Acho que se, um dia, quiserem rebatizar Judas Iscariotes, bem que poderiam botar nele o nome de Roberto Freire.
Na verdade, em favor (?) de Freire talvez se possa dizer que Iscariotes traiu pelos 30 denários romanos.
Freire trai de graça, ou quase, pela sua absoluta falta de caráter.
Tomou o que restava do Partido Comunista de Luís Carlos Prestes, um homem que, como disse certa vez o direitista Cordeiro de Farias, não era qualquer um que podia criticar.
Quando esteve junto com o PDT, na campanha de Ciro, meu avô tinha horror de ter de falar com ele. A política, por vezes, obriga a certa coisas…
Hoje, todos sabemos que Freire não tem a marca do traidor, ele próprio é a traição. Ele perdeu todo e qualquer pudor de se entregar ao interesse das elites, da direita, do conservadorismo.
É um coronel sem votos, que sobrevive de emprestar sua repugnante expressão a qualquer causa antipovo.
Hoje, escreveu um editorial publicado pela Folha, com direito a chamada na capa e a uma imensa ilustração na terceira página do jornal paulista, onde comenta seu apoio a José Serra e compara os dois mandatos de Lula ao “autoritarismo eleitoral” que, diz ele, regia o México antes das reformas políticas dos anos 70/80.
E aí destila seu ódio ao retorno do estado ao processo econômico, à retomada de políticas desenvolvimentistas, às políticas sociais que chama de “assistencialistas”.
Só ao fim, revela exatamente o que quer, dizendo que é a “alternância de poder”.
Que alternância de poder é essa, senhor Freire, que se dá com a volta de um grupo que, com o seu apoio, afundou o Brasil, vendeu nosso patrimônio e nossas riquezas, arrochou salários e desempregou pais de família?
Alternância de poder é o que está acontecendo agora, quando temos um governo que busca renacionalizar o petróleo, que eleva o salário mínimo, que repotencializa o mercado de consumo e a produção da indústria brasileira.
Um dos orgulhos do PDT é ter, no final de sua vida, acolhido o grande brasileiro Luís Carlos Prestes, a quem homenageamos com uma presidência de honra.
E posso acrescentar que é um outro enorme orgulho estar do lado oposto de Roberto Freire.
E saber que ele, entre outros, é um que o povo brasileiro vai varrer, nestas eleições, para o monturo da História.
Fonte: Tijolaço
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Contundente o texto, monturo da história é pouco para Roberto Freire.
ResponderExcluirAcrescentaria outras palavras, mas não devo, o tempo o julgará de maneira dolorosa.