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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Curió é solto menos de um dia após a prisão


por Tatiana Farah, em O Globo
SÃO PAULO – O major de reserva Sebastião Curió Rodrigues de Moura não ficou preso nenhum dia pela posse ilegal de armas em sua casa. Curió, um dos chefes da repressão à Guerrilha do Araguaia, foi levado na quarta-feira para o Batalhão de Polícia do Exército, depois de prestar depoimento. Segundo o departamento de comunicação do Exército, o advogado de Curió obteve um habeas corpus para libertar seu cliente.
Curió foi preso pela Polícia Federal em sua casa em Brasília durante operação de busca e apreensão a documentos da ditadura, coordenada pelo Ministério Público Federal. Em sua casa, além de documentos e um computador, a polícia apreendeu as armas sem o devido registro.
Os agentes federais e o procurador da República Paulo Roberto Galvão foram à casa de Curió para tentar resgatar documentos do período da ditadura (1964-1985), em especial de sua atuação durante a Guerrilha do Araguaia, no início dos anos 70.
O Ministério Público Federal vai submeter o computador à análise em busca de documentos que possam estar digitalizados. Entre os papéis encontrados pelo MPF, estão páginas de documentos antigos com o selo “confidencial”. No entanto, o MPF não confirmou se os papeis podem ajudar na localização dos corpos dos guerrilheiros enterrados no Araguaia (TO) durante a ditadura.
Em entrevistas públicas e em depoimentos à Justiça, Curió já disse que o Exército teria executado 41 guerrilheiros no Araguaia. Ao jornal “O Estado de S. Paulo”, em 2009, Curió abriu uma mala cheia de papeis em que anotava, supostamente, detalhes de diversas dessas mortes. Os 41 militantes de esquerda teriam sido mortos, segundo ele, fora do campo de combate, quando não ofereciam risco aos militares
Fonte: Vi o mundo

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