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sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os caças e as reações da França ao acordo nuclear

Por José Augusto Zague

Do Le Monde

França poupa o Brasil de críticas no episódio do Irã para preservar a venda de caças

21/05/2010 – 03h05 | do UOL Notícias

Na sequência diplomática, rápida e cheia de reviravoltas, que acaba de acontecer em torno da questão nuclear iraniana, a França se esforçou para poupar o Brasil de uma forma surpreendente, a fim de preservar os interesses comerciais e a “parceria estratégica” com o gigante da América Latina.

A questão da venda do caça Rafale para o Brasil parece ter contado bastante nessa abordagem. Além disso, o apoio de Brasília é buscado por Nicolas Sarkozy com a aproximação da presidência francesa do G20 em 2011. No fundo, os esforços do Brasil na questão iraniana foram considerados ingênuos e contraprodutivos pela diplomacia francesa. A iniciativa do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 16 de maio em Teerã, que consistia em fechar com o regime iraniano um acordo muito vago sobre o urânio enriquecido, em cooperação com a Turquia, ia de encontro com os esforços do Ocidente para aumentar a pressão sobre Teerã. O Irã, segundo um ponto de vista compartilhado pelos ocidentais, só estava manipulando os “emergentes” para ganhar tempo.

A contraofensiva diplomática frente a essa jogada do Brasil foi conduzida pelos Estados Unidos, que reagiram com grande rapidez ao anunciar, no dia 18 de maio, um acordo com a Rússia e a China sobre um texto de sanções na ONU, comportando pela primeira vez um embargo sobre as vendas de armas para o Irã.

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