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sábado, 28 de agosto de 2010

Maeco Maciel já era senador no tempo do imperador

O presidente Lula cumpriu à risca o papel de maior cabo eleitoral do país no comício realizado ontem no Marco Zero. Ao lado de candidatos proporcionais, dos integrantes da chapa majoritária governista no estado e da presidenciável do PT, Dilma Rousseff, Lula investiu pesado na 'necessidade' de Pernambuco eleger o que estavam ali como forma de garantir a continuidade das mudanças iniciadas por ele no país.
Foto: Alcione Ferreira/DP/D.A Press
 Salientou as qualidades do governador Eduardo Campos (PSB), apontado por ele como "o maior governador da história do estado". Enfatizou também a capacidade de Dilma, cuja candidatura, segundo ele, foi um desafio por conta do "preconceito", mal que disse ter enfrentado quando decidiu concorrer ao Palácio do Planalto. Até aí, o presidente não tinha feito referência a adversários. Mas, ao pedir votos para os candidatos a senador, Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB), Lula não poupou nos ataques aos concorrentes.

O presidente deu a entender que sua missão na noite de ontem era, antes de tudo, reforçar, por meio do seu prestígio e do seu poder de oratória, a importância de eleger os dois senadores. E falou sem medir consequências. O discurso não só intensificou a propagação do 'voto casado', estratégia enfatizada por Eduardo nos últimos dias. Mas deixou claro também que a eleição de Monteiro é a prioridade número um da campanha da situação. Por outro lado, confirmou que o senador Marco Maciel, candidato à reeleição, é o adversário a ser combatido. Isso porque segue empatado com o petebista nas pesquisas de intenções de voto.

Não sem razão, foi justamente para Maciel que o presidente destinou as investidas mais ácidas. Sem citar o nome do democrata, disparou: "Me parece que (ele) já era senador no tempo do imperador. Tem um cidadão aí que já foi deputado, presidente do Congresso, presidente da Câmara (dos Deputados), vice-presidente (da República). Me contem: 'o que é que ele trouxe pra Pernambuco'?". A indagação foi respondida de pronta pela militância com um sonoro "nada".

Ao segundo postulante à Casa Alta da chapa de oposição, deputado Raul Jungmann (PPS), o presidente dirigiu comentários do mesmo quilate. "O outro (candidato) vocês já conhecem. O menorzinho, vocês conhecem. (Aquele) Que parecia que cuidava da reforma agrária". Em seguida completou: "Ou seja, Pernambuco de (Francisco) Julião, Pernambuco de (Miguel) Arraes, Pernambuco de Frei Caneca, Pernambuco de Eduardo Campos, Pernambuco de Lula não pode votar nesse tipo de gente pra senador da República. É preciso virar e mudar a página da política de Pernambuco".

A despeito do caráter eleitoral das declarações, Lula observou que a eleição de Armando e Humberto pode evitar que Dilma tenha os problemas que ele enfrentou por não ter maioria no Senado. Ele lembrou que em 2005, senadores de oposição tentaram lhe tirar o mandato. Também destacou que foi o Senado o responsável pela não renovação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, tentaram lhe impor uma derrota, mas prejudicadas foram as pessoas que necessitam dos serviços públicos até então viabilizados pelos bilhões arrecadados com a taxa.

A contundência das declarações encontrou respaldo na plateia, que vibrou ao ver Lula no seu derradeiro comício como presidente. Mas foram as equipes dos guias de rádio e TV da frente governista o 'público' melhor compensado com o que se passou no Marco Zero. Tudo o que foi dito e realizado no palanque foi devidamente registrado para o uso em programas eleitorais. Os ataques aos adversários seguidos de elogios a Armando e a Humberto rechearão os guias goverbistas nos próximos dias.

Fonte: Diário de Pernambuco

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