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quinta-feira, 29 de julho de 2010

O atoleiro dos EUA no Afeganistão

A cada dia, a série de matérias publicadas pelo jornal inglês The Guardian, com base nos mais de 90 mil documentos secretos publicados pelo site Wikileaks vão revelando  não apenas a brutalidade do conflito que se arrasta há quase uma década no Afeganistão como, incontestavelmente, os Estados Unidos estão metidos num atoleiro que em nada difere dos que tragaram ali o exército britânico, no século 19, e o soviético, nos anos 80.

Veja este impressionante gráfico sobre o número de atentados com artefatos explosivos – associados ou não a armas de fogo, granadas ou foguetes -  ocorridos entre 2004 e 2009, quando os EUA decidiram iniciar uma ofensiva contra a resistência afegã.

O maior exército do mundo, com as  mais sofisticadas armas do mundo faz um cerco cada vez mais intenso aos rebeldes afegãos – talibãs ou não. E o resultado desta “guerra ao terror” é só mais terror e instabilidade para a população afegã.

A resposta dos EUA a essa situação, se continuar a ser mandar prender quem divulga as informações verdadeira sobre o que está ocorrendo ali, é a resposta daquilo que a sabedoria popular chama de “o pior cego”: aquele que não quer ver.


Massacre de afegãos: EUA prendem soldado

Segunda-feira divulguei aqui reportagem do jornal inglês The Guardian sobre os milhares de documentos secretos do exército americano revelando atrocidades cometidas pelas tropas de ocupação dos EUA no Afeganistão, inclusive um em que se revela que um grupo de soldados, depois de sofrer um ataque, percorreu quatro quilômetros atirando em toda e qualquer pessoa que estivesse em seu caminho, matando 19 civis e ferindo outros 50.

Os documentos foram revelados pelo site Wikileaks, que divulgou em abril deste ano o ataque de helicópteros Apache contra civis desarmados, que matou, entre outras pessoas, um fotógrafo e um produtor da agência de notícias Reuters.

Pois nesta terça-feira a Agência France Press noticiou que o governo norteamericano reagiu à divulgação destes documentos secretos. Não abriu, porém, qualquer investigação para apurar as denúncias feitas na internet. O que fez foi iniciar uma investigação para saber como os documentos que denunciam os crimes de guerra vazaram para o público.

E, consequência, um soldado de 22 anos, Bradley Manning, foi detido numa prisão militar, desde fins de maio. Ele não participou de nenhum massacre, mas é apontado como suspeito de vazar os documentos que os revelaram. O Departamento de Defesa qualificou a divulgação de “ato criminoso” e disse que estava lançando uma “caçada” para encontrar o responsável pelo vazamento.

Não houve nenhuma declaração qualificando o massacre de civis desarmados de “ato criminoso”, muito menos o anúncio de uma “caçada” por seus responsáveis.

Fonte: Tijolaço

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