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domingo, 30 de maio de 2010

BP sabia dos riscos e continuou operando poço



Existem certas coisas que a gente, sem ter conhecimento técnico especializado ou mesmo muita informação, acaba intuindo. Imagine que você fosse um engenheiro de petróleo de uma empresa privada. Vê um problema com um poço que produz dezenas de milhares de barris por dia ou, para ser preciso, milhões de dólares diários. Como é que você fica para dizer que a atividade precisa parar e, talvez por meses, deixar inativa aquela “máquina de fazer dinheiro”?
É muito difícil que uma empresa privada se disponha a isso. Não é imposível, mas também não é provável.
Ontem, o The New York Times confirmou que os interesses comerciais da British Petroleum se sobrepuseram aos cuidados de segurança, ao revelar que documentos internos da empresa já apontavam a fragilidade do equipamento colocado na boca do poço que está há 40 dias derramando petróleo no Golfo do México, no que já é o maior desastre ecológico do novo século.
Os primeiros problemas de segurança foram detectados, segundo documentos internos da BP, em junho do ano  passado. Novos diagnósticos, em abril deste ano, antes do desastre, alertavam para problemas.
A BP assumiu o risco de continuar a extração; E quem paga pelo risco que se assumiu para ganhar dinheiro é o planeta. Ontem, finalmente, o presidente Barack Obama assumiu que o proglema, agora, é do Governo americano.
Agora, faça uma pergunta a você mesmo, se fosse uma empresa estatal, não estaria todo mundo, do presidente da República à diretoria da empresa exposto à justa cobrança e até à ira da população? Pois eu duvido que alguém aqui ou em qualquer lugar dos EUA saiba sequer o nome do presidente da BP.

Fonte: Tijolaço

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