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sábado, 25 de dezembro de 2010

Chauí: sem comunicação não há democracia ? E o que fazer ?



Caros Amigos de dezembro tem excelente entrevista com a professora Marilena Chauí.

Primeiro, ela faz um diagnóstico implacável da campanha do Serra.

Enquanto o PiG (*) ignorou, deformou e criminalizou a campanha da Dilma, o PiG (*) deixou de mostrar fato extraordinário: como Serra se auto-destruiu.

Desde a escolha do vice, ao zigue-zague sobre como tratar o Lula – pró ou contra ?

Chauí mostra que o PiG (*) tentou usar o “dossiê” contra a Dilma e escondeu o fato elementar e solar: o “dossiê” do Amaury sobre a filha do Serra e o Daniel Dantas foi obra do Aécio para detonar o Serra, se preciso fosse.

(A linguagem da professora Chauí é  outra. Aqui, este ordinário blogueiro tenta reproduzir as ideias dela, com as próprias palavras. Recomenda-se ir ao original !)

Sobre o aborto – bandeira inglória de que Serra se apossou -, Chauí lembra que ele entrou na campanha pelas maos da Blá-blá-Marina, a queridinha do PiG, ela que é contra Darwin.

Chauí faz uma revelação interessante.

Na batalha pela posse de Jango, em 1961, o então presidente da UNE fez um discurso cuja essência era a luta armada.

Tratava-se de José Serra.

Como diz este ordinário blogueiro: Serra é um ex-tudo.

Porém, o mais dramático da entrevista de Chauí é a parte sobre Comunicação.

Ela repete a tese “Sem comunicação não há democracia”.

E defende a regulação.

Todo país do mundo que se leve a sério regula o PiG.

Como o aborto.

Os países mais católicos do mundo – Portugal, Espanha e Itália – legalizaram o aborto.

Aqui, o Serra tomou do Bush o estandarte do aborto … mas, no Chile pode (isso é de autoria deste ordinário blogueiro).

A partir da regulação da mídia, Chauí não tem como avançar.

Ela admite que o presidente Lula passou oito anos sem enfrentar o PiG.

O PT não tem política de comunicação, diz Chauí.

O PT tem medo e pede esmola à Globo.

O Palocci é colonista (**) do Globo.

Agora, o PT não sabe para onde vai.

Não se conhece um grama de uma política de comunicação do PT, do Lula, ou da Dilma.

E , como diz o Conversa Afiada, a Classe C que o Lula levou para o Paraíso, sem uma política de comunicação, em 2014 vota no Berlusconi.

Conversa Afiada, porém, sabe o que fazer.

Recomenda à presidente Dilma que tenha uma conversa com o professor Fábio Comparato.

E mande o Advogado Geral da União dar um parecer favorável para que o Supremo tenha a coragem de punir o Legislativo por Omissão.

Desde 1988, o Legislativo, com medo da Globo, não regula os artigos da Constituição que tratam do monopólio e da programação, especialmente a programação regional.

Com uma política de regionalizacao da tevê aberta, desmorona-se o “modelo de negócios” da Globo.

E se começa a quebrar o monopólio.

Comparato é um bom começo de conversa.

Para o partido que esteve oito anos no poder e ficará mais quatro sem ter uma política de comunicação.

Viva o Brasil !

Viva a professora Chauí !

Viva o professor Comparato !


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (*) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

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