Nesta segunda pela manhã fui abastecer meu carro aqui na Vila Leopoldina (SP) onde moro. Desci do carro para pagar com o cartão e vi um bolo de jornais sobre a bomba de gasolina. Peguei um. Era a Folha de S. Paulo do dia. Perguntei ao frentista do que se tratava e ele me disse: “ é pra pegar”. Que estavam ali pra ser distribuídos de graça.
Há algum tempo já disse aqui neste espaço que a Veja se utiliza desta tática de enviar revistas para a casa de ex-assinantes como forma de inflar seus números. A intenção é poder continuar anunciando ao mercado publicitário que está acima do 1 milhão de revistas por semana.
Num debate recente, Luis Nassif alertou que os jornais também estavam utilizando o mesmo procedimento. E que a queda do número de exemplares vendidos do Estado de S. Paulo guardava relação com o fato de que eles estavam arrumando a casa para vender o jornal.
Mas agora a coisa ficou ainda mais grotesca. Se enviar jornais para ex-assinantes de graça já é um procedimento que demonstra o nível da fragilidade do produto, distribuir gratuitamente jornais do dia em locais como postos de gasolina é um vexame total.
A atitude da Folha é mais uma demonstração clara de como a tal Big Mídia (filha bastarda do Big Mac e que também dá dor de barriga) está vivendo uma das suas crises mais profundas.
Fonte: Rovai
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