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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Em Carta, blogueiros criticam governo Dilma na banda larga e no marco regulatório


Em Brasília, o Cloaca mostra que está na fronteira das novas tecnologias
Carta do II BlogProg – Brasília – Junho de 2011
Desde o I Encontro Nacional dos Blogueir@s Progressistas, em agosto de 2010, em São Paulo, nosso movimento aumentou a sua capacidade de interferência na luta pela democratização da comunicação, e se tornou protagonista da disseminação de informação crítica ao oligopólio midiático.
Ao mesmo tempo, a blogosfera consolidou-se como um espaço fundamental no cenário político brasileiro. É a blogosfera que tem garantido de fato maior pluralidade e diversidade informativas. Tem sido o contraponto às manipulações dos grupos tradicionais de comunicação, cujos interesses são contrários à liberdade de expressão no país.
Este movimento inovador reúne ativistas digitais e atua em rede, de forma horizontal e democrática, num esforço permanente de construir a unidade na diversidade, sem hierarquias ou centralismo.
Na preparação do II Encontro Nacional, isso ficou evidenciado com a realização de 14 encontros estaduais, que mobilizaram aproximadamente 1.800 ativistas digitais, e serviram para identificar os nossos pontos de unidade e para apontar as nossas próximas batalhas.
O que nos une é a democratização da comunicação no país. Isso somente acontecerá a partir de intensa e eficaz mobilização da sociedade brasileira,  que não ocorrerá exclusivamente por conta dos governos ou do Congresso Nacional.
Para o nosso movimento, democratizar a comunicação no Brasil significa, entre outras coisas:
a) Aprovar um novo Marco Regulatório dos meios de comunicação. No governo Lula, o então ministro Franklin Martins preparou um projeto que até o momento não foi tornado público. Nosso movimento exige a divulgação imediata desse documento, para que ele possa ser apreciado e debatido pela sociedade. Defendemos,entre outros pontos,  que esse marco regulatório contemple o fim da propriedade cruzada dos meios de comunicação privados no Brasil.
b) Aprovar um Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) que atenda ao interesse público, com  internet de alta velocidade para todos os brasileiros. Nos últimos tempos, o governo tem-se mostrado hesitante e tem dado sinais de que pode ceder às pressões dos grandes grupos empresariais de telecomunicações, fragilizando o papel que a Telebrás deveria ter no processo.  Manifestamos, ainda, nosso apoio à PEC da Banda Larga que tramita no Congresso Nacional (propõe que se inclua, na Constituição, o acesso à internet de alta velocidade entre os direitos fundamentais do cidadão).
c) Ser contra qualquer tipo de censura ou restrição à internet. No Legislativo, continua em tramitação o projeto do senador tucano Eduardo Azeredo de controle e vigilância sobre a internet – batizado de AI-5 Digital. Ao mesmo tempo, governantes e monopólios de comunicação intensificam a perseguição aos blogueiros em várias partes do país, num processo crescente de censura pela via judicial. A blogosfera progressista repudia essas ações autoritárias. Exige a total neutralidade da rede e lança uma campanha nacional de solidariedade aos blogueiros perseguidos e censurados, estabelecendo como meta a criação de um “Fundo de Apoio Jurídico e Político” aos que forem atacados.
d) Lutar pelo encaminhamento imediato do Marco Civil da Internet, pelo poder executivo, ao Congresso Nacional.
e) Fortalecer o movimento da blogosfera progressista, garantindo o seu caráter plural e democrático. Com o objetivo de descentralizar e enraizar ainda mais o movimento, aprovamos:
- III Encontro Nacional na Bahia, em maio de 2012.
Comissão Organizadora Nacional passará a contar com 15 integrantes:
- Altamiro Borges, Conceição Lemes, Conceição Oliveira, Eduardo Guimarães, Paulo Henrique Amorim, Renato Rovai e Rodrigo Vianna (que já compunham a comissão anterior);
- Leandro Fortes (representante do grupo que organizou o II Encontro em Brasília);
- um representante da Bahia (a definir), indicado pela comissão organizadora local do III Encontro;
- Tica Moreno (suplente – Julieta Palmeira), representante de gênero;
- e mais um representante de cada região do país, indicados a partir das comissões regionais (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte). As comissões regionais serão formadas por até dois membros de cada estado, e ficarão responsáveis também por organizar os encontros estaduais e estimular a formação de comissões estaduais e locais.
Os blogueir@s reunidos em Brasília sugerem que, no próximo encontro na Bahia, a Comissão Organizadora Nacional passe por uma ampla renovação.
f) Defender o Movimento Nacional de Democratização da Comunicação, no qual nos incluímos, dando total apoio à luta pela legalização das rádios e TVs comunitárias, e exigindo a distribuição democrática e transparente das concessões dos canais de rádio e TV digital.
g) Democratizar a distribuição de verbas públicas de publicidade, que deve ser baseada não apenas em critérios mercadológicos, mas também em mecanismos que garantam a pluralidade e a diversidade. Estabelecer uma política pública de verbas para blogs.
h) Declarar nosso repúdio às emendas aprovadas na Câmara dos Deputados ao projeto de Lei 4.361/04 (Regulamentação das Lan Houses), principais responsáveis pelos acessos à internet no Brasil, garantindo o acesso à rede de 45 milhões de usuários, segundo a ABCID (Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital).
Brasília, 19 de junho de 2011
PS do Viomundo: O encontro de Brasília marcou o meu, Azenha, afastamento da comissão nacional, em nome de abrir espaço para novos protagonistas. Continuaremos por aqui, oferecendo sempre o nosso apoio crítico.

O insensato coração de madame


Chega a ser difícil eleger o adjetivo mais adequado para a forma como a grande imprensa trata a blogosfera em detrimento das demais redes sociais. Pode-se discordar dos blogs, mas não há mais quem lhes subestime a importância. Sobretudo depois do último fim de semana…
Esse setor da imprensa – que não é só a corporativa –, porém, trata os blogueiros com um misto de arrogância, desconfiança e medo, sem falar nos golpes baixos como, por exemplo, o de lhes fazer acusações veladas indiscriminadamente e sem maiores detalhes.
Poderia ser qualquer um desses colunistas da grande imprensa de São Paulo e do Rio, a ilustrar este texto. Neste caso, trata-se de alguém que sofreu impressionante metamorfose após a chegada de Lula ao poder. A personagem é Eliane Cantanhêde, da Folha de São Paulo.
Este blogueiro tem um computador velho e quebrado que guarda dentro de si trocas de e-mails que manteve com Eliane entre 2000 e 2001 e que mostram que a colunista da Folha pensava bem diferente sobre a imprensa. Um dia desses, essas mensagens serão recuperadas.
Enquanto isso, é importante abordar ataque que os blogueiros que se reuniram em Brasília com o ex-presidente Lula no último fim de semana sofreram dessa colunista na edição da Folha desta terça-feira. Abaixo, o texto:
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FOLHA DE SÃO PAULO
21 de junho de 2011
ELIANE CANTANHÊDE
Não fosse a imprensa…
BRASÍLIA - Quem descobriu que o poderoso Palocci havia multiplicado seu patrimônio por 20 em quatro anos e acabara de comprar um apartamento pela bagatela de R$ 6,6 milhões foi a imprensa: os repórteres Andreza Matais e José Ernesto Credendio, da Folha.
Quem acrescentou que Palocci ganhara R$ 20 milhões no ano eleitoral e que metade disso foi quando já era chefe da transição e virtual homem forte do governo Dilma foi a imprensa: a repórter Catia Seabra, da mesma Folha.
Quem alertou para os riscos de libertinagem orçamentária com o tal RDC (Regime Diferenciado de Contratações) para a Copa e a Olimpíada foi a imprensa.
Quem também identificou um contrabando que vincula a transparência dos contratos à “conveniência do Executivo” foi a… imprensa. Ou seja: estão afrouxando as regras das licitações e do fluxo do dinheiro público para a iniciativa privada e mantendo tudo bem escondidinho do distinto público pagante.
De Sarney, sobre o RDC: “Nós devemos encontrar uma maneira de retirar esse artigo, uma vez que ele dá margem inevitavelmente a que se levante muitas dúvidas sobre os orçamentos da Copa”. Palavras dele, hein, gente?!
E, enfim, quem mostrou o recuo na questão do sigilo eterno de documentos públicos foi a imprensa, o que colocou o governo numa gangorra, para cima e para baixo, sem encontrar o equilíbrio entre o que a pessoa física Dilma pensa e o que a pessoa pública Dilma precisa fazer.
É por isso que Lula se encontra com os tais “blogueiros independentes” (sic, porque muitos são, mas nem todos…) e desanda a falar em controle da imprensa. Nem se tocou aqui em mensalão…
Some-se o silêncio da imprensa ao sigilo do patrimônio de autoridades, ao sigilo dos documentos oficiais e ao sigilo dos contratos e gastos da Copa e da Olimpíada e tem-se o ambiente perfeito para… ah! você sabe. É como o diabo gosta.
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Abstenhamo-nos de considerações sobre a pessoa Eliane Cantanhêde. Ela não importa. O que importa é o que diz, pois integra um mantra que seus colegas de Folhas, Vejas, Estadões e Globos repetem em uníssono e que mostra a importância da blogosfera progressista.
Em primeiro lugar, há que ter em mente que ninguém chuta cachorro morto. Os ataques ao II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas só mostram que a blogosfera vai sendo levada cada vez mais a sério pela imprensa corporativa e conservadora.
A autocongratulação do texto de Eliane mostra como essa imprensa perdeu a conexão com a realidade a um ponto em que já confessa abertamente o seu partidarismo político enquanto distribui acusações veladas e sem dar nomes aos bois.
Ao enumerar os feitos denuncistas da imprensa em que trabalha, Eliane não teve o cuidado de elencar ao menos um que atingisse a oposição onde ela é situação, ou seja, nos Estados. Provavelmente, porque não existe.
No caso da Folha, a omissão em fiscalizar o governo do Estado em que está sediada é mais escandalosa. Uma centena de CPIs paradas na Assembléia Legislativa paulista, escândalos e mais escândalos sendo investigados na Justiça e esse jornal dificilmente noticia alguma coisa.
Talvez o maior escândalo na administração paulista, atualmente, seja o das obras de desassoreamento do Rio Tietê, que o grupo Folha até chegou a divulgar rapidamente na internet – durou um dia, o noticiário –, mas omitiu em sua edição impressa.
Eliane não quer que Lula prestigie os blogueiros porque “a imprensa” em que trabalha levanta escândalos só contra o lado do ex-presidente? É isso o que essa senhora cobra em sua coluna supra reproduzida?
Que tipo de jornalismo faz insinuação tão barata de que alguns blogueiros dependem do governo Dilma? Quem são os “dependentes”? Ela se referiu à Comissão Organizadora do Encontro dos blogueiros ou às centenas deles que integram o movimento?
A imprensa de Eliane precisa aprender com os blogueiros a aceitar críticas. Aliás, já que tantos jornalistas da Folha acessam este blog, poderiam tentar aprender com o seu signatário a encarar as críticas com naturalidade.
Nos comentários deste blog há ataques ferozes a ele. No Encontro de Blogueiros do fim de semana, alguém que não gostou do que leu aqui levou cartazes detratando este blogueiro, que, como parte da Comissão Organizadora do evento, defendeu que não fossem retirados.
A imprensa que Eliane representa não consegue conviver com críticas. Qualquer objeção que se faça ao seu trabalho é tratada como ímpeto censor, apesar de que o que se quer é o direito de ocupar espaços para dar ao público o lado da moeda que essa imprensa esconde.
O que o leitor está vendo nesta crônica, pois, é o insensato coração de madame imprensa.
Fonte: Cidadania

Artigo de Lula no The Guardian apoiando a candidatura de José Graziano da Silva á presidência do FAO


Nossa batalha para acabar com a fome 
Acesso aos alimentos é crucial para as pessoas mais pobres do mundo. Liderança sobre esta questão nunca foi mais urgente


Estudantes esperar por ônibus para ir à escola na favela Vila Estrutural, em Brasília, Brasil. Muitosmoradores locais já não se preocupar com fome, por causa do programa Fome Zero. Foto: EraldoPeres / AP

O combate à fome e à pobreza deve ser colocado no topo da agenda dos governos, instituições multilaterais e organizações não governamentais. Em 2050, a população mundial chegará a 9 bilhões. Para garantir as suas necessidades, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta para a necessidade de um aumento robusto no suprimento mundial de alimentos. Produção africano terá de aumentar em cinco vezes. A produção da América Latina terá que dobrar.

A FAO estima que 90% dessas necessidades pode ser alcançada com ganhos de produtividade. Mas também sabemos que o problema da fome é essencialmente um problema de acesso aos alimentos. Os desafios globais com respeito ao abastecimento de alimentos são particularmente complexos, ea FAO pode - e deve - desempenhar um papel central para combater a fome, estimular a produção sustentável de alimentos e melhorar a segurança alimentar global.

Liderança - e parceria - nesta arena nunca foram tão urgentemente necessário. A fome e a pobreza andam de mãos dadas, então na abordagem abastecimento de alimentos que podem ajudar a enfrentar os desafios mais amplos para alcançar o desenvolvimento sustentável global em um momento de sofrimento e instabilidade crescente em muitas regiões. Famílias estão a enfrentar pressões sobre o fornecimento de alimentos vulneráveis ​​com pouca esperança de alívio em um futuro próximo. Só neste mês a FAO previu que elevados e voláteis preços dos produtos agrícolas tendem a prevalecer em 2012.

Na verdade, o projeto de lei para importação de alimentos internacionais deve chegar a seu nível mais alto deste ano - 1,29 trillion dólares - mas o fardo de que o custo não será compartilhada igualmente. A menos UN-classificados os países desenvolvidos gastam 30% a mais da importação de alimentos em 2011, elevando seus gastos para cerca de 18% de suas importações, em comparação com a média mundial de cerca de 7%. Esta situação não é propício para a estabilidade económica e social global.

Credenciais do Brasil na luta contra a fome ea pobreza estão bem estabelecidos. O programa Fome Zero, criado em 2003 e coordenado pelo Dr. José Graziano da Silva, combinadas com ações emergenciais as medidas estruturais para a segurança alimentar. Foi o ponto de partida para todas as outras políticas implementadas nos anos seguintes. Programas de transferência de renda como o Bolsa Família - que suporta mais de um quarto da população - combinar a segurança alimentar, acesso à educação e saúde, e medidas para fomentar o desenvolvimento local, especialmente nas áreas rurais.

O incentivo à agricultura familiar foi fundamental para o sucesso das políticas sociais no Brasil. Agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos consumidos no mercado interno e representa 10% do PIB do Brasil. Estes resultados não seria possível sem a pesquisa agrícola, reforma agrária e fundiária, assistência técnica e acesso ao crédito e seguros, entre outras coisas. Com estes, 32 milhões de brasileiros (mais de 16% da população) têm a superar a pobreza.

Consistente com isso, o Brasil vem trabalhando internacionalmente por uma ordem mais equilibrada e socialmente justa global. Nossa abordagem é baseada na construção de parcerias de igualdade com os países em desenvolvimento em todo o mundo.

Colocar o combate à fome e à pobreza como uma das principais prioridades internacionais é um compromisso assumido pelo meu país. Foi precisamente por esta razão que, como presidente do Brasil, no ano passado eu apresentei Graziano da Silva como candidato a ser o diretor da FAO em geral.

Nenhum país pode alcançar um desenvolvimento sustentável sem melhorar as condições de vida de seu povo, ea experiência brasileira mostra que a superação da fome exige acções coordenadas, a vontade política ea participação de toda a sociedade. Com a candidatura de Graziano da Silva FAO, o Brasil reafirma seu compromisso com a agenda universal de combate à pobreza e à fome. Artigo traduzido do The Guardian. Link aqui

A Globo em busca do povão. Sugestões


Saiu no Estadão, na pág. D7:

“Mudanças no jornalismo da Globo apontam tendência mais popular” 

Saiu no Blog do Nassif:

As mudanças na Globo


Enviado por luisnassif, seg, 20/06/2011


Por Marco Aurélio Mello


Chama atenção a dança das cadeiras na TV Globo por várias razões.


Primeiro, quem fez o anúncio foi Carlos Henrique Schroder …  não Ali Kamel … Corre pelos corredores da emissora a notícia de que Ali atualmente não apita mais tanto quanto antes. Contribuiram para sua derrocada, o tipo de jornalismo que ele empreendeu, desde que assumiu, centralizando as decisões e condicionando a cobertura à sua vontade (ou seria à vontade expressa do patrão?).


Outro episódio definitivo para a queda teria sido o “bolinhagate”, a tentativa de comprovar que o então candidato à presidência José Serra tinha sofrido um traumatismo craniano, depois de atingido por uma bolinha de papel. Até o perito Ricardo Molina foi convocado às pressas para dar legitimidade ao caso, que atingiu em cheio a credibilidade da emissora.


Clique aqui para ver o vídeo que desmoraliza o Kamel, o Cerra, o Molina etc e tal.

Sabe-se que naquela noite o Jornal Nacional foi vaiado- clique aqui para ler o que disse o Rodrigo Vianna sobre essa retumbante vaia – pelos próprios jornalistas e que, em Brasília, a exemplo do que aconteceu em São Paulo em 2006, a diretora de jornalismo Silvia Faria teria dito o mesmo que Mariano Boni em São Paulo, anos antes: “quem não estiver satisfeito procure a Record”.


Quem frequenta a emissora conta que, agora, raramente Ali desce do quarto andar onde se refugiou para escrever seus artigos, comprar suas polêmicas e processar seus “detratores”.


Clique aqui para ler “As 37 ações que movem contra PHA”.


Agora … Renato Ribeiro (ex-editor chefe do Jornal Nacional) e Luis Claudio Latgé (ex-diretor de jornalismo de São Paulo) (cuidam do serviço).  Ali só é consultado quando o assunto é muito cabeludo. O sinal já havia sido dado no começo do ano, quando o diretor superintendente Octávio Florisbal anunciou em alto e bom som que o jornalismo da emissora ía mudar.


Recente pesquisa mostra preocupação com os índices de audiência do jornalismo, sobretudo no periodo matutino onde, não raro, a emissora amarga o segundo lugar durante toda a manhã.


Não por acaso a dança das cadeiras começou por Renato Machado, que será uma espécie de embaixador em Londres. Para quem gosta de vinho e música clássica, como ele, é um prêmio e tanto para quem se dedicou 15 anos ao Bom Dia Brasil, acordando às 4 horas da manhã. Renato estará a um passo de Paris, Geneve, Roma e Frankfurt. É tudo o que ele sempre pediu a Dionísio.


Para o seu lugar assume Chico Pinheiro. O veterano jornalista e apresentador vai tentar popularizar o jornal… É sinal também de que a emissora está disposta a atrair os extratos mais à esquerda do espéctro político de seu público. Chico – como antítese de Renato – é a MPB e a caipirinha no poder.


Outra veterana da apresentação, Mariana Godoy, segue agora para o Jornal das 10 da Globo News, reflexo do incômodo causado pela chegada de Heródoto Barbeiro à Record News. Para o seu lugar vai César Tralli, que realiza um sonho antigo, que é ocupar uma bancada de telejornal. Na reportagem ele se consagrou, mas pagou um preço muito alto: os colegas detestam seu estilo e seus modos, considerados por muitos bastante pragmáticos, se é que podemos dizer assim.


Se a volta de Schroder pode aplacar os ânimos? Só o tempo dirá. Minha aposta é que sim. Ele tem o apoio da família Marinho e uma capacidade de sobrevivência invejável. Ele pode ser reabilitado e quem sabe a emissora faça as pazes com a notícia. Talento dos colegas e recursos técnicos não faltam. Mas como na Globo tudo demora um pouco, as mudanças só virão quando entrar setembro. Portanto, o inverno tem tudo para ser quente.



NAVALHA


Este Conversa Afiada tem algumas sugestões a fazer ao Schroeder.
Primeiro, ampliar o espaço da urubóloga.
Nada mais povão do que ela.
A sugestão seria dar uma colona (*) diária para a urubóloga no jornal nacional.
Bem antes de entregar para o Insensato Coração.
Uns 15 minutos para ela analisar a elevação (que, na verdade, foi uma reprovação) da nota do Brasil numa agência de risco.
O pessoal lá em Marechal vai ouvir … agência de risco, risco, vai achar que é sexo grupal, sexo sem camisinha.
Outra sugestão definitivamente consagradora seria levar o William Waack para o Fantástico.
Um quadro permanente.
Ele e mais três entrevistados.
Outros 15 minutos, na hora em que o Fantástico recebe do Faustão e precisa anabolizar a audiência.
Waack, com aquela expressão patibular, tão simpática, analisaria com seus ignotos convidados o caráter eminentemente terrorista das ações da presidenta Dilma Rousseff.
Waack, como se sabe, se tornou um especialista em comunismo internacional.
Outra sugestão preciosa.
Levar o Ali Kamel, em pessoa, para substituir a urubóloga no Bom (?) Dia Brasil.
Ali Kamel faria boletins diários dirigidos especialmente ao pessoal das favelas do Rio e de Salvador.
Kamel explicaria, por “a” mais “b”, que não, não somos racistas.
Uma coisa assim, bem didática, na hora de passar a bola para a Ana Maria Braga.
Quinze minutos para o Kamel dizer ao pessoal da Mangueira que no Brasil não tem negro, mas pardo.
E que pardo não merece ter cota para entrar na universidade.
O pardo, meu querido, o pardo … – poderia ser o bordão dele, quando devolvesse à Renata Vasconcelos.
Este ansioso blogueiro corre sério risco.
Dar essas dicas ao concorrente.
A Record pode não gostar.
Clique aqui para ler “A Globo em busca da Classe C”.




Paulo Henrique Amorim


(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.