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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Já que a elite fala inglês-2: The book is on the table

Continuando na observação feita por Lula sobre como a Folha acha indispensável para os governantes brasileiros falar inglês, eu acrescento: seria bom que os donos dos jornais brasileiros soubessem, ao menos, ler inglês.


Estão fazendo uma onda – e coro com os luminares da liberdade José Serra e Da Costa – sobre as ameaças que a imprensa brasileira estaria sofrendo, com pressões do Governo federal.
Publico, abaixo, um trechinho de matéria de hoje doFinancial Times, e, numa espécie de tradução simultânea, em itálico, o que quer dizer na lingua de William Shakespeare.
Serra’s campaign is in disarray. (A campanha de Serra está uma bagunça). He seems to be running on a single issue (Ele parece estar batendo numa só tecla): his achievements as health minister a decade ago (seu sucesso como ministro da Saúde, dez anos atrás) and his investments in health services as mayor of São Paulo city and governor of São Paulo state (e seus investimentos em serviços de saúde como prefeito e governador de São Paulo). He has taken up valuable column inches accusing Evo Morales of Bolivia of running cocaine into Brazil (Ele ocupou importantes colunas de jornais acusando Evo Morales, da Bolívia, de mandar cocaína para dentro do Brasil), accusing the PT of links to the Farc in Colombia ( acusando o PT de ligação com as Farc na Colômbia) and accusing the government of censoring Brazil’s press – surely one of the most uncensored in the world ( e acusando o governo de censurar a imprensa do país – seguramente uma das menos censuradas do mundo).
Pronto, espero ter ajudado o pessoal da Associação Nacional dos Jornais, do Instituto Millenium, os editorialistas de O Globo e a D. Judith Brito, executiva da Folha, que não cansa de alertar sobre os perigos que corre a liberdade de imprensa no Brasil.
A propósito: eu não falo inglês, mas, como diz o Lula a gente arranja um amigo tradutor. Aqui no tijolaco.com mesmo, já apareceu o leitor João Lucas, que trouxe ótimas contribuições. Uma delas:
“Serra doesn’t have a snowball’s chance in hell of be elected”. Tradução: Serra não tem chance de ser eleito nem a pau”, Juvenal (por minha conta)!


Já que o Lula falou que o pessoal da Folha cobrava que ele falasse inglês – talvez para dizer “yes, sir” corretamente -  vou indicar uma matéria para o pessoal da Avenida Barão de Limeira traduzir e publicar. Não é de nenhum jornal comunista, mas do conservadoríssimo Financial Times, que previu no seu site uma vitória retumbante de Dilma Rousseff e disse que a campanha de Serra é confusa e não deixa claro o seu programa de governo.
“Ele parece basear sua campanha em uma única questão: lembrar suas conquistas como ministro da saúde e como prefeito e governador de São Paulo”, diz o Financial Times.
Com o nível de informação que tem, a imprensa inglesa sabe bem que Serra representa os interesses do mercado, que o Financial Times acolheria de bom grado. O que soa estranho para os jornalistas britânicos é não ver o tucano assumir isso e ficar num discurso estéril, ainda tentando se aproveitar da imagem de Lula.
“De fato, é difícil enxergar seu programa. Ele deveria continuar a reforma do Estado iniciada na década de 90 por seu colega de governo Fernando Henrique Cardoso”, constata, perplexo, o Financial Times.
O jornal afirma que Serra liderou as pesquisas até o mês passado simplesmente porque era mais conhecido. E que é difícil imaginar agora algo diferente que uma retumbante vitória de Dilma.
Fonte: Tijolaço

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