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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Questão da droga é séria demais para blefes de Serra

Se a solução para as drogas fosse simples como diz Serra, México e EUA já teriam eliminado os cartéis que mataram 72 imigrantes latino-americanos
O tráfico de drogas, a violência por ele desencadeada e a economia que movimenta são problemas extremamente complexos, que exigem ampla colaboração internacional para que se chegue a um nível razoável de eficácia. Só uma mente simplória como a de José Serra acha que a questão se resolve com patrulhamento de fronteiras e acusação aos vizinhos.

Agora mesmo, o mundo ficou chocado com o massacre de 72 imigrantes pelo cartel das drogas no México, entre os quais estava  ao menos um brasileiro. E esse cartel atua pesadamente na zona de fronteira com os Estados Unidos, por onde entra a maior parte da cocaína, maconha e anfetaminas consumidas nos EUA. Sea solução fosse tão simples como prega Serra, os EUA, com seu poderio militar e de inteligência já teria resolvido a questão.

Mas o que se verifica é justamente o oposto. Segundo o Washington Post, os governos dos EUA e do México chegaram à conclusão de que o tráfico de drogas na frinteira entre os dois países movimenta de US$ 20 bilhões e a US$ 25 bilhões por ano e apenas 1% dessa renda é apreendida.

Como em toda atividade ilegal, existem muitos setores interessados nessas operações, e se as drogas consumidas pelos norte-amercanos entram no país via México, as armas e munições nas mãos dos cartéis mexicanos são compradas nos EUA, onde os cartéis têm representação em 200 cidades.

O dinheiro do tráfico é lavado no sistema bancário internacional, mas apesar do Pacto da Basiléia, em que os banqueiros concordaram em colaborar com o combate a essa movimentação, quase nada foi feito, como conta jurista Wálter Maierovitch, no Terra Magazine.

Será que Serra pretende atuar também sobre o sistema financeiro e atacar os bancos como coniventes com o tráfico de drogas, como fez em relação à Bolívia? O problema das drogas é grande e sério demais para ser tratado com blefes e falsas soluções como prega o tucano. Aliás, se essa questão realmente o aflige, e como suas perspectivas para as eleições não são das melhores, ele poderia se juntar a Fernando Henrique Cardoso, que participou de uma Comissão Latino-americana sobre Drogas e Democracia, para conhecer o que vem sendo feito no continente e ver se areja um pouco mais suas idéias.

Fonte: Tijolaço

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