade de imprensa, mas liberdade para decidir o que você, leitor, deve ou não saber, pois há coisas que não querem que você saiba e outras que querem que você pense. Mesmo não sendo verdade.
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Conheça o império de comunicação da família Civita
Wikipédia
Editora Abril
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Editora Abril S.A.
Logo da Editora Abril
Tipo       Privada
Fundação           1950
Sede      São Paulo, Brasil
Pessoa(s) chave              – Roberto Civita – Presidente
Giancarlo Civita – Presidente executivo
Lucro     R$ 1,644 bilhão, (2007)
A Editora Abril é uma editora brasileira, sediada na cidade de São Paulo, parte integrante do Grupo Abril. Fundado em 1950 por Victor Civita como Editora Abril, o Grupo Abril é hoje um dos maiores e mais influentes grupos de comunicação da América Latina. Ao longo de sua história expandiu e diversificou suas operações, e hoje fornece conteúdo em multiplataformas.
Nos anos 40, os irmão Victor Civita e Cesar Civita fundaram a Editora Abril inicialmente na Argentina e lá conseguiram licença dos personagens Disney, Em 1945, em visita a Argentina, o jornalista Adolfo Aizen toma conhecimento da Editora Abril e resolve criar uma parceria para publicação de um título Disney no Brasil, “Seleções Coloridas” foi publicada em 1946 pela EBAL de Adolfo Aizen.
Em Maio de 1950, Victor Civita resolve fundar uma editora no Brasil, surge a Editora Primavera e sua primeira publicação foi a revista Raio Vermelho, em Julho de 1950, Civita passa a usar o mesmo nome da Editora argentina, “Editora Abril”.
A Editora Abril começou com a publicação O Pato Donald num escritório no centro de São Paulo, com seis funcionários. O nome da empresa é uma referência ao mês que dá início à primavera na Europa.
O crescimento experimentado pela empresa na década de 50, se intensifica nos anos 60, fruto combinado da publicação de obras de referência em fascículos, e do aumento de sua linha infanto-juvenil, incluindo o lançamento de Zé Carioca, em 1961, e de Recreio, em 1969, que circularia por 12 anos. Em 1968, passa a publicar Veja, revista jornalística de variedades que viria a ser a revista com mais circulação no Brasil.
Expandindo os segmentos, a Abril passa a publicar revistas sobre turismo e da indústria automobilística, (Quatro Rodas, Guia Quatro Rodas e Viagem & Turismo), Futebol (Placar), masculinas (Playboy, Vip e Men’s Health). Cria também inúmeras publicações voltadas ao público feminino: Capricho (que começou com fotonovelas e em 1981 foi reformulada para temas relacionados às adolescentes), Manequim (a primeira revista de moda da Abril), Claudia (que quando surge em 1961 focalizava a dona-de-casa), além de Estilo (versão brasileira da americana InStyle), Nova (versão brasileira da americana Cosmopolitan e Elle (versão brasileira da revista francesa homônima).
Em 1999 o grupo Abril adquire de parte das Editoras Ática e Scipione e em 2004 da totalidade das ações, ganhando importância no mercado brasileiro de livros escolares.
Em maio de 2006, Civita anunciou a sociedade com o Naspers, grupo de mídia sul-africano que esteve estreitamente vinculado ao Partido Nacional, a organização partidária de extrema-direita que legalizou o criminoso regime do apartheid no pós-Segunda Guerra Mundial. O grupo Naspers passou a deter 30% do capital do Grupo, incluindo a compra dos 13,8% que pertenciam aos fundos de investimento administrados pela Capital International, desde julho de 2004.
Segundo dados da própria empresa, hoje a Abril publica mais de 350 títulos, que chegam a 23 milhões de leitores. A Gráfica utiliza processos digitais e imprime cerca 350 milhões de revistas por ano. As editoras Ática e Scipione produziram mais de 4.300 títulos e venderam 37 milhões de livros em 2005.
Fonte: Cidadania

O ponto sem retorno de Veja

Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.


- por Luis Nassif, em seu blog

Veja chegou a um ponto sem retorno. Em plena efervescência do caso Murdoch, com o fim da blindagem para práticas criminosas por parte da grande mídia no mundo todo, com toda opinião esclarecida discutindo os limites para a ação dá mídia, ela dá seu passo mais atrevido, com a tentativa de invasão do apartamento de José Dirceu e o uso de imagens dos vídeos do hotel, protegidas pelo sigilo legal.

Até agora, nenhum outro veículo da mídia repercutiu nenhuma das notícias: a da tentativa de invasão do apartamento de Dirceu, por ficar caracterizado o uso de táticas criminosas murdochianas no Brasil; e a matéria em si, um cozidão mal-ajambrado, uma sequência de ilações sem jornalismo no meio.

Veja hoje é uma ameaça direta ao jornalismo da Folha, Estadão, Globo, aos membros da Associação Nacional dos Jornais, a todo o segmento da velha mídia, por ter atropelado todos os limites. Sua ação lançou a mancha da criminalização para toda a mídia.

Quando Sidney Basile me procurou em 2008, com uma proposta de paz – que recusei – lá pelas tantas indaguei dele o que explicaria a maluquice da revista. Basile disse que as pessoas que assumiam a direção da revista de repente vestiam uma máscara de Veja que não tiravam nem para dormir.

Recusei o acordo proposto. Em parte porque não me era assegurado o direito de resposta dos ataques que sofri; em parte porque – mostrei para ele – como explicaria aos leitores e amigos do Blog a redução das críticas ao esgoto que jorrava da revista. Basile respondeu quase em desespero: "Mas você não está percebendo que estamos querendo mudar". Disse-lhe que não duvidava de suas boas intenções, mas da capacidade da revista de sair do lamaçal em que se meteu.

Não mudou. Esses processos de deterioração editorial dificilmente são reversíveis. Parece que todo o organismo desaprende regras básicas de jornalismo. Às vezes me pergunto se o atilado Roberto Civita, dos tempos da Realidade ou dos primeiros tempos de Veja, foi acometido de algum processo mental que lhe turvou a capacidade de discernimento.

Tempos atrás participei de um seminário promovido por uma fundação alemã. Na mesa, comigo, o grande Paulo Totti, que foi chefe de reportagem da Veja, meu chefe quando era repórter da revista. Em sua apresentação, Totti disse que nos anos 70 a revista podia ser objeto de muitas críticas, dos enfoques das matérias aos textos. "Mas nunca fomos acusados de mentir".

Definitivamente não sei o que se passa na cabeça de Roberto Civita e do Conselho Editorial da revista. Semana após semana ela se desmoraliza junto aos segmentos de opinião pública que contam, mesmo aqueles que estão do mesmo lado político da publicação. Pode contentar um tipo de leitor classe média pouco informado, que se move pelo efeito manada, não os que efetivamente contam. Mas com o tempo tende a envergonhar os próprios aliados.

Confesso que poucas vezes na história da mídia houve um processo tão clamoroso de marcha da insensatez, como o que acometeu a revista.



Fonte: Tudo em Cima

sábado, 27 de agosto de 2011

O Zé Cardozo vai investigar a Veja ? Não e Sim ! Vote


O ex-Ministro José Dirceu revelou que um repórter da Veja, o detrito de maré baixa, tentou por duas vezes invadir o apartamento dele num hotel de Brasília.

Dirceu registrou o BO.

Trata-se de uma denúncia gravíssima.

Um órgão dito de imprensa, de uma empresa que explora livros didáticos e compartilha uma empresa de TV a cabo tem o direito de fazer isso e sair, assim, de fininho ?

É para isso a liberdade de imprensa ?

Na Inglaterra, o Murdoch teve que fechar o tablóide sensacionalista News of the World debaixo da pressão do Primeiro Ministro, do Ministro da Justiça e da opinião pública.

Diretores e jornalistas do Murdoch foram em cana, porque realizavam ou coonestavam o grampo.

Murdoch fugiu para os Estados Unidos, contratou 1002 advogados e espera que nada aconteça com ele por lá.

Murdoch nasceu na Austrália, destruiu a imprensa da Inglaterra e se naturalizou americano.

Leonel Brizola se perguntava quantos passaportes tinha o Sr Civita, dono da Abril e que contribuiu para enlamear a imprensa brasileira.

Ele é americano, brasileiro ou italiano ?

Se o “invadido” fosse um ex-ministro tucano ?

Fosse, por exemplo, o Padim Pade Cerra, o maior Ministro da Saúde do Brasil segundo Nelson Johnbim.

Imagine, amigo navegante, se um repórter de um blog sujo tentasse invadir o apartamento do Padim, em Brasília.

Estaria em cana, já nesta manhã de sol, debaixo das pedradas do PiG (*) (que se calou diante da invasão ao apartamento do Dirceu).

A ANJ da dra. Judith Brito teria entrado ao vivo, por 28 minutos, no jornal nacional.

Como o José Dirceu não é tucano nem queridinho do PiG (*), pergunta-se: o que fará o Zé – clique aqui para saber por que e quem o chama de  – Cardozo ?

Ele tem medo da Veja ?

O Cardozo vai se coçar ?


Não


Ele tem medo do PiG

Sim


Ele é ministro da JUSTIÇA



Clique aqui e vote !

Fonte: Conversa Afiada

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.


Veja ilustra por que a mídia precisa de leis


O silêncio da grande imprensa em torno dos fatos que culminaram com a reportagem de capa da edição da revista Veja desta semana, tem duas explicações: a primeira é a de que a matéria é um amontoado de suposições e de “escandalização” do nada; a segunda, é o crime que o veículo cometeu na tentativa de conseguir alguma sustentação para o que publicou.
A matéria, primeiro. Constata que José Dirceu tem relações com políticos do PT, alguns dos quais estão no governo. A matéria poderia ter ido mais longe. Dirceu tinha relações com Lula quando presidente e agora tem com Dilma. Se ela não o visita, ele a visita. O fato de ele estar sendo investigado no inquérito do “mensalão” não o impede de ter relações políticas.
Tudo passaria como apenas mais uma demonstração de jornalismo irresponsável e antiético entre tantas outras que a revista da família Civita já deu. Desta vez, porém, ocorreu um fato espantoso, a despeito das suposições da revista sobre irregularidade que inexiste no fato de Dirceu se reunir com membros de seu partido ou de outros. Esse fato é o gerador do silêncio.
A Veja foge de se aprofundar no fato de ter hospedado seu jornalista no hotel em que José Dirceu se reúne com políticos em Brasília e de que este tentou invadir o apartamento do ex-ministro. Entrar no apartamento alheio em um hotel enganando a camareira, é crime. Pouco importa o que Dirceu estava fazendo.
Mesmo se o repórter tivesse conseguido esconder um equipamento de escuta no quarto de Dirceu, ou uma câmera, ou coisa que o valha, nada do que obtivesse por tais métodos seria legal. Na verdade, seria criminoso.
Há dúvida de que o repórter da Veja tentou invadir o quarto? Os testemunhos de funcionários do hotel não valem? O Boletim de Ocorrência não é nada? O fato de o repórter ter pedido para ficar no quarto ao lado do de Dirceu, não indica nada? Há alguma diferença entre os métodos da Veja e os do jornal britânico The News of the World?
E o principal: quem investigará o que ocorreu? A Polícia Federal? A de Brasília? O Congresso? A classe política aceitará que órgãos de imprensa invadam suas casas em busca de provas contra seus membros? É democrático e republicano que se possa invadir a casa de alguém sem ordem judicial, sem sustentação nenhuma?
O cerne da questão é a regulação da imprensa. A “reportagem” da Veja deixou claro que a brasileira usa métodos iguais ou piores dos que já se vai descobrindo que eram usados por parte da imprensa britânica e que, por lá, estão gerando um escândalo de proporções gigantescas, que inclui até prisão de jornalistas.
E ninguém fala em “censura”, por lá.
O que a Veja acaba de fazer só comprova que este país não avançará sem leis específicas e abrangentes para o exercício da atividade jornalística e sem limites éticos a tal atividade, e que não se pode justificar que a imprensa cometa crimes alegando que os comete para combater outros supostos crimes.
O silêncio em torno da constrangedora matéria da Veja e do ataque criminoso da revista não esconde pudor, mas consciência de que, se esse debate avançar, ficará muito claro o caráter imprescindível de um projeto de lei com regras e limites ao exercício da atividade jornalística e com mecanismos de punição de excessos como o que acabamos de ver.
Se mesmo com a comprovação cabal de que a imprensa brasileira comete crimes iguais ou piores do que os da britânica o governo Dilma não enviar de uma vez ao Congresso um projeto de lei de regulação da mídia, haverá uma crise institucional no Brasil. E todos nós sabemos como sempre acabaram as crises institucionais neste país