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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Argentina investiga juízes cúmplices da ditadura militar

Seis anos depois de iniciar os juízos dos crimes de sua última ditadura militar (1976-83), a Argentina começa a investigar a participação de magistrados nos episódios do período.
A Folha teve acesso a uma relação de 59 juízes argentinos investigados pela unidade de direitos humanos do Ministério Público Federal. Eles são acusados de colaborar com as torturas, desaparecimentos de pessoas e apropriação de bebês, além de encobrirem deliberadamente os crimes da repressão à época.

"Essas informações começam a surgir agora porque os julgamentos estão sendo aprofundados, surgiram novas provas e testemunhas que não estavam disponíveis há até pouco tempo" disse à reportagem Pablo Parenti, coordenador da unidade de direitos humanos do Ministério Público.

Muitos dos juízes sob suspeita ainda estão em atuação no Poder Judiciário, o que revela a baixa renovação dos quadros após a transição democrática.

Até o momento, apenas um juiz foi condenado por crime de lesa-humanidade. Trata-se de Víctor Hermes Bursa, que cumpre pena por ter participado de sessões de tortura e ter tomado declarações em centros clandestinos. Ele obrigou que presos assinassem falsas declarações.

A maioria dos casos se concentra na cidade de La Plata (17 juízes suspeitos) e em províncias como Córdoba e Mendoza (oito e sete magistrados investigados, respectivamente).
No final de agosto, o juiz Otilio Romano, de Mendoza, acusado de cometer 103 delitos de lesa-humanidade, fugiu para o Chile, onde pede refúgio sob a alegação de ser perseguido político. Entre outros crimes, ele é acusado de tortura e de roubar presos que ficaram detidos sob sua custódia.

Em Córdoba, onde as provas sobre os envolvimentos dos magistrados estão mais "robustas", segundo Parenti, os juízes são acusados de torturar e matar presos que estavam registrados formalmente --ou seja, não se tratava de um centro clandestino, prática comum na ditadura argentina.

Essas novas investigações revelam uma mudança de rumo nos juízos sobre o terrorismo de Estado na Argentina. Após julgar --e condenar-- militares, policiais, médicos e até padres, as apurações, com o apoio explícito do governo de Cristina Kirchner, apontam para setores da sociedade civil que colaboram com a ditadura.

Ministros do governo já manifestaram a necessidade de se investigar a colaboração de jornais e empresas com os militares. Sobre a imprensa, há uma investigação em curso que apura a negociação da fábrica de papel-jornal Papel Prensa.

O Estado argentino é sócio no empreendimento ao lado dos diários "Clarín" e "La Nación". Segundo a acusação, os veículos obtiveram o controle da empresa, com o aval dos militares, após submeter os familiares do antigo dono, o banqueiro David Gravier (morto num acidente aéreo em 1976), a sessões de tortura, obrigando-os a vender o negócio por um valor abaixo do mercado.

Os jornais negam irregularidades na transação.

Fonte: Folha Tucana

domingo, 23 de outubro de 2011

Vídeo: Entenda como funciona a máfia midiática


Via Youtube

Vídeo espetacular mostra jornalistas debatendo o impressionante poder da grande mídia brasileira que, manipulando, mentindo ou omitindo, age em favor dos grandes conglomerados econômicos dos quais, aliás, ela faz parte. Por isso, em vez do compromisso com a notícia que abarque a verdade factual, a mídia simplesmente elege as pautas que venham a se encaixar nos interesses dos seus proprietários, todos alinhados com a direita retrógrada; o neoliberalismo que está ruindo em todo o mundo.

Mais que o poder econômico que ela representa, a máfia midiática deixou de ser um mero instrumento do poder oligárquico – para se firmar como o próprio poder. Assim, em vez de praticar a saudável concorrência em favor da notícia, os veículos de comunicação da máfia passaram a atuar de forma coordenada para dar corpo a qualquer factóide que sirva para passar como um trator por cima dos interesses dos poderosos. Por essas e outras a blogosfera passou a chamar a mídia simplesmente de PIG – o Partido da Imprensa Golpista.

Mediado por Beto Almeida, do programa Brasil Nação, o programa foi ao ar em 2009 – mas continua atual como nunca. Integram o debate os experientes jornalistas Leandro Fortes, Luis Carlos Azenha e Alípio Freire.

Tal a clareza didática com que os debatedores expõem o lado perverso do jornalismo, este vídeo deveria ser matéria obrigatória para estudantes de comunicação social.


Fonte: Limpinho e Cheiroso

R$ 150 mil para evitar publicação de matéria na revista Veja - revela o Estadão

  Em primeira-mão no Blog Os Amigos do Presidente Lula em 23/10/2011 as 17:28hs   

Sem querer o jornal Estadão jogou a revista Veja no caldeirão de suspeitos de cobrar R$ 150 mil para silenciar sobre encândalos.

Foi nesta matéria, onde o alvo era Agnelo Queiroz, mas se a Polícia Federal investiga as conexões políticas no caso, agora não pode deixar de fora as investigações sobre a revista Veja, para averiguar se a revista não estaria participando da partilha do dinheiro da máfia que fraudou convênios com o Ministério do Esporte.

Eis o trecho do Estadão onde "entrega" a revista:

Geraldo Nascimento contou à Polícia Civil que na reunião foi debatida uma forma de arrecadar R$ 150 mil para tentar evitar a publicação da matéria pela revista Veja, baseadas nas acusações feitas por Michael. A matéria foi publicada em abril de 2008. Discutiriam também o que fazer com o delator.

Clique nas imagens para ampliar
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,motorista-reafirma-reuniao-entre-agnelo-e-ongs,788930,0.htm


É preciso advertir que estas acusações, como as outras, são frágeis, muita coisa baseada apenas em depoimento sobre a tal reunião, na base do "ouviu falar", do "fiquei sabendo". O depoente sequer diz que participou, nem que testemunhou. Além disso ele está envolvido no desvio das verbas e participou da campanha da família Roriz em 2010. Então todo cuidado é pouco.

Mas o fato é que a revista Veja publicou uma matéria na edição 2057 de 23 de abril de 2008, com o referido Michael atacando Agnelo.

Agnelo é o alvo das acusações na revista nesta matéria, o que evidencia que ele não pagou propina à revista para não ser atacado.

Isso poderia ser evidência a favor da revista, porém...

... nenhuma linhazinha sobre o PM João Dias. O nome dele nem é citado. E, em outros jornais, Michael o acusa de o ter ameaçado e até quebrado o pulso.


 A revista saiu no sábado, dia 19 de abril de 2008.

Dezenove dias antes, no dia 01 de abril, o PM João Dias fora preso na Operação Shaolin, como comprova esta matéria do Correio Braziliense:


Por que a Veja fez silêncio sobre a Operação Shaolin e sobre o PM, e só atacou Agnelo?

E não foi apenas nesta edição 2057. Não há registro nos arquivos digitais da revista sobre a Operação Shaolin, nem da prisão do PM. Seu nome só aparece nas páginas da revista agora, em outubro de 2011.

O povo quer saber:

1) A revista (ou alguém da revista) recebeu ou não propina de R$ 150 mil do PM João Dias, para não publicar denúncias contra ele?

2) Qual o pacto da revista Veja com o PM João Dias, para esconder todos os escândalos que ele está envolvido desde 2008, e só citá-lo agora quando ele quis aparecer como "denunciante"?


Fonte: Amigos do Presidente Lula

Kristina derrota o PiG. Não dá a menor bola pra ele



O PIG (*) brasileiro tem um problema com a Cristina Kirchner.

Se o amigo navegante tiver o infortúnio de só ler o PiG (*) brasileiro , estará convencido de que Cristina Kirchner é a maior derrotada na eleição deste domingo na Argentina.

Um dos melhores jornais do mundo, El País, da Espanha, leva a Cristina a sério.

E explicou um dos motivos da popularidade dela:

Cristina ignora e menospreza o PiG.

Cristina, como se le conoce popularmente, ha cerrado la campaña sin conceder una sola entrevista, sin aceptar un solo debate en televisión y sin conceder el más mínimo reportaje. Su estrategia de comunicación consiste en no someterse nunca a ruedas de prensa y en utilizar directamente la televisión para hacer llegar sus mensajes, rodeada de fieles, en actos oficiales o semi oficiales que, en muchas ocasiones, se transmiten en cadena por prácticamente todas las emisoras. El resultado, si se hace caso a los sondeos, ha sido magnifico.




NAVALHA



Cristina não vai à festa da revista Exame, editada pela Abril, que pública aquele detrito de maré baixa.
Cristina não faz omelete na tevê do Clarín.
Nem implora para dar entrevista à GloboNews.
Ah, que inveja da Argentina, onde o marido da Cristina mandou para a rua os ministros do Supremo que o Menem nomeou.
Onde o Coronel Ustra vai morrer na cadeia.
Onde o Bernardo fez a Ley de Medios.
Que inveja !
Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Vídeo sensacional: Caco tritura Catanhêde.
Cheiroso não rouba



Os cheirosos não roubam

O Stanley Burburinho incumbiu-se de distribuir o vídeo sensacional da  GloboNews em que Caco Barcellos passa com um trator em cima da hipocrisia de notavel colonista (*) da Folha (**), aquela especialista em AR, Eliane Catanhêde.

Caco retoma a tese já exposta em Aula Magna na Escola da Magistratura do Tribunal da Terceira Região, em  que trata do preconceito racial do PiG e da Justica.

Onde fala do “jornalismo declaratório”, a praia do jornalismo “investigativo” do PiG (***).

A Catanhêde  é contra a corrupção.

Mas, só a corrupção dos trabalhistas.

Porque, para ela, os cheirosos não roubam.

Nunca !

Paulo Henrique Amorim

Última chance do governo Dilma


Não foi por falta de aviso que o governo Dilma Rousseff mergulhou na crise política em que se encontra, com a inédita perda de cinco ministros em menos de um ano. Este blog, assim como o ex-presidente Lula, previram, já no início de 2011, que a demissão do ex-ministro Antonio Palocci por pressão da mídia e de setores do PT faria com que milhões de brasileiros que apoiavam o governo anterior deixassem de apoiar a este.
A diferença de apoio popular do governo anterior para o atual, segundo revelam as pesquisas, mostra que parte dos setores da sociedade dispostos a sustentar este governo contra o partidarismo político da mídia – assim como sustentaram o governo anterior –, pulou fora.  Apesar de este governo ainda ter bom nível de apoio, esse nível é pelo menos 1/3 menor do que o do governo Lula, o que significa dezenas de milhões de brasileiros.
Não é difícil entender a razão. Se você tem um crítico feroz e as acusações que ele lhe faz o obrigam a tomar medidas que ele prega que tome e que confirmam que suas escolhas foram erradas, você admite a própria incompetência. Daí que grande parte da sociedade deixou de apoiar este governo enquanto afirma que o governo anterior era melhor.
Pesquisa Ibope divulgada no mês passado mostra que o nível de aprovação pessoal de Dilma, neste momento, é de 71%, mas seu governo tem apenas 51% de avaliações como bom e ótimo enquanto que o governo Lula era aprovado por cerca de 80%. Mesmo sendo um governo de continuidade, milhões de cidadãos vêem o governo Dilma como inferior ao de Lula
Muitas pessoas de boa fé compraram a tese da mídia de que Dilma é uma coisa e seu governo é outra, o que é uma impossibilidade física. Quem acha o governo Dilma ruim pode até achar sua titular uma boa pessoa, mas o cargo de presidente da República não é preenchido por simpatia e bondade e, sim, pela expectativa popular de que seja exercido com competência, seriedade e honestidade.
Lula previra, no início do ano, que da queda de Palocci decorreria uma onda de demissões de ministros que, dito e feito, acabou se confirmando. E tudo à toa. Meses a fio após sua queda, só agora um obscuro procurador tenta investigá-lo, certamente para não dar tanto na vista que sua derrubada ocorreu por razões políticas e não por conta de algum crime comprovado. E todos os outros ministros derrubados “por corrupção” foram deixados em paz após desistirem.
A mídia aproveita a fragilidade do apoio popular ao governo Dilma – com 51% de aprovação, está a um passo de ser reprovado pela maioria – para fomentar um movimento “contra a corrupção” que a última capa da Veja mostra que é orquestrado. A revista estampou na capa a imagem da máscara que esse movimento usa como símbolo, a do revolucionário inglês Guy Fawkes, junto a chamada para matéria acusando o ministro “bola da vez”, Orlando Silva.
No próximo dia 15 de novembro, mais uma vez em um feriado, esse movimento oposicionista-midiático sai às ruas com a pretensão de reunir “um milhão de pessoas”. E certamente irá bradar contra o ministério do Esporte.
Apesar de “marchas contra a corrupção” anteriores terem sido um fracasso de público (diante da campanha martelada por todos os grandes meios de comunicação de massa), percebe-se que os fatos políticos gerados pela campanha de desmoralização do governo Dilma, através da temporada de caça aos ministros que a presidente da República nomeou, dão fôlego a esse movimento.
Como antes, mais uma vez vai retornando um discurso suicida entre a base de apoio do governo Dilma na sociedade, de que, apesar de não haver provas, o ministro “bola da vez” não teria mais “condições políticas” de permanecer no cargo. E lá se vai o quinto ministro derrubado “por corrupção”, ainda que, à diferença do ex-chefe da Casa Civil, Orlando Silva não tenha apartamento de milhões de reais para servir como “prova” de que é “corrupto”.
Como em qualquer ministério há milhares de convênios com entidades privadas, tais como ONGs etc., a mídia achou um manancial inesgotável de matéria-prima para novas denúncias. Qualquer irregularidade em qualquer ministério derrubará o titular da pasta e é fisicamente impossível que algum ministério ou secretaria de governo estadual ou municipal não tenha casos questionáveis a serem explorados.
A mídia oposicionista, pois, adquire uma arma para pressionar o governo Dilma que o colocará de joelhos pelos próximos três anos. Qualquer política pública que este governo tente fazer vingar e da qual a mídia não goste, bastará ela ameaçar com novo escândalo para obrigar o governo a ceder.
A grande pergunta que se faz, portanto, é a seguinte: quanto tempo levará até que a mídia e a oposição decidam culpar a própria Dilma pela “corrupção” que dizem haver em seu governo? E como o cidadão poderá deixar de concluir que ela é a responsável pelo que se passa em seu próprio governo se a própria presidente elogia, afaga e obedece a esses detratores de sua administração?
A manutenção de Orlando Silva no cargo, portanto, é a última chance do governo Dilma de se manter autônomo. Se a Veja, a Folha, o Estadão e a Globo vencerem mais essa queda de braço, e se o PC do B cumprir a promessa de deixar a base de apoio do governo em caso de demissão de seu ministro, rejeitando indicar outro representante para o Esporte, a presidente não governa mais. Terá que pedir a benção da mídia e da oposição para cada medida.
Estamos no décimo mês do governo Dilma e, até agora, o que simboliza a sua administração é a incessante queda dos ministros que, não nos esqueçamos, foi a presidente que nomeou. Sem provas, sob esse mesmo “pragmatismo” que, inocentemente, até pessoas de boa fé acham que deixará o governo “livre para governar”, quando, na verdade, não passa de capitulação.
Agora lhe pergunto, leitor: você votou em Dilma Rousseff ou na mídia? Sim, porque quem está governando é a mídia, com esse poder de criar crises e paralisar o governo. Enquanto isso, as “marchas contra a corrupção”, infestadas por partidos de oposição e infladas pela mídia, caminham para se tornar o que fatalmente se tornarão: campanha pela queda do governo, provavelmente via impeachement.
Fonte: Cidadania

sábado, 22 de outubro de 2011

Mídia não disfarça sua frustração

Por José Dirceu, em seu blog:

Não foi desta vez. Desta, não deu certo. A mídia tentou e forçou para que o ministro do Esporte, Orlando Silva, caísse. Desrespeitou abertamente o seu direito à presunção da inocência e ao devido processo legal ante denúncias em seu Ministério.

Tentou - e continua a tentar - substituir a Justiça. Quando não consegue, pressiona para que o julgamento não a desmoralize, não mostre que todo o escândalo foi factóide criado artificialmente por ela. É sua forma e jeito de continuar tentando impor decisões, primeiro à presidenta Dilma Rousseff, depois à Justiça.

Ainda que no caso de que falamos agora, do ministro Orlando Silva, a presidenta da República tenha deixado claro que se pautará pela lei e a Constituição, e que não aceita linchamentos morais e pré-julgamentos.

"Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio"

O governo "não condena ninguém sem provas e parte do princípio civilizatório da presunção da inocência. Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente", disse a presidenta em nota oficial.

E o ministro, na reunião com ela na noite de ontem, comunicou-lhe ter adotado todas as providências para corrigir e punir malfeitos, ressarcir os cofres públicos e aperfeiçoar os mecanismos de controle do Ministério do Esporte.

"É inaceitável para mim conviver com qualquer tipo de suspeição. Esclareci todos os fatos e as acusações que tenho sofrido. Desmascarei todas as mentiras para a presidente", afirmou ele ao sair dessa reunião no Palácio do Planalto.

Imprensa age como se suas manchetes não fossem desmentidas

Nada. Nenhum desses pontos fica em destaque. Vai para o meio das matérias - quando vai. A imprensa finge que não é com ela. Apesar do desmentido de várias de suas manchetes, continua a agir como se nada tivesse acontecido. Agora arrumou que Pelé foi consultado e que o jornalista Juca Kfouri, também, foi convidado para ser ministro, quando os fatos demonstram o contrário.

Essa mesma mídia e tipo de manchete já haviam sido desmentidos na informação que deram de que o ministro Orlando Silva tinha sido substituído na coordenação da Copa e da Olimpíada no Brasil e que estava demitido.

Nada abala a estratégia traçada pela nossa imprensa. Ela continua criando factóides sem nenhum compromisso com a verdade jornalística. Da mesma forma que insiste em dar foros de verdade às denúncias do soldado ongueiro João Dias acusador do ministro. Mesmo Dias não apresentando provas e sendo desmentido diariamente pelos fatos e testemunhas.

Por que não aceitam que o governo e o ministro Orlando Silva tenham seus direitos constitucionais respeitados da mesma forma que a mídia exige respeito aos seus próprios direitos?



Fonte: Miro

Velha imprensa: de porta-voz da ditadura a porta-vez de bandidos


Agora virou moda. A velha imprensa porta-voz da ditadura, virou porta-voz de todos os picaretas que foram autuados pelo ministério do Esporte para devolver dinheiro público desviado, e se fazem de vítimas do "ministério", com qualquer denúncia inventada sem qualquer prova, sem materialidade, só na lábia.

Na hora que se exige provas, as únicas provas que existem são exatamente o contrário: é o ministério que tem provas contra os picaretas, através de relatórios comprovando irregularidades, fraudes, e cobrando a devolução do dinheiro público.

Neste sábado, o ministério do Esporte teve que emitir 3 notas oficiais desmentindo os 3 principais jornalões e a revista Veja, cada um com uma denúncia fraca, ou só na lábia, ou com sinais invertidos (interpretando provas de honestidade como se fosse desonestidade).

1) Folha de São Paulo:

Ministério exige retratação do jornal.

O jornal pegou uma pauta, não apurou, e fez uma matéria de capa com acusações pesadas: afirma que um político do PP, apresentado apenas como pastor David Castro, acusa de receber pressões de alguém do ministério para pagar 10% ao PCdoB de um convênio de sua Igreja Batista Gera Vida.

Tudo baseado apenas na lábia, com inconsistências graves que nenhum jornalista sério publicaria sem apurar:
- David Castro, o suposto "denunciante" se recusa a apresentar o nome do suposto servidor que o teria pressionado, e nem mesmo informa o cargo que seria ocupado por esse suposto servido;
- O pastor e político do PP é cobrado pelo Ministério do Esporte para devolver dinheiro desviados;
- David Casto já responde ao Ministério Público Federal por irregularidades em convênio;
- O jornal afirma na capa que quem assinou o convênio foi o ministro. Não apurou. O ministério desmentiu.

- Se era para repassar ao PCdoB por que fazer convênio com político do PP?

O link da nota oficial completa do ministério do Esporte:http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7656

2) O jornal O Globo trouxe matéria “Esporte contrata ONG ligada a servidor da pasta”, pegando gancho no Estadão (abaixo). Eis o link da nota oficial do ministério:http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7657

3) O jornal Estadão divulgou desde ontem uma notícia que atesta a honestidade da mulher de Orlando Silva, mas deturpa como se houvesse algo errado.

O ministério do Esporte respondeu no link:http://www.esporte.gov.br/ascom/noticiaDetalhe.jsp?idnoticia=7658

O ministério da justiça respondeu no link:http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJ7CBDB5BEITEMIDDFC7CDDBE2484810957F7286818B9E57PTBRNN.htm

 4) Revista Veja: Eis a íntegra da resposta do Ministério:

22/10/2011 às 20h19 - Resposta à edição de Veja de 22 de outubro   

A Veja segue veiculando acusações caluniosas, sem provas,  de uma única e desacreditada fonte:  João Dias Ferreira, denunciado pelo Ministério do Esporte por desvio de dinheiro de convênios.

A revista repete, esta semana, a mesma prática. Na edição passada, editou na capa que o ministro teria recebido dinheiro na garagem do ministério, fato nunca comprovado. Agora, utiliza uma suposta gravação e cita supostos trechos, partes de frases, palavras isoladas, com o intuito claro de induzir os leitores.

Manipulação

A manipulação começa já na abertura da reportagem. A revista faz uma montagem e cola sobre uma foto do ministro a frase entre aspas: “ A coisa fugiu do controle”, declaração que o ministro nunca fez.   

Providências

O ministro Orlando Silva determinou a imediata apuração das denúncias. 

1 – O Ministério do Esporte vai requerer que essas supostas gravações sejam incorporadas ao inquérito aberto pela Polícia Federal; 

2 – O Ministério do Esporte adotará os procedimentos administrativos cabíveis para apurar eventuais responsabilidades de servidores. 

Insinuações e fantasias

Na edição desta semana, a revista faz nova calúnia. Afirma que assessores teriam ajudado João Dias a enganar a fiscalização do próprio ministério.  Essa insinuação é primária e leviana.  

O jornalista, de forma fantasiosa, se refere a “reunião ocorrida em abril de 2008” como tendo sido uma reunião “inexplicável, inacreditável e reveladora”. Essa reunião é assunto requentado e fartamente tratado ao longo da semana pelos jornais diários. 

De forma também fantasiosa, a revista diz que quatro dias depois da referida reunião o ministério “enviou à PM/DF um documento pedindo que ofício anterior fosse desconsiderado”. Assunto também amplamente discutido na semana que passou. 

A reportagem omite ofício  (conhecido por Veja) encaminhado por  João Dias, no dia 7 de abril de 2008, pedindo  prorrogação de prazo para apresentar nova prestação de contas. 

Veja informa de maneira imprecisa (“sobre a abertura de uma auditoria nos convênios’, esse teria sido o assunto do referido terceiro ofício segundo Veja”) sobre ofício enviado pelo Ministério do Esporte à PM/DF em agosto de 2009 quando foi determinada a abertura de Tomada de Contas Especial para a devolução de aproximadamente R$ 4 milhões por João Dias aos cofres públicos.  

Quem está cobrando de João Dias é o ministério. Quem tem provas contra João Dias é o ministério. 

Todas Tomadas de Contas Especiais para reaver dinheiro desviado de convênios foram abertas por iniciativa do Ministério do Esporte, como determina a lei. É importante ressaltar que o processo de tomada de contas obedece ao seguinte fluxo: (1) o Ministério, ao tomar conhecimento de qualquer fato que possa resultar em prejuízo do erário, promove a apuração dos fatos, identifica os responsáveis e quantifica o dano causado; (2) providencia a inscrição da inadimplência; (3) promove o registro dos causadores do dano ao erário na conta “DIVERSOS RESPONSÁVEIS” do SIAFI; (4) encaminha o processo à Controladoria Geral da União (CGU) para análise e manifestação; (5) retornando o processo com manifestação favorável da CGU emite pronunciamento do Ministro do Esporte atestando haver tomado conhecimento dos fatos e determinando a remessa do processo ao TCU.

Informações obtidas no site da CGU, relativas ao período de 2002 até junho de 2011, indicam que foram instauradas 12.001 tomadas de contas no âmbito da Administração Pública Federal, sendo que, desse quantitativo, 67 foram instauradas pelo Ministério do Esporte, representando R$ 50.443.649,57, o que corresponde a 0,56% do total de processos, e 0,73% do valor total de recursos cobrados. Portanto, a informação veiculada na matéria não corresponde aos números constantes no site da CGU.

A Veja chegou velha às bancas 

Ao contrário do que diz a revista que “a presidente Dilma Roussef, desde o início do governo insatisfeita com o desempenho de Orlando...” na sexta-feira, 21 de outubro, em audiência com a Presidenta, o ministro Orlando Silva recebeu a recomendação de continuar trabalhando normalmente e ter paciência. Nesse ponto, também, a revista está desinformando os leitores. Veja chegou velha às bancas.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Blatter pedirá divulgação de documentos sobre caso de propina na Fifa


Atualizado em  18 de outubro, 2011 - 15:06 (Brasília) 17:06 GMT                   

Polícia Federal confirmou abertura
de inquérito sobre transações
envolvendo Ricardo Teixeira
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, se prepara para realizar uma manobra surpreendente e pedir a divulgação de documentos judiciais que podem revelar que importantes dirigentes da entidade receberam propinas.
Os documentos fazem parte de uma investigação criminal sobre a falência da empresa de marketing esportivo ISL (International Sport and Leisure), parceira da Fifa, e indicam que dirigentes da entidade receberam pagamentos para garantir à ISL a lucrativa comercialização de direitos de transmissão e anúncios publicitários da Copa do Mundo durante os anos 1990.
Em novembro, uma investigação do programa Panorama, da BBC, apontou que estes dirigentes eram o ex-presidente da Fifa João Havelange e seu ex-genro Ricardo Teixeira, membro do comitê executivo da Fifa e presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Por repetidas vezes, a Fifa bloqueou as tentativas de jornalistas que buscavam a divulgação dos documentos. Mas, agora, a BBC apurou que Blatter pretende defender a publicação dessas informações durante o encontro de dois dias do comitê executivo da Fifa, que será realizado na próxima quinta-feira em Zurique, na Suíça.
No ano passado, advogados que atuavam em nome da Fifa e dos dirigentes citados pagaram 5,5 milhões de francos suíços (cerca de R$ 10,7 milhões) para encerrar o caso e manter suas identidades em segredo.
De acordo com o Panorama, Teixeira recebeu cerca de US$ 9,5 milhões por meio de uma empresa de fachada chamada Sanud, criada no paraíso fiscal de Liechtenstein.
Na segunda-feira, a Superintendência da Polícia Federal do Rio confirmou a abertura de um novo inquérito sobre as transações envolvendo Teixeira.
A expectativa é de que as autoridades brasileiras peçam acesso aos documentos da Justiça suíça como parte da investigação.

Proposta de reforma

Em maio deste ano, a Fifa entrou pela segunda vez com um recurso contra uma decisão de promotores suíços pela divulgação dos documentos. O caso deve ir a julgamento no final deste mês em um tribunal na cidade de Zug, na Suíça.
Mas, diante da forte pressão por reformas que a Fifa enfrenta após sofrer duras acusações de corrupção contra seus dirigentes, Blatter decidiu que os documentos devem ser divulgados pela Justiça suíça e, se a sua decisão for aprovada pelo comitê executivo, vai pedir às autoridades suíças que isso aconteça.
Fontes ouvidas pela BBC dizem que a proposta faz parte de um pacote de mudanças que será apresentado pelo presidente da Fifa. Depois de prometer "tolerância zero" com os casos de corrupção na entidade, Blatter foi convencido de que precisa demonstrar compromisso com a transparência na Fifa.
Entre as mudanças que Blatter deve propor estão as seguintes medidas:
  • uma mudança no comitê executivo para incluir representantes de clubes e ligas; os membros seriam indicados pelas confederações continentais, como acontece hoje, mas teriam que ser aprovados pelas 208 associações que formam o congresso da Fifa;
  • todos os integrantes do comitê executivo passarão a ter de revelar se tiveram algum envolvimento no passado com alguma investigação criminal, se já foram condenados e se têm algum conflito de interesses;
  • o comitê de ética também sofrerá mudanças para se tornar totalmente independente da Fifa e composto por três novas partes (um promotor, uma unidade de investigações e um tribunal)
  • um comitê de soluções formado por importantes personalidades de fora do esporte vai examinar assuntos delicados relacionados ao futebol
  • a maneira como o país-sede da Copa do Mundo é escolhido também será modificada, com a escolha final cabendo ao congresso da Fifa, e não mais ao Comitê Executivo

Estratégia de risco

Blatter precisará do apoio da maioria
do comitê executivo para conseguir
aprovar novas propostas
O pedido de divulgação dos documentos da Fifa deve ser a mais impactante das propostas. Mas trata-se de uma estratégia de alto risco.
Ricardo Teixeira é a principal figura à frente da Copa do Mundo de 2014 e deve ter um papel de destaque no anúncio, na próxima quinta-feira, do calendário e dos locais dos jogos do Mundial de 2014 e da Copa das Confederações de 2013.
Teixeira também é apontado como um possível candidato para suceder Blatter como presidente da Fifa em 2015.
A divulgação dos documentos também pode aumentar a pressão sobre outros membros do comitê executivo da Fifa. No ano passado, o Panorama apontou que um documento confidencial da ISL listava 175 pagamentos para indivíduos e empresas em um total de cerca de US$ 100 milhões.
Segundo o programa da BBC, a lista indicava que o paraguaio Nicolas Leoz, presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), recebeu mais de US$ 700 mil da ISL. A investigação também apontava que Issa Hayatou, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), recebeu cerca de US$ 20 mil. Hayatou, Leoz e Teixeira negam as acusações.
Como parte da promessa de mais transparência na Fifa, Blatter e o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, têm trabalhado em conjunto com a ONG de combate à corrupção Transparência Internacional.
Um relatório sobre a Fifa produzido pela Transparência em agosto pedia que Blatter adotasse uma série de medidas para combater a corrupção na entidade.
Boa parte das reformas vai precisar do apoio da maioria dos 23 integrantes do comitê executivo e, por isso, há dúvidas sobre a sua aprovação. Se enfrentar uma oposição mais forte, Blatter pode ter de esperar até o próximo congresso da Fifa, em maio, em Budapeste, para tentar adotar as mudanças.

Fonte: BBC Brasil

Por que derrubar Orlando Silva? Siga o dinheiro em Liechtenstein, pago pela TV Globo.


http://www.swissinfo.ch/por/esporte/Tribunal_suico_faz_graves_acusacoes_a_Fifa.html?cid=7061236
Causa profunda estranheza o esforço que a TV Globo e revista Veja estão fazendo para derrubar o ministro do esporte, Orlando Silva, sem se preocupar em apurar a verdade dos fatos.

Sabe-se que as denúncias são fracas, os denunciantes suspeitos, com comportamento suspeito, enquanto o ministro comporta-se de forma destemida, como quem enfrenta máfias. Mesmo assim a TV Globo e a revista Veja, fazem de tudo para NÃO procurar a verdade e forçar a barra só no noticiário negativo de bate-boca e boatos, não concedendo o princípio da presunção de inocência até que apareçam provas.

A TV Globo tem uma profunda relação de parceria em negócios com os cartolas do futebol brasileiro, cuja figura máxima é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

A Globo ganha todas, e sem concorrência, sabe-se lá como: os direitos de transmissão do Brasileirão e dos jogos da Seleção Brasileira, em negociações entre quatro paredes sem qualquer transparência pública.

O governo Dilma, através do ministro do esporte, tem contrariado interesses da FIFA e da CBF. Tem publicado tudo sobre a Copa-2014 no portal da transparência. Talvez esteja contrariando interesses cruzados da TV Globo, sem saber.

Um interessante caminho para desvendar essa caixa-preta do futebol brasileiro é seguir o dinheiro.

O escândalo de subornos na FIFA, que atinge o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teve seu estopim em 2001, cuja causa é atribuída ao pagamento de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002.

Relembre essa notícia de 2008, publicada na imprensa Suíça, a partir do documento de 179 páginas do Tribunal Penal de Zug, na Suíça:

Tribunal suíço faz graves acusações à Fifa

O Tribunal Penal do cantão (estado) de Zug, na Suíça, publicou detalhes da sentença proferida em julho passado sobre o caso de corrupção envolvendo a ISL, em que os juízes fazem sérias acusações contra a Fifa.

O documento de 179 páginas comprova que, através de empresas, fundações e "caixas dois" do conglomerado ISL/ISMM, foram pagos subornos no valor de 138 milhões de francos (US$ 115 milhões) a altos dirigentes esportivos.

Seis executivos do grupo ISL/ISMM, ex-número 1 do marketing esportivo mundial, foram levados ao banco dos réus no julgamento iniciado em Zug no começo deste ano. Três deles foram inocentados. Os outros três – incluindo o "homem do cofre" Jean-Marie Weber – levaram multas.

Além dos 138 milhões transferidos às contas de cartolas em todo o mundo, ainda estavam previstos mais 18 milhões de francos para propinas, mas este dinheiro acabou sendo bloqueado por ocasião da falência da firma em 2001.

Inicialmente, em 2001, a Fifa havia dado queixa contra a ISL/ISMM, supostamente por causa de um pagamento antecipado de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002, que a ISMM teria desviado para uma conta "secreta" em Liechtenstein, fora do controle da Fifa. Em 2004, surpreendentemente, a Fifa declarou não ter mais interesse em um processo penal. "Isso nunca foi justificado", lê-se na sentença do tribunal.

Argumentação "confusa"

O texto da sentença agora acusa a Fifa de ter tido um "comportamento enganoso, que, em parte, dificultou a investigação". A cooperação da entidade máxima do futebol com o juiz encarregado do caso "nem sempre ocorreu em conformidade com o melhor entender nem foi baseada no princípio da fidelidade e credibilidade".

Segundo a sentença citada por vários jornais, na terça-feira (25/11), a Fifa teria "silenciado" sobre conhecimentos internos e usado deliberadamente uma argumentação "confusa". Por isso, a entidade foi obrigada a pagar uma parte dos custos de investigação.

Durante o processo, advogados dos acusados chegaram a fazer graves denúncias de cumplicidade. Por exemplo, dois presidentes da Fifa, Joseph Blatter e seu antecessor, o brasileiro João Havelange, teriam exigido a permanência do "homem do cofre" Jean-Marie Weber no comando da ISL. Do contrário, não seriam mais firmados contratos com a agência.

Desta forma, os pagamentos teriam obtido o status de "acordos formais obrigatórios". Na linguagem oficial, os pagamentos de subornos eram chamados de "custos de compra de direitos". O sistema de fraude teria sido instalado com ajuda de autoridades fiscais suíças e renomados escritórios de advocacia, conforme documenta a sentença.

Isso foi facilitado pelo fato de o suborno de pessoas físicas (este é o status dos cartolas do esporte), pela lei Suíça da época, no período de 1989 a 2001, não era crime. Para poder declarar os contratos bilionários da ISL com a Fifa, o COI, a Uefa, Fina, Fiba, ATP, FIAA, entre outras, como "contrários aos bons costumes", era necessário haver contratos entre corruptores e corrompidos.

O "homem do cofre"

Jean-Marie Weber, que ainda trabalha para a Federação Internacional de Atletismo (FIAA), a Federação Africana de Futebol e tinha credenciamento do COI para os Jogos Olímpicos de Pequim, conhece os nomes de todos os que receberam dinheiro da ISL. Numa entrevista, ele disse que levará esses nomes para o túmulo.

A sentença resume as informações escritas e orais sobre práticas de corrupção de quatro dos seis acusados. Através dessas informações e do texto de acusação da Promotoria Pública de Zug, é descrito um sistema pelo qual a ISL dominou o esporte mundial durante 20 anos.

Segundo o jornal suíço NZZ, embora a maioria dos "beneficiados" mencionados na documentação do processo continue nos seus cargos – como, por exemplo, os membros do Comitê Executivo da Fifa Nicolas Leóz (Paraguai) e Ricardo Teixeira (Brasil) –, nenhuma entidade esportiva tomou iniciativas de esclarecimento.

O processo envolvendo a ISL ainda não está completamente concluído. Duas investigações ainda estão em curso para descobrir o paradeiro de mais receptores de propinas. Além disso, ainda não esclarecido se a Fifa pagou ou não 2,5 milhões de francos a Jean-Marie Weber para fechar um assim chamado "acordo para ocultar a corrupção".
Orlando Silva não cede à chantagens e oferece seu sigilo bancário ao Procurador-Geral da República

O ministro do esporte Orlando Silva não cedeu à chantagens daqueles que ameaçam com escândalos políticos se não tentar abafar investigações contra eles, e não cedeu à interesses escusos que querem derrubá-lo do cargo.

Em nova entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, voltou a enfrentar seus detratores de peito aberto. O ministro também demonstrou firmeza, ao não deixar nenhuma pergunta sem resposta, diante do bombardeio da imprensa oposicionista à ele.

Ministro abre seu sigilo bancário ao Ministério Público

Mais cedo, ele enviou uma nota ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se colocando à total disposição o Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.

Logo a entrevista na íntegra, sem deturpações e sem edições da imprensa

Assim que estiver disponível o vídeo da entrevista publicaremos na íntegra, porque a imprensa que age como partido de oposição, tem o mau hábito de editar para deturpar e esconder a verdade, com fins de exploração política.



ONG acusada pelo Fantástico dá aula de transparência na Fundação Roberto Marinho

domingo, 16 de outubro de 2011

O novo (?) delírio golpista


Você acredita que, em pleno século XXI, com o Brasil atravessando o melhor momento econômico e social de sua história, as forças político-ideológicas que, a serviço da elite branca, já deram golpes de Estado teriam coragem de sabotar o país e depois subjugá-lo a fim de interromper a ascensão social da maioria morena e pobre que começa a ocupar postos de trabalho, vagas nas universidades e até a morar nos bairros de brancos ricos?
A quase totalidade da população brasileira, essa nação de quase duzentos milhões de habitantes, está preocupada hoje apenas em colher os frutos de um processo de desenvolvimento jamais visto aqui. Nunca antes na história deste país ele cresceu e distribuiu renda e oportunidades por tanto tempo seguido. Agora, o povo acha que chegou a sua vez. Como derrotar um partido que é visto pela maioria como autor do novo Brasil?
Na opinião deste blog, as forças progressistas – que incluem todos aqueles que querem que o Brasil deixe de ser uma fazendona com uma imensa Casa Grande habitada por um grupelho ínfimo de famílias brancas de descendência indo-européia e uma vasta Senzala ocupada por 9/10 da população – têm o dever de avaliar com responsabilidade o risco que este blog vê no atual quadro político brasileiro.
Pouco importa que você ache que não há clima para o bom e velho golpismo tupiniquim tendo o Brasil chegado ao atual estágio de importância internacional a que chegou. Diante da tragédia que seria a existência de um plano para abortar o processo de distribuição de renda e de oportunidades em um país marcado pela concentração de renda e pela falta de oportunidades para a maioria afrodescente, todo democrata tem obrigação de parar e pensar.
Recentemente, a politóloga americana Frances Hagopian, estudiosa dos partidos políticos brasileiros, situou o PSDB na centro-direita do espectro ideológico, ou seja, como representante da classe social diminuta, branca e abastada que há quase meio século exigiu e obteve um golpe de Estado a fim de impedir medidas que visavam inclusão social.

Orlando Silva, Geraldo Alckmin, Bruno Covas - Como cada um reage às denúncias.

Três casos de denúncias de corrupção estão na pauta da imprensa nesta semana, e é curioso a diferença de atitudes e do noticiário a respeito de cada um.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB/SP) e seu mensalão paulista (seus secretários de estado estão envolvidos no escândalo da venda de emendas pelos deputados estaduais de sua base de apoio, na Assembléia Legislativa de São Paulo):

- não apura as denúncias;
- tenta abafar;
- foge da polícia e do ministério público como o vampiro foge da cruz;
- não processa ninguém que faz acusações pesadas;
- não vai e não deixa seus secretários de estado irem ao legislativo prestarem esclarecimentos, nem mesmo sabendo que a maioria da Assembléia é "cúmplice" governista;
- não vai à imprensa, não dá entrevistas coletivas sobre o assunto, mesmo sabendo que a imprensa paulista é parceira do governador (inclusive financeira) e chapa-branca;
- esconde os dados do público e da imprensa (não disponibiliza os dados com transparência na internet - até o ministério público estadual reclama);
- o TCE (Tribunal de Contas de São Paulo) está contaminado de corrupção comprovada entre os conselheiros amigos do governador (confira aqui e aqui);
- Não faz uma auditoria rigorosa (o governo de São Paulo nem tem um órgão de auditoria com o rigor da CGU federal).

Orlando Silva (atacado na revista Veja por denúncia verbal, de corruptos que caíram na malha fina do ministério):

- chama a Polícia Federal para colocar tudo em pratos limpos;
- enfrenta seus detratores, anunciando que irá processá-los;
- não cede à chantagens daqueles que ameaçam forjar escândalos;
- apura as denúncias;
- vai a imprensa dar entrevista coletiva olho-no-olho (para todos os veículos, indistintamente), inclusive enfrentando a imprensa declaradamente oposicionista;
- vai ao Congresso por vontade própria para prestar todos os esclarecimentos e enfrentar a oposição olho-no-olho;
- colocou seus sigilos bancários e fiscal à disposição das investigações por autoridades;
- escancara os dados do ministério na internet, nos portais de transparência;
- acionou há muito tempo o TCU (Tribunal de Contas da União);
- acionou há muito temo a CGU (Controladoria Geral da União);

Bruno Covas (PSDB/SP, secretário estadual de meio ambiente do governo Alckmin, envolvido no escândalo de vendas de emendas):

- repete o mesmo comportamento de culpado e os mesmos vícios do governador Geraldo Alckmin;
- já fugiu duas vezes de ir ao legislativo se explicar (uma vez fugiu de audiência na comissão de ética, outra vez fugiu da comissão de meio-ambiente);
- deu entrevista um mês antes do escândalo, dizendo que acobertou um prefeito corrupto, e depois não enfrentou a imprensa para tentar se explicar olho-no-olho;

A diferença de comportamento é evidente:

Com o comportamento do ministro Orlando Silva, não há como acabar em pizza. Alguém vai se dar muito mal: ou seus detratores ou ele mesmo, ou seja: quem tiver culpa não escapa, porque as investigações estão escancaradas, e ele mesmo tomando a iniciativa de se colocar a disposição para todos os esclarecimentos.

Já no caso de Geraldo Alckmin e Bruno Covas, é preciso muita reza brava do povo, para não acabar em pizza, porque tudo está sendo feito para abafar; para jogar o lixo para baixo do tapete, eternizando a corrupção impune em São Paulo, como uma corrida de revezamento, onde Maluf passa o bstão para Quércia, que passa Alckmin, que passa para Serra, que devolve para Alckmin.

Já a velha imprensa demo-tucana...

Quando Orlando Silva dá entrevista coletiva, sem fugir de nenhuma pergunta, olho-no-olho, essa imprensa, sem saber mais o que dizer, e sem fatos para sustentar, diz que ele "ainda não provou sua inocência".

Quando Alckmin diz que "quem acusa tem provar" e não explica nada, aceitam bovinamente sem qualquer questionamento, e engavetam o assunto nas redações dos jornais, revistas, rádio e TV.

Mesmo que a denúncia que atinge o governo Alckmin tenha partido de um deputado estadual da base de apoio do próprio governador, e mesmo que já há casos comprovados de emendas pra lá suspeitas, com obras suspeitas de superfaturamento, com empreiteiras ligadas ao esquema espalhadas em várias cidades paulistas.



PF investiga suborno de testemunha de acusação, do mesmo esquema que acusa Orlando Silva.



Jaqueline Roriz, Weslian e Joaquim Roriz.
Campanha acusada de tentar subornar falsa testemunha por R$ 200 mil

Para se ver o quanto a Revista Veja está se fiando em fontes corruptas e barra pesada, daquelas que não dá para confiar denúncias apenas na lábia, é bom relembrar esse episódio de 2010:

O ex-policial João Dias Ferreira e o contador Miguel Santos Souza foram presos em abril de 2010 pela Polícia Civil do Distrito Federal, por causa de um esquema para fraudar convênios junto ao Ministério do Esporte.

Hoje, João Dias Ferreira faz denúncias contra o ministro dos esportes, Orlando Silva, na revista Veja, na lábia, sem apresentar provas.

Em 2010, o contador Miguel Santos Souza recebeu oferta de R$ 200 mil do advogado Clauber Madureira Guedes da Silva, para fazer uma denúncia falsa dizendo que teria visto Agnelo Queiroz (PT/DF) manuseando dinheiro (coisa muito semelhante à denúncia que apareceu na revista Veja, agora contra Orlando Silva).

Era campanha eleitoral e disputavam o governo do Distrito Federal Agnelo Queiroz (PT) e Weslian Roriz (PSC), mulher de Joaquim Roriz (ele estava impedido de se candidatar pela Justiça Eleitoral, devido à ficha suja).

No dia 15 de setembro de 2010, o contador Miguel prestou depoimento aos policiais civis e entregou uma gravação com 34 minutos de conversa com o advogado Clauber.

Eis alguns trechos transcritos da gravação:

Trecho 1
Advogado — Você não vai assumir nada. Vai simplesmente dizer que viu, sim.

Miguel — Mas viu o quê?

Advogado — Viu o Agnelo (inaudível) manuseando dinheiro.

Miguel — Manuseando dinheiro?

Advogado — É.

Trecho 2
Miguel — Eu quero saber o que que é pra mim fazer (sic) e o que que eu vou receber por isso, o que que eu vou ganhar com isso, né? Isso que eu preciso saber. Porque tudo tem seu preço, né?

Advogado — Lógico.

Miguel — Eu preciso saber o que que é mesmo e tal.

Advogado — O combinado é aquilo que a gente conversou. É aquilo mesmo.

Miguel — Aquilo seria o quê? Você falou R$ 200 mil mais um cargo no primeiro escalão. É no primeiro escalão, no segundo? E como é que eu vou ter certeza que eu vou receber esse dinheiro?

Advogado — Na mão.

Trecho 3
Miguel — Me diz uma coisa, já que a gente está confiando um no outro, eu tô confiando em você… Da onde é que vem mesmo esse dinheiro? Quem é que vai pagar? Só para mim me situar, para mim ter uma ideia, entendeu? É o Roriz? É o pessoal dele? O coordenador de campanha? Quem é?

Advogado — O pessoal dos coordenadores de campanha.

Agnelo, ao ficar sabendo, deu queixa à Polícia Federal, que abriu investigação sobre o caso.

A OAB-DF instaurou processo disciplinar-ético, para apurar a conduta do advogado:



(Do arquivo do Correio Braziliense)



Fonte: Amigos do Presidente Lula