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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Serra dá queixa.Justiça não pode perder oportunidade


Opa, agora a situação promete ficar boa. O Globo publicou que Serra vai pedir à Justiça investigação sobre o suposto ataque que sofreu na manifestação  no Rio. Quer porque quer saber quem lhe atirou a bolinha de papel.
A Justiça não pode perder essa oportunidade. Embora a representação tucana seja dirigida a dois mata-mosquitos, categoria dizimada por Serra, é preciso investigar toda a história. Não faltam testemunhas e imagens.
Com a abertura do processo, a Justiça pode convocar vários dos presentes para depor, solicitar às emissoras de TV a íntegra das imagens, sem edição, examinar toda o registro gravado no celular do repórter da Folha e interrogar o perito global sobre a precisão de suas análises.
Pode requisitar também ao médico-amigo de Serra, Jacob Kligerman, os exames da tomografia computadorizada a que Serra foi submetido, convocar enfermeiros e atendentes para saber do real estado do paciente, ouvir jornalistas e manifestantes.
Se é para investigar, que se faça a sério. Afinal, o episódio envolveu um candidato à presidência da República, que tem um nome a zelar. Se ao final da investigação for provado que tudo não passou de uma armação, que seja punido nos rigores da lei até pelo tempo que tomou das autoridades constituídas.
PS. Mas, olhem, é muita sorte existirem tantas evidências de que tudo foi uma farsa. A inércia do PT, que deveria ter sido o primeiro a exigir a apuração oficial do ocorrido, deixou a iniciativa para Serra. É porque a coisa é muito armada, mesmo, porque senão valeria aquela máxima do futebol: quem não faz, leva.

A tarefa histórica e o rídiculo das bolinhas




Acho que a farsa montada por Serra para se fingir de vítima de uma suposta agressão está definitivamente desmascarada, embora ele e parte da mídia ainda tentarão sustentar artificialmente a questão. Mas maior que a falsidade do candidato tucano é o empobrecimento que ele traz para o que é o mais importante momento político na vida do país.
Ao ver os intermináveis 7 minutos (em televisão isso é uma eternidade) que o Jornal Nacional dedicou ao suposto objeto que teria atingido Serra, e que o professor da Universidade Federal de Santa Maria (veja o  post anterior) provou não ser absolutamente nada, lastimei o desperdício a que se dedicou o principal noticiário da TV brasileira, que deveria contribuir para trazer mais informações para a população brasileira.
Sei que não se pode esperar nada disso de Serra e nem da TV Globo, mas é triste ver que ao fim da primeira década do século 21 a política ainda é feita como no século 19. Qual a relevância de um candidato ter levado uma bolinha de papel ou qualquer outro objeto na cabeça? Políticos sempre foram alvo de agressões, que não se justificam, mas jamais isso virou tema de campanha. Quantos políticos já foram atingidos por ovos e outros objetos durante processos eleitorais e seguiram em frente, sem fazer do episódio um circo?
Aliás, se a TV Globo acha o assunto importante e digno de tanto tempo no seu principal telejornal, porque foi tão breve sobre os dois balões cheios d’água atirados contra Dilma, no Paraná? Poderia aproveitar o seu perito para calcular de onde partiram os balões, os seus pesos e a força do impacto caso tivessem acertado a candidata em cheio. Mas, como sempre nessa campanha, parece que o fato só interessa se pode servir de elemento para empurrar de alguma forma a emperrada candidatura de Serra.
É mesmo lamentável que quando temos à nossa frente um extraordinário horizonte de desenvolvimento social, com as possibilidades do pré-sal que podem transformar o Brasil de uma vez por todas num grande país, a população seja submetida a assistir uma lenga-lenga de bolinha e objetos voadores não identificados atraídos por determinada careca.
Temos um país maior para construir. Devemos denunciar essa política atrasada e miúda, mas nossa tarefa é outra.
Certo que temos que exorcizar o Brasil das forças que promovem esta “despolitização da política” e a manipulação da realidade através da mídia. Mas, acima disso, temos que estar juntos para garantir a vitória de Dilma e o prosseguimento de um grande projeto de nação. A história esquecerá desses episódios menores, que, no máximo, poderão ser lembrados pelo seu ridículo.

Fonte: Tijolaço

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