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domingo, 10 de abril de 2011

Quem passou o número do celular da senhora coragem, para a Folha tucana?


A mulher que ligou para o 190 e avisou, em tempo real, o assassinato de Dileone Lacerda Aquino, 27 anos, baleado por dois soldados no cemitério das Palmeiras, em Ferraz de Vasconcelos (Grande SP), no dia 12 de março deste ano, sentiu-se traída pela Polícia Militar.

"A corregedoria prometeu me preservar --e eu acreditei", disse ela ontem, por telefone,ao jornal Folha de São Paulo

"Eu não acredito mais. Uma coisa que aconteceu em março. Falaram que iriam me preservar. A prova de que isso não é verdade é que eu estou falando com vocês jornalistas nesse momento", disse a senhora ao jornal.

Essa é polícia do Serra/Alckmin. Liberou a gravação do telefonema para a Tv, e o número do celular para o jornal do PSDB
É de arrepiar a gravação do telefonema que uma mulher corajosa fez para a Polícia Militar no último dia 12.

Ela tinha ido visitar o túmulo do pai num cemitério em Ferraz de Vasconcelos (Grande SP), quando viu um policial militar retirar um homem do carro oficial e assassiná-lo com um tiro no peito.

A cena, chocante, é de apavorar qualquer um. Muita gente, numa situação dessas, fingiria que não viu nada e tentaria sair dali o mais rápido possível. Mas não. A senhora sacou o telefone, ligou para a Polícia Militar (190) e descreveu o que estava vendo.

Só isso já seria coragem mais que suficiente. Mas não parou por aí. Um dos soldados da PM envolvidos foi até a mulher enquanto ela falava com o 190.

Ela então diz, aparentemente sem pestanejar: "O senhor que estava naquela viatura ali? O senhor que efetuou o disparo?" Antes, num lance de inteligência, avisou que na outra ponta da linha estava um policial.

O militar no cemitério desconversa, diz que estava socorrendo o rapaz. "É mentira, eu não quero conversar com o senhor", responde a mulher. Os dois PMs acabaram presos.

Um ato de bravura desses, numa realidade violenta como a nossa, merece todos os elogios. Além de tudo em Ferraz, lugar distante do centro, onde a população é ainda mais vulnerável, tanto à ação de bandidos quanto aos desmandos de alguns policiais violentos.

Um relatório da polícia mostra que grupos de extermínio formados por PMs mataram 150 pessoas na capital entre 2006 e 2010.

A senhora foi incluída no programa de proteção a testemunhas, mas a Folha sabe o endereço , o nome e o telefone da senhora. Será que a vida dessa senhora vale alguma coisa?

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