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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

JK de saias tem 40% do PIB para o PAC II. Quem vai ficar na oposição ?

Se convidarem, a Beth e o Zeca vão ao pagode do PAC IIa

Talvez valha a pena prestar atenção aos números do discurso da presidenta Dilma Rousseff no Congresso.

Clique aqui para ler “JK de saias relembra compromisso com a erradicação da miséria”.

Os políticos talvez saibam ler números.

Jornalistas não sabem.

Especialmente os que praticam o jornalismo de Economia, que, como diz o Delfim, não é uma coisa nem outra.

(Mino Carta, quando dirigia a Veja, costumava dizer que a soma de percentagens sempre era superior a 100%.)

A presidenta anunciou que durante seu mandato gastará R$ 1 trilhão nas obras do PAC II.

Nem o Governo Nunca Dantes teve tanto. 
O Eduardo Cunha – que se transformou na Paris Hilton sem fotógrafos – se considera um especialista em números.

Segundo o Garotinho, ele entende também de Casa e de Água.

O Padim Pade Cerra também acha que entende de Economia.

Mesmo sem diploma. 

Os dois devem saber o que significa o discurso da Dilma.

O JK de saias vai gastar durante o mandato – só no PAC II – o equivalente a 40% do PIB brasileiro de hoje.

Mais ou menos assim: por ano de Governo, a JK de saias vai destinar 10% do PIB ao PAC II.

Isso é obra a dar com pau.

Encomenda, máquina, matéria prima, aço, cimento, engenheiro, arrecadação – uma beleza !

E, especialmente, isso é emprego.

Daqui a pouco começa a entrar o dinheiro do pré-sal.

Outra chuva de dinheiro para Saúde, Educação, Tecnologia, Pesquisa.

O pessoal da oposição talvez ainda não tenha percebido o tamanho da encrenca.

Quando a JK de saias avisou que não vai perder a oportunidade de fazer do Brasil uma Nação desenvolvida, isso está mais próximo do que pode parecer à urubóloga.

A Dilma sabe que isso é uma possibilidade está ali, depois da esquina.

Por exemplo: se o Minha Casa Minha Casa, por dez anos, financiar casa própria para quem ganha de 0 a 3 salários mínimos, acaba a favelização no Brasil.

Clique aqui para ler “Pezão e a reconstrução do Rio – vai dar certo”.

Trabalha aqui na maquiagem da Record uma mulher de seus 40 anos que acaba de se formar em Artes Plásticas. 

Fez licenciatura também e pretende ser professora.

O marido é professor na rede pública estadual de São Paulo e sofre o pão que o Diabo amassou – ou melhor, recebe o Vale Coxinha.

Um filho é advogado e leitor diário do Conversa Afiada.

Outro estuda Gastronomia.

Ela acaba de me contar que vendeu um apartamento de 100 metros quadrados e trocou por uma casa de 300.

Financiou R$ 80 mil por 15 anos no Banco do Brasil.

E tomou mais R$ 20 mil num plano da Caixa para reforma da casa.

A família toda está correndo atrás.

Venderam até a bicicleta do mais novo.

Ela, coitada, faz biscate 48 horas por dia.

E está toda feliz !

Eu perguntei: mas, como é que você foi se endividar tanto ? 

Ah, meu filho, quis aproveitar o Governo Lula.

Mas, a Dilma vai ser a mesma coisa, ponderei.

Eu não podia esperar. Me endivido com o Lula e pago com a Dilma – foi a resposta dela.

Como esse raciocínio se aplica à matemática financeira da urubóloga, não sei.

Se a oposição não entender a decisão da maquiadora nem o discurso da JK de saias não vai entender a assim chamada “conjuntura internacional”.

A China não vai parar de bombar.

A economia americana se recupera, embora não volte a empregar, tão cedo.

A Alemanha vai puxar a Europa (é o destino da Europa …). 

Daqui a pouco dão ao Mubarak passagem só de ida para a Suíça e o preço do petróleo se acalma.

A economia mundial vai voltar a crescer, depois da crise de 2008.

Quer dizer, o quanto pior melhor não vai longe.

A oposição corre o risco de ficar de fora do grande pagode do PAC II.

E morrer abraçada ao Padim Pade Cerra.

Tudo isso, é claro, é uma remota hipótese.

Temos que aguardar o programa do PSDB na televisão.

Aquele em que o Farol de Alexandria fará o papel de Silvio Santos de tucanos.

Ali, tudo pode mudar.

O Sol pode voltar a girar em torno da Terra.



JK de saias lembra compromisso
com erradicação da miséria

Não desperdiçar a possibilidade de ser uma Nação desenvolvida
No pronunciamento no Congresso, a presidenta Dilma Rousseff manteve a prioridade de erradicar a pobreza.

É a sua marca, desde a campanha.

Outra marca da campanha: a presidenta apresentou-se ao Congresso de forma cautelosa e moderada.

Não correu riscos.

Crescimento com inclusão.

Qualidade do gasto público.

Austeridade.

A inflação não voltará.

Ela acabou de fazer barba, cabelo e bigode com a eleição das mesas do Senado e da Câmara.

Não precisava dizer muito mais do que o eleitor já sabia, na hora de votar.

Diz ter orgulho de ter feito parte da equipe do presidente Nunca Dantes.

E, como não podia deixar de ser, mostrou-se  a “tocadora de obra”, um JK de saias.

O PAC II já está em andamento.

Um trilhão de reais de investimentos até 2014.

É dinheiro para virar esse país pelo avesso.

Nunca dantes neste país se viu o que ela anunciou: o investimento em rodovia será igual (em torno de R$ 45 bilhões) ao da ferrovia.

460 em energia.

280 em petróleo.

O Minha Casa Minha Vida vai construir mais 2 milhões de moradias e gastar R$ 278 bilhões.

Nunca dantes.

(Não se tem notícia de uma única obra do FHC que tenha utilizado tijolo ou cimento.)

A Copa do Mundo, lembrou a presidenta, vai ter jogos em cidades que concentram 2/3 da população brasileira.

A Copa trará benefícios permanentes, disse ela.

Um raro momento de exaltação retórica:

Pela primeira vez o Brasil tem a possibilidade de se tornar uma Nação desenvolvida.

E nós não deixaremos que essa oportunidade seja desperdiçada.

(Aplausos moderados, como prefere a presidenta. Moderadamente.)


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