Bom negócio é fazer negócio com o povo

A Caixa não teve medo de
emprestar e ajudou o Brasil
a enfrentar a crise

Quando a gente bate no sistema financeiro, não é por uma postura obtusa na base dos jargões dos “parasitas do capital”. Negativo. Um sistema financeiro equilibrado e direcionado para o desenvolvimento do país é uma enorme alavanca para o progresso harmônico da nação.

E não é difícil provar isso.

A Caixa Econômica Federal foi um dos instrumentos do governo para irrigar a economia durante a crise financeira internacional de 2008/2009, garantindo a oferta de crédito a juros baixos, o que levou o Brasil a ser um dos primeiros países a sair da turbulência que até hoje perdura em vários outros lugares. E isso não a impediu de lucrar. Muito ao contrário, seus ganhos continuam batendo recordes, o que prova o acerto da medida do governo Lula, que confiou no povo brasileiro.

O Valor divulgou hoje o resultado da Caixa no primeiro semestre de 2010, que terminou com um lucro líquido de R$ 1,7 bilhão, crescimento de 44,1% em relação ao mesmo período do ano passado. E sabem o que fundamentalmente determinou este resultado? Uma expansão de crédito de 50,3% sobre junho do ano passado.

A Caixa não teve medo de ampliar crédito e emprestar, seja para pessoa física ou jurídica. Em um ano, os empréstimos para pessoas físicas avançaram 51% e para as empresas 47%. E houve queda da inadimplência em relação a junho do ano passado. A Caixa é o principal agente do governo para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que está transformando a vida da população de baixa renda.

Quando o governo pregou uma expansão agressiva do crédito para conter a crise e pressionou pela redução dos juros dos empréstimos, o Brasil da roda presa previu um desastre e tentou boicotar as medidas. O presidente do Itaú/Unibanco, Roberto Setúbal, afirmou que as taxas de juros cobradas pelos bancos públicos não eram sustentáveis e não remuneravam o capital.

Não só eram sustentáveis como remuneraram muito bem o capital, o que provam os resultados recentes da Caixa e do Banco do Brasil. Política exige ousadia e coragem. O governo só precisou ser agressivo na oferta do crédito porque os bancos privados, que vêm elevando seus lucros há anos, se acovardaram diante da crise e reduziram o volume de empréstimos, sem se importar com a economia do país.

Agora, estão todos rindo de orelha a orelha com a retomada do crescimento, mas na hora do “vamos ver” faltaram com sua obrigação para com o país. Esse é mais um exemplo da importância dos bancos públicos, que os tucanos tanto desprezam. Aliás, enquanto governador de São Paulo, Serra pôs à venda a Nossa Caixa. Sorte que Lula foi lá e comprou.

Fonte: Tijolaço