O Instituto Millenium publicou em seu blog (hospedado na Editora Abril), um artigo lobista sob o título "Tentativa de retirada de Agnelli da Vale prejudica funcionários, acionistas minoritários e fornecedores", e a certa altura comete um ato falho estarrecedor, neste parágrafo deles:
Essa manobra, de cunho político, busca aumentar a influência do governo dentro da empresa, para, possivelmente, ocupar cargos de interesse do governo, contratar empresas próximas ao governo e,até mesmo, aumentar a influência do governo nos meios de comunicação.
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Ôpa! O que mineração de ferro tem a ver com aumentar a influência nos meios de comunicação?
A única explicação que vem à cabeça é o famoso jabá (jabaculê): ou seja, propinas para jornalistas e barões da mídia nos piores casos, e presentes, mimos e agrados nos casos menos graves.
leia abaixo também:
- Afagos da Vale mimam jornalistas
O Instituto Millenium, para quem não conhece...
... é uma espécie de TFP "moderna" em seus valores, onde:
- O T da Tradição é substituído pela "Economia de Mercado";
- O F de Família é substituído pela "liberdade individual";
- O P de Propriedade não é substituído. Continua sendo a propriedade privada.
Cabeça de Agnelli já rolou da presidência da Vale
O artigo do Inst. Millenium acima foi publicado na véspera da decisão final de demitir Roger Agnelli da presidência da empresa.
A imprensa odeia a Petrobras e ama a Vale (ex-Vale do Rio Doce).
Além do ideário neoliberal e a campanha eleitoral de 2010, comparando balanços, resultados, responsabilidade social, não há razão objetiva para isso.
Demissões na Vale devido à crise internacional foram tratadas com discrição pela imprensa, enquanto na Embraer foram com estardalhaço. A Petrobras não demitiu ninguém, e isso é solenemente ignorado como uma vantagem competitiva da empresa na imagem de responsabilidade social.
Por que isso?
Há razões prá lá de subjetivas quando olhamos os afagos que a assessoria de imprensa da Vale faz aos jornalistas, com minos para seus egos. Temos dois exemplos flagrantes:
1) Jornalistas como Miriam Leitão são homenageados com um desenho animado, na área dedicada à imprensa no portal da Vale na internet:

Segue o vídeo da charge acima:
Além do ideário neoliberal e a campanha eleitoral de 2010, comparando balanços, resultados, responsabilidade social, não há razão objetiva para isso.
Demissões na Vale devido à crise internacional foram tratadas com discrição pela imprensa, enquanto na Embraer foram com estardalhaço. A Petrobras não demitiu ninguém, e isso é solenemente ignorado como uma vantagem competitiva da empresa na imagem de responsabilidade social.
Por que isso?
Há razões prá lá de subjetivas quando olhamos os afagos que a assessoria de imprensa da Vale faz aos jornalistas, com minos para seus egos. Temos dois exemplos flagrantes:
1) Jornalistas como Miriam Leitão são homenageados com um desenho animado, na área dedicada à imprensa no portal da Vale na internet:

Segue o vídeo da charge acima:
2) Lá também há uma plantação de mil árvores, cada uma homenageando um jornalista, com nome na plaquinha e tudo. De 3 em 3 meses fotografam as mil árvores, para cada um dos mil jornalistas acompanharem o crescimento via internet da árvore em sua homenagem.


Que a competente assessoria de imprensa da Vale esbanje simpatia, faz parte do trabalho deles, já que funciona, e os jornalistas se deixam seduzir por estes afagos.
Mas o outro lado, dos jornalistas, dos jornais, revista e TV's, comportarem-se como crianças quando ganham pirulitos, é inaceitável.
Isso reflete a baixa qualidade do jornalismo entregue ao leitor/telespectador, quando teriam o dever de informar ao leitor com isenção, seja com notícias favoráveis, seja com notícias desfavoráveis à empresa.
Recentemente essa imprensa comparou bananas com laranjas ao dizer que a Vale emprega apenas 80 profissionais na área comunicação contra 1150 da Petrobrás.
Basta olhar o site da Vale na Internet, que vemos que a barrigada não foi apenas quanto à Petrobras, foi também em relação à Vale.
Não dá para acreditar que apenas 80 pessoas consigam manter um site amplo daqueles, atender jornalistas, fazerem clipping de notícias, monitorarem resultados de propaganda e patrocínios, decidirem táticas e estratégias, comunicarem-se com movimentos sociais, governos locais afetados pela mineração, com a população local e nacional, com clientes e governos estrangeiros, com ONG's ambientalistas e sociais, povos indígenas, comunicarem-se com investidores, etc, etc, etc ...
Essas 80 pessoas teriam que ser super-heróis com poderes mágicos para dar conta de tudo isso sozinhos, e ainda sobrar tempo para fazer fotos trimestrais de mil árvores com nomes de jornalistas, e, ainda por cima, fazer desenhos animados nas horas vagas.
E, em vez de elogio, seria até demérito para uma companhia com o gigantismo da Vale ter em seus quadros apenas 80 pessoas para cuidar de toda essa comunicação, inclusive em diversos idiomas. Obviamente que nesta estrutura há muita gente terceirizada, e funções ligadas às estratégias de marketing, de responsabilidade ambiental e social, que não foram contabilizadas no caso da Vale, e foram no caso da Petrobras.
Fonte: Amigos do Presidente Lula
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