Em entrevista coletiva, finalmente um repórter perguntou a José Serra se seria factóide a notícia de que sua mulher, Monica Serra, teria feito um aborto.
A pergunta foi até uma levantada de bola para Serra. Em vez de aproveitar a oportunidade para esclarecer se fez ou não fez, Serra recorreu ao escapismo, sem responder a pergunta do repórter:
- ... isso é uma coisa suja. É uma sujeira que foi feita, uma reportagem irresponsável e que vem sendo divulgada como uma baixaria, inclusive com folhetos ilegais, clandestinos. Eles atacaram minha família, minha filha, depois meu genro, agora minha mulher, daqui a pouco só falta meus netos. Daqui a pouco vão dizer que meu neto puxou a orelha de um coleguinha na escola e vão soltar panfletos clandestinos a esse respeito. É muita baixaria! Eu nunca tinha visto tanta baixaria. Nunca vi numa campanha ataques a família de candidatos como eles fazem - acusou.
Estranha a resposta de Serra. A reportagem foi publicada no jornal Folha de São Paulo, a partir do testemunho de duas ex-alunas de Mônica Serra, que confirmaram terem ouvido da então professora, em uma aula de dança, que fez um aborto num momento difícil para o casal Serra, nos anos 70.
Serra confunde privacidade com interesse público.
A filha e genro de Serra foram notícia por negócios com governos tucanos e pela sociedade com a irmã de Daniel Dantas, presa na operação Satiagraha. São casos de muito maior magnitude do que os negócios dos filhos de Erenice, e ela está se submetendo à justiça. Por que Serra e sua família se acham acima da lei, e acha que qualquer indício de corrupção em seu entorno precisa ser abafado, em vez de apurado?
Quanto à mulher de Serra, eles resolveram pautar a campanha acusando Dilma de "matar criancinhas", espalharam difamação em emails em massa, em panfletos nas portas da Igreja. A partir daí o fato da mulher dele ter feito um aborto torna-se hipocrisia. E hipocrisia em políticos é notícia de interesse público, não pertence à vida privada.
Fonte: Amigos do Presidente Lula
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