Moção de repúdio dos estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP
do Escrevinhador, sugestão de FrancoAtirador
Nós, estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP, viemos explicitar o nosso repúdio à maneira como a imprensa hegemônica tem exposto os acontecimentos recentes no campus da USP.
Estamos constrangidos com a maneira preguiçosa e irresponsável como a imprensa e a televisão têm feito seu trabalho, limitando-se a vender o espetáculo originário de uma cobertura superficial e pautada no senso comum.
Entendemos as comunicações e as artes como agentes essenciais na conscientização e na transformação da sociedade. Para isso, o jornalismo não pode ser um mero reprodutor de discursos circulantes, mas sim um instigador de debates e inquietações.
O que assistimos recentemente foi uma reprodução incansável de estereótipos, que só serviram para manipular a opinião pública contra as lutas que são primordiais dentro do campus.
Como estudantes de universidade pública, é também nosso papel questionar a maneira como a mídia trata os movimentos sociais, principalmente como ela tem tratado o movimento estudantil. Buscar entender as raízes do problema exige apuração minuciosa, princípio básico do jornalismo. Posições existem, mas elas não podem ocultar ou distorcer fatos.
O nome do que está sendo praticado é antijornalismo. A sociedade não financia a nossa formação para sermos profissionais como esses.
Escola de Comunicações e Artes
Assembleia Geral dos estudantes da ECA
Assembleia Geral dos estudantes da ECA
Lara Santana: Coquetéis molotov foram plantados na reitoria
por sugestão do comentarista Luc
Em depoimento, a estudante Lara Santana, presa durante a ocupação da Reitoria da Universidade de São Paulo, diz:
1. Os estudantes não produziram os coquetéis molotov apresentados pela polícia como sendo deles;
2. Uma estudante foi espancada e amordaçada pelos policias;
3. As mulheres sofreram ameaças verbais de policiais militares;
4. Os estudantes picharam as paredes, mas não provocaram a destruição atribuída à ação deles pela mídia.
Fonte: Vi o mundo
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