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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Por que derrubar Orlando Silva? Siga o dinheiro em Liechtenstein, pago pela TV Globo.


http://www.swissinfo.ch/por/esporte/Tribunal_suico_faz_graves_acusacoes_a_Fifa.html?cid=7061236
Causa profunda estranheza o esforço que a TV Globo e revista Veja estão fazendo para derrubar o ministro do esporte, Orlando Silva, sem se preocupar em apurar a verdade dos fatos.

Sabe-se que as denúncias são fracas, os denunciantes suspeitos, com comportamento suspeito, enquanto o ministro comporta-se de forma destemida, como quem enfrenta máfias. Mesmo assim a TV Globo e a revista Veja, fazem de tudo para NÃO procurar a verdade e forçar a barra só no noticiário negativo de bate-boca e boatos, não concedendo o princípio da presunção de inocência até que apareçam provas.

A TV Globo tem uma profunda relação de parceria em negócios com os cartolas do futebol brasileiro, cuja figura máxima é o presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

A Globo ganha todas, e sem concorrência, sabe-se lá como: os direitos de transmissão do Brasileirão e dos jogos da Seleção Brasileira, em negociações entre quatro paredes sem qualquer transparência pública.

O governo Dilma, através do ministro do esporte, tem contrariado interesses da FIFA e da CBF. Tem publicado tudo sobre a Copa-2014 no portal da transparência. Talvez esteja contrariando interesses cruzados da TV Globo, sem saber.

Um interessante caminho para desvendar essa caixa-preta do futebol brasileiro é seguir o dinheiro.

O escândalo de subornos na FIFA, que atinge o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, teve seu estopim em 2001, cuja causa é atribuída ao pagamento de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002.

Relembre essa notícia de 2008, publicada na imprensa Suíça, a partir do documento de 179 páginas do Tribunal Penal de Zug, na Suíça:

Tribunal suíço faz graves acusações à Fifa

O Tribunal Penal do cantão (estado) de Zug, na Suíça, publicou detalhes da sentença proferida em julho passado sobre o caso de corrupção envolvendo a ISL, em que os juízes fazem sérias acusações contra a Fifa.

O documento de 179 páginas comprova que, através de empresas, fundações e "caixas dois" do conglomerado ISL/ISMM, foram pagos subornos no valor de 138 milhões de francos (US$ 115 milhões) a altos dirigentes esportivos.

Seis executivos do grupo ISL/ISMM, ex-número 1 do marketing esportivo mundial, foram levados ao banco dos réus no julgamento iniciado em Zug no começo deste ano. Três deles foram inocentados. Os outros três – incluindo o "homem do cofre" Jean-Marie Weber – levaram multas.

Além dos 138 milhões transferidos às contas de cartolas em todo o mundo, ainda estavam previstos mais 18 milhões de francos para propinas, mas este dinheiro acabou sendo bloqueado por ocasião da falência da firma em 2001.

Inicialmente, em 2001, a Fifa havia dado queixa contra a ISL/ISMM, supostamente por causa de um pagamento antecipado de 60 milhões de dólares feito pela TV Globo por direitos de transmissão da Copa de 2002, que a ISMM teria desviado para uma conta "secreta" em Liechtenstein, fora do controle da Fifa. Em 2004, surpreendentemente, a Fifa declarou não ter mais interesse em um processo penal. "Isso nunca foi justificado", lê-se na sentença do tribunal.

Argumentação "confusa"

O texto da sentença agora acusa a Fifa de ter tido um "comportamento enganoso, que, em parte, dificultou a investigação". A cooperação da entidade máxima do futebol com o juiz encarregado do caso "nem sempre ocorreu em conformidade com o melhor entender nem foi baseada no princípio da fidelidade e credibilidade".

Segundo a sentença citada por vários jornais, na terça-feira (25/11), a Fifa teria "silenciado" sobre conhecimentos internos e usado deliberadamente uma argumentação "confusa". Por isso, a entidade foi obrigada a pagar uma parte dos custos de investigação.

Durante o processo, advogados dos acusados chegaram a fazer graves denúncias de cumplicidade. Por exemplo, dois presidentes da Fifa, Joseph Blatter e seu antecessor, o brasileiro João Havelange, teriam exigido a permanência do "homem do cofre" Jean-Marie Weber no comando da ISL. Do contrário, não seriam mais firmados contratos com a agência.

Desta forma, os pagamentos teriam obtido o status de "acordos formais obrigatórios". Na linguagem oficial, os pagamentos de subornos eram chamados de "custos de compra de direitos". O sistema de fraude teria sido instalado com ajuda de autoridades fiscais suíças e renomados escritórios de advocacia, conforme documenta a sentença.

Isso foi facilitado pelo fato de o suborno de pessoas físicas (este é o status dos cartolas do esporte), pela lei Suíça da época, no período de 1989 a 2001, não era crime. Para poder declarar os contratos bilionários da ISL com a Fifa, o COI, a Uefa, Fina, Fiba, ATP, FIAA, entre outras, como "contrários aos bons costumes", era necessário haver contratos entre corruptores e corrompidos.

O "homem do cofre"

Jean-Marie Weber, que ainda trabalha para a Federação Internacional de Atletismo (FIAA), a Federação Africana de Futebol e tinha credenciamento do COI para os Jogos Olímpicos de Pequim, conhece os nomes de todos os que receberam dinheiro da ISL. Numa entrevista, ele disse que levará esses nomes para o túmulo.

A sentença resume as informações escritas e orais sobre práticas de corrupção de quatro dos seis acusados. Através dessas informações e do texto de acusação da Promotoria Pública de Zug, é descrito um sistema pelo qual a ISL dominou o esporte mundial durante 20 anos.

Segundo o jornal suíço NZZ, embora a maioria dos "beneficiados" mencionados na documentação do processo continue nos seus cargos – como, por exemplo, os membros do Comitê Executivo da Fifa Nicolas Leóz (Paraguai) e Ricardo Teixeira (Brasil) –, nenhuma entidade esportiva tomou iniciativas de esclarecimento.

O processo envolvendo a ISL ainda não está completamente concluído. Duas investigações ainda estão em curso para descobrir o paradeiro de mais receptores de propinas. Além disso, ainda não esclarecido se a Fifa pagou ou não 2,5 milhões de francos a Jean-Marie Weber para fechar um assim chamado "acordo para ocultar a corrupção".
Orlando Silva não cede à chantagens e oferece seu sigilo bancário ao Procurador-Geral da República

O ministro do esporte Orlando Silva não cedeu à chantagens daqueles que ameaçam com escândalos políticos se não tentar abafar investigações contra eles, e não cedeu à interesses escusos que querem derrubá-lo do cargo.

Em nova entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, voltou a enfrentar seus detratores de peito aberto. O ministro também demonstrou firmeza, ao não deixar nenhuma pergunta sem resposta, diante do bombardeio da imprensa oposicionista à ele.

Ministro abre seu sigilo bancário ao Ministério Público

Mais cedo, ele enviou uma nota ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, se colocando à total disposição o Ministério Público Federal, dando permissão para que sejam investigadas suas contas bancárias e tudo o que for considerado necessário.

Logo a entrevista na íntegra, sem deturpações e sem edições da imprensa

Assim que estiver disponível o vídeo da entrevista publicaremos na íntegra, porque a imprensa que age como partido de oposição, tem o mau hábito de editar para deturpar e esconder a verdade, com fins de exploração política.



ONG acusada pelo Fantástico dá aula de transparência na Fundação Roberto Marinho

A TV Globo quer mesmo derrubar Orlando Silva do ministério do esporte, para deixar o caminho livre para Ricardo Teixeira dar privilégios à Globo na Copa-2014.

programa Fantástico levou ao ar uma matéria contra a ONG "Pra Frente Brasil" da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues.

Reportagens levantando suspeitas sobre essa ONG são recorrentes na imprensa demo-tucana. Há anos saem matérias vagas sobre ela, mas ninguém aponta nada errado de fato. Aqui em 2009 tem uma da Folha, onde Karina reponde:
Pertencer ao partido ministro ajuda?
Pelo contrário. Só traz mais pressão. Seria muito mais fácil se não tivesse essa ligação. Sofremos fiscalização da Controladoria da União, do Ministério Público, do TCU, com denúncias anônimas. E até agora, não foram feitas críticas, apenas elogios. Eu até faria uma aposta. Não existe outra ONG no país que receba dinheiro público e publique os balancetes na internet como nós fazemos.

O Fantástico a aponta como "suspeita", mas... o repórter disse ter passado "um mês investigando" e não conseguiu mostrar nenhum caso de superfaturamento, nem de nota fria, nem de desvio de dinheiro. Ou seja, não tinha nada consistente em mãos para levar ao ar, a não ser o desejo de derrubar Orlando Silva.

O Fantástico apenas levantou suspeitas pelo fato da ex-jogadora ser vereadora do PCdoB em Jagariuna/SP, pela ONG ser a maior conveniada (atende 18.000 alunos como meta), e comprar lanches de empresas fornecedoras de conhecidos.

Ora, para ser "suspeita" que merecesse uma reportagem destas, o Fantástico tinha que mostrar pelo menos:
- ou que a ONG fosse fantasma (não atendesse o que promete);
- ou que outras empresas fornecedoras de lanches concorrentes vendiam mais barato (não mostrou);
- ou que o valor do convênio era acima do normal pelo número de crianças atendidas;
- ou que as empresas eram fantasmas (a reportagem paga o mico da ver a ONG e as empresas funcionando, com documentação em ordem e mostrando ao repórter até os estoques).
- enfim, teria que mostrar algum ilícito de fato, que o programa não mostrou. Pelo contrário, a reportagem praticamente confirma que tudo funciona regularmente.

No final das contas, para dar o clima de suspeição, levou cenas de um funcionário que não queria dar entrevistas (no final acabou falando ao repórter). Ora, tem milhares de pessoas que não dão entrevista para a Globo porque não gostam da Globo, porque ela deturpa, e não porque é culpado de alguma coisa.

Na falta de material para denunciar, a Globo chegou até a implicar com um carro (que não é de luxo) usado por Karina por que não está em seu nome, e com a casa de classe média, normal, do dono da empresa fornecedora de lanches.

Curioso que a Globo "nunca suspeitou" das mansões de Ricardo Teixeira (nunca mostradas na emissora), nem dos carros de luxo e jatinhos usados pelo senador Aécio Neves (PSDB/MG), que também não estão em seu nome.

A única coisa de fato que deixou dúvidas na reportagem foi se realmente a ONG de Karina atende o número de crianças previstas no convênio, mesmo assim a reportagem só cita um caso, onde deveria haver 300 alunos em atividade e contaram 146 no dia 7 de outubro. Para a TV, que disse ter passado "um mês investigando", não custava conferir pelo menos uma das outras 17 cidades onde a ONG atua (nenhuma tem prefeito do PCdoB, e algumas tem do PSDB, PPS e até DEM).

E quanto a não cumprir 100% das metas, a Globo está devendo fazer o mesmo com a sua ONG, a Fundação Roberto Marinho, que recebeu R$ 17 milhões do Ministério do Turismo para treinar 80 mil pessoas em idiomas e parece que só treinou uns gatos pingados.

Outra controvérsia a Globo não mostrou, mas a revista IstoÉ publicou em setembro:
Segundo os auditores do TCU, está comprovado que a Pra Frente Brasil há anos cobra dos prefeitos uma taxa de administração para que o município seja favorecido. O ministro Marcos Bemquerer, relator de alguns dos casos investigados, assegura que a prática é ilegal e esse dinheiro deverá ser objeto de investigação específica da Polícia Federal.
....
Karina nega essa versão. “Estão entendendo mal”, diz a vereadora. “O prefeito não paga para ter o Segundo Tempo. Paga para incrementar as ações de esporte e lazer”, explica. “Acho bom que a Polícia Federal entre nas investigações. Para nós, isso vai separar o joio do trigo e vão ver que não cometemos irregularidades.”

Não coloco a mão no fogo por quem não conheço, e não conheço esta ONG, nem Karina, e pode haver irregularidades que se confirmem, mas na própria reportagem achei as explicações dela bem mais convincentes do que as "suspeitas" do Fantástico baseadas apenas em picuinhas, e tive a curiosidade de dar uma conferida na internet.

CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
http://www.ongprafrentebrasil.org.br/portal/


A ONG de Karina tem um elevado grau de transparência pública, raro de se ver (maior até do que a Fundação Gol de Letra do ex-jogador Raí). Disponibiliza na internet balanços anuais, relatórios de auditoria, contrato do convênio, certidões negativas, e até declaração de renda de pessoa jurídica. Nesse ponto é exemplar e deveria até ser copiada como padrão de referência obrigatório para outras ONG's que movimentam grandes valores, inclusive a Fundação Roberto Marinho.


A ONG da Globo não tem transparência nenhuma. Não disponibiliza nenhuma prestação de contas em seu site, apesar de receber dinheiro público das mais diversas origens.
Aliás, depois dessa, o Fantástico está devendo uma reportagem sobre a suspeita ONG da Globo, principalmente com relação aos R$ 17 milhões recebidos do Ministério do Turismo.

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