O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que;os partidos de oposição que propuseram as representações não apresentaram documentos que demonstrem a prática de crime.
Num parecer de 27 páginas, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, arquivou nesta segunda-feira a representação da oposição que pedia abertura de inquérito contra o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Gurgel sustenta que não há na representação dos partidos de oposição qualquer prova ou indício que configure crime envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci e que apenas apresentar como prova o enriquecimento do ministro também não é suficiente para o Ministério Público abrir um inquérito. E, depois de lembrar que defendeu a condenação de Palocci no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo, agora, não vai pedir a abertura de investigação apenas porque o caso ocupa páginas de jornais.
.Em nota divulgada pelo Ministério Público, Gurgel diz que a enorme repercussão do caso, que tem estado nas primeiras páginas dos grandes jornais há semanas, em razão da notória importância do representado no cenário político nacional, talvez recomendasse, como caminho mais simpático para o Ministério Público que, a despeito da insuficiência absoluta de indícios, promovesse a continuidade da investigação, porque "procurando, vai achar", porque "certamente há algo de errado" e outras trivialidades. A Constituição e as graves responsabilidades da instituição e do seu cargo não autorizam, porém, o Procurador-Geral da República a ceder a tais bordões. Como destaquei em meu discurso de posse, reiterando compromisso assumido perante o Senado, o Ministério Público, a despeito de não se afastar do exato cumprimento do dever de apurar desmandos e desvios na conduta dos agentes públicos, não se prestará a servir de instrumento do enfraquecimento institucional de qualquer dos poderes, por todos os motivos indesejável para a democracia e, por isso mesmo, contrário aos mais altos interesses da sociedade brasileira", sustenta o procurador-geral.
"As quatro representações não vieram instruídas com qualquer documento. Nenhum elemento que revelasse, ainda, que superficialmente, a verossimilhança dos fatos relatados. As representações ora em análise e as matérias jornalísticas a que se referem não contêm, reitere-se, a descrição de um único fato que constitua causa idônea e hábil a autorizar o requerimento de quebra de sigilo do representado, de sua empresa e de eventuais clientes. Além da ausência de indício idôneo da existência da afirmada ação do representado perante os órgãos públicos para beneficiar os clientes da Projeto, tem-se que os fatos, do modo como descritos nas representações, não se enquadram, sequer em tese, no crime de tráfico de influência" afirmou o procurador.
Gurgel insiste que nem nas matérias jornalísticas nem na representação da oposição há elementos para reforçar a tese de que Palocci usou sua empresa Projeto para fazer tráfico de influência. " No presente caso, examinadas as representações, com toda a atenção que a alta qualificação dos seus autores e a gravidade do seu conteúdo impõem, e as matérias jornalísticas bem como as informações e os esclarecimentos prestados pelo representado, acompanhados de documentos, não é possível concluir pela presença de indício idôneo de que a renda havida pelo representado como parlamentar, ou por intermédio da Projeto, adveio da prática de delitos nem que tenha usado do mandato de Deputado Federal para beneficiar eventuais clientes de sua empresa perante a administração pública".
Essa oposição poderosíssima, pois tem o poder econômico e a mídia como aliada, tem como objetivo tentar ganhar no tapetão o que não consegue nas urnas, até porque vão encontrar pela frente uma pedreira chamada Lula. Com um golpe só quer retomar a cadeira da Dilma e afastar a possibilidade de Palocci governar São Paulo, que o PSDB considera propriedade sua.
Nosso eleitorado, se não tem, já deveria ter maturidade política para entender que o que vem mastigado pela mídia nem sempre é a verdade pura dos fatos. Enriquecer é crime? Enquanto à filha de Serra, que multiplicou seu patrimônio em 20 mil vezes de um dia para o outro em apenas um dia, em sociedade com a irmã de Daniel Dantas? Isto não merece explicação? A mídia tem seus próprios interesses privados e objetivos políticos. Sabia?
'Fogo amigo' ajuda a fragilizar ministro
Intrigas e disputas dentro do PT, por ambições eleitorais e perda de poder, agravam a crise e aumentam pressão por nova articulação política
- O Estado de S.Paulo
De perfil tranquilo, porém soturno, como apontam os próprios petistas, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, não promove o enfrentamento político interno, mas se mostra vulnerável ao "fogo amigo". É dentro do próprio PT que estão os maiores desafetos de Palocci, situação que pode, na atual crise política, ajudar a empurrar o ministro para fora do cargo exatamente quando o Planalto avalia a repercussão das explicações fornecidas por ele na última sexta-feira.
Nestes cinco primeiros meses do governo de Dilma Rousseff, ele desagradou parte da bancada petista na Câmara, que até hoje não conseguiu emplacar seus 104 indicados para cargos de segundo escalão. Com alguns, Palocci bateu de frente. Foi o caso do ex-presidente do PT e deputado Ricardo Berzoini (SP), que perdeu posições no Banco do Brasil e na Previ - o fundo de pensão dos funcionários do banco.
Palocci é considerado eterno adversário de parlamentares paulistas que alimentam a esperança de virarem candidatos do PT ao governo de São Paulo. Até a recente crise política da qual ele é protagonista, por conta de sua evolução patrimonial, o nome do ministro era sempre lembrado para o cargo. Na lista de alguns petistas, Palocci é, inclusive, potencial candidato à Presidência em 2018.
A exposição o coloca em confronto com outro peso-pesado petista, que vê Palocci como uma ameaça a pretensões eleitorais: o ex-ministro José Dirceu. Colegas de ministério no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, ambos disputavam a preferência do chefe na corrida pela sucessão presidencial. Os dois foram abatidos por se envolverem em escândalos, criando um vácuo ocupado por Dilma.
Imposto por Lula à então candidata à Presidência, Palocci conquistou ao poucos o lugar do "homem forte" da campanha de Dilma. Substituiu o hoje ministro Indústria e Comércio, Fernando Pimentel, amigo fiel e o preferido de Dilma.
Apesar dos esforços de José Dirceu para deixá-lo de fora do "núcleo duro" do governo Dilma, Palocci conseguiu se transformar no principal auxiliar da presidente.
Boa parte da bancada federal do PT também não morre de amores pelo ministro. A ala do partido que elegeu Marco Maia (RS) presidente da Câmara e Paulo Teixeira líder do partido defende uma mudança geral na coordenação política.
Além do Palocci, os alvos são o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais), e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).
Os grupos ligados a Maia e a Vaccarezza estão em atrito desde a disputa pela presidência da Câmara. A ala de Maia, vencedora, não se conforma com a manutenção de Vaccarezza no cargo.
Frágil. No início da crise envolvendo Palocci, que multiplicou 20 vezes seu patrimônio no período em que era deputado (2006 a 2010), a coordenação da bancada do PT cogitou redigir uma nota de apoio ao ministro, mas a ideia não vingou. A justificativa apresentada foi a de que um documento de apoio poderia dar a sensação de fragilidade do ministro.
As cobranças para que Palocci se explicasse, antes reservadas, passaram a ser públicas. Duas semanas depois, a Executiva do PT se negou a divulgar uma nota de apoio. "O poder é solitário", resume um dirigente do PT.
O QUE PALOCCI DISSE
Faturamento da Projeto
"Todo o faturamento da empresa foi registrado nos órgãos de controle tributário. Agora, os números da empresa são números que eu gostaria de deixar reservados porque não dizem respeito ao interesse público"
Lista de clientes
"Não devo divulgar. Acho que não tenho o direito de fazer a divulgação de terceiros."
Crise
"Não há uma crise no governo, há uma questão em relação a minha pessoa. Prefiro encarar assim e assumir plenamente a responsabilidade que tenho nesse momento de prestar as informações aos órgãos competentes e dar as minhas explicações"
Futuro
"Dilma tem o meu cargos e o de todos os ministros. Não chegamos a conversar sobre esse assunto."
Folha adota "padrão Veja" de jornalismo
O jornal Folha de S.Paulo, está fazendo campanha acirrada contra o governo Dilma. Os colunistas que agora vociferam contra Palocci, faz o mesmo que a Folha faz sistematicamente, desde que Lula tomou posse no Planalto em janeiro de 2003.
A edição deste domingo estampa na sua primeira página mais uma hipocrisia, mas, o leitor que assina, lê o puro jornalismo marrom nas páginas do jornal
Leiam com atenção a notinha e comentem onde está o erro
Empresas ajudaram a financiar campanhas de Dilma e do PT
As duas consultorias que mais ganharam da União no ano passado colaboraram financeiramente com a campanha de Dilma Rousseff e com o PT nacional.Primeira colocada no ranking, a STE Serviços financiou em R$ 200 mil o comitê financeiro do PT para presidente e doou R$ 60 mil para o diretório nacional do PR, da coligação de Dilma.
A Concremat, por sua vez, doou R$ 2,91 milhões para partidos e comitês. Desse montante, 45,5% foram repassados para os diretórios nacionais do PT e do PMDB.As duas empresas contribuíram também com outros partidos e candidatos.As duas atuam na área de engenharia, elaborando projetos e supervisionando obras públicas e privadas em segmentos como transporte, saneamento e energia.
Resumindo: Em outras palavras, a própria Folha diz que não há nada de irregular. Na realidade, o que a Folha fez foi um ataque gratuito ao governo Dilma
"Doações foram feitas a todos os partidos políticos"
A STE informou que atua com engenharia consultiva há 38 anos, tem 700 colaboradores e as "doações, legais e devidamente contabilizadas, foram feitas a praticamente todos os partidos políticos,independentemente de estarem ou não no governo".Por meio da assessoria de imprensa, a Concremat informou que o valor pago pela União por consultorias representou menos de 6% da receita da empresa -R$ 507,6 milhões em 2010.
A Concremat afirmou também que "as doações não foram influenciadas por qualquer relação com o governo federal".E completou que elas "se basearam em critérios como representatividade e apoio à priorização dos investimentos em infraestrutura".
Do jeito que a coisa vai, a Folha ainda chama seu ex-repórter, Márcio Aith, assessor do José Serra, de volta para ampliar o leque de opções na sua campanha contra governo. O modelo de Veja está fazendo escola.
Fonte: Amigos do Presidente Lula
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