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sábado, 30 de outubro de 2010

Claro a serviço da candidatura de Serra?


por Conceição Lemes
Ontem, o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) determinou a suspensão imediata do serviço de telemarketing em favor da candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência da República. A decisão foi da ministra Nancy Andrighi, a pedido da candidatura Dilma Rousseff (PT), já que as ligações eram ao estilo baixaria, como tem sido a campanha tucana.
No seu despacho, a ministra afirma: “No que concerne à fumaça do bom direito está mais evidente no caso concreto, isto porque a alegada matéria ofensiva objeto da divulgação trisca nos limites proibidos pela propaganda eleitoral”.
“A telefonia, quando utilizada para propaganda eleitoral, não pode ser ambiente imune ao controle jurisdicional, sob a justificativa de não existirem normas que a regule. Muito pelo contrário, identificando-se os responsáveis por esse tipo de propaganda vil, deve-se aplicar as penalidades legais”, afirmam  os advogados  da campanha de Dilma Rousseff. “Afinal, tal propaganda irregular poderá causar estragos sem precedentes sobre a candidatura de Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores.”
CLARO EM AÇÃO: VOCÊ ACHA QUE O ESCÂNDALO ERENICE PREJUDICOU DILMA?
Desde ontem clientes da Claro têm recebido no celular a seguinte mensagem de texto.
“Claro Ideias enquete: Você acha que o escândalo Erenice prejudicou Dilma?”.
“Estava de viagem ontem quando, exatamente às 22h, recebi essa mensagem em meu celular (pré-pago ) ”, denuncia Ronaldo Alvarez. “E olha que eu assinei um contrato com a Claro que não permitia o envio de mensagens com esse conteúdo partidário.  O mais interessante é que a Claro utilizou um tipo de mensagem que não deixa rastros. Não é um SMS comum, mas uma mensagem utilizada para consulta de saldos e pacotes, que não fica gravada no celular. Considerando que todos os celulares da Claro receberam essa mensagem, teremos cerca de 48 milhões de pessoas recebendo esse tipo de propaganda política. O que é extremamente grave e fere a lei eleitoral.”
Outros clientes receberam ligação idêntica. Esta repórter contatou a assessoria de imprensa da Claro, a InPress Porter Novelli, para saber: 1) o que a empresa tinha a dizer sobre a enquete?; 2) Qual o objetivo dessa enquete a dois, três dias da eleição?: 3) a Claro está a serviço de José Serra?
A assessoria de imprensa pediu tempo para apurar.  Já se passaram três horas do deadline.  E a explicação não veio, claro!

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