Seja bem-vindo. Hoje é

Contador único p/ IP

segunda-feira, 16 de maio de 2011

ANP, a inútil


A Agência Nacional de Petróleo serve para quê, se ela se limita a dizer que “o mercado” vai resolver os problemas do preço do combustível do Brasil? Enquanto os próprios jornais noticiam quedas fortes no preço do etanol hidratado, o site da agência produz a notícia de que, segundo sua pesquisa, caiu apenas 3,5% o preço deste combustível.
Não duvido dos dados coletados pela agência. O que se questiona é a sua inação diante das disparidades absurdas de preço e margem de lucro que ela própria registra.
Vejam só:
No Rio de Janeiro, os preços por litro do etanol variam entre R$ 1,99 e R$ 3; em São Paulo, de R$ 1,48 a R$ 2,50! Ou seja, uma variação de até 50% nos preços de uma mesma mercadoria que não é como banana ou tomate, não está “bonita” ou “feia”, toda ela segue em tese o mesmo padrão. E se estiver em desconformidade, “batizada” ou adulterada de alguma maneira, o posto tem de ser fechado.É, aliás, um dever dela.
Claro que boa parte desta diferença se explica pela data da coleta de preço. Mas em pleno furação de aumentos – e depois de quedas – nos preços será que a ANP não consegue fazer uma pesquisa que sirva para o que deve servir; orientar o consumidor e à própria cadeia de comercialização, ajustando os preços? Se não tem competência para fazer uma pesquisa ágil, que sirva para orientar e  não para confundir, então não faça nenhuma.
Se eu tivesse abastecido o carro levando em conta o preço médio da pesquisa da ANP no Rio, teria pago R$ 2,52 por litro de etanol, em lugar dos R$ 2,25 que estava na maioria dos postos que vi. Ou seja, 11% a mais.
Dê uma olhada no preço de venda do etanol segundo a USP, aí do lado. É essa a ação que a ANP deveria estar tomando: mapear estoques e margens na comercialização de um etanol que está sendo vendido 30% mais barato que há um mês e que a Agência tem a cara-de-pau de dizer que baixou 3,5% nos postos.
E não venham com histórias de que são os impostos, porque os impostos tem as mesmas alíquotas hoje que tinham há um mês.
É isso o que chamam de “técnica”, em lugar de “política”?
Fonte: Tijolaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário