O novo mico da Folha

No afã do “vale qualquer coisa” para atingir Dilma Rousseff, a Folha de S.Paulo comete as maiores barbaridades e vive tomando desmentidos que expõem o jornalismo da pior espécie que vem praticando.

A manchete de hoje, que diz em letras garrafais que “Planalto manda TV estatal filmar comícios de Dilma” foi desmentida de cabo a rabo pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência com argumentos incontestáveis.

Afirma a Secom que a NBR, canal de comunicação do governo, não foi instruída a gravar “comícios de Dilma”, como mancheteia a Folha, e sim as falas do presidente da República. A Secom esclarece que é sua missão manter registros de todos os pronunciamentos do presidente. “Com isso, não só se assegura a preservação de arquivos que têm valor histórico, como se facilita a correção de possíveis erros de terceiros na divulgação dos discursos do presidente”, ressalta a nota. Será que isso foi uma indireta para a Folha?

O ridículo da Folha é tamanho que sua manchete é desmentida pelo próprio conteúdo, que reproduz a orientação dadas aos cinegrafistas da NBR. Está escrito lá com destaque em negrito e uso de algumas maiúsculas: “O objetivo é somente ter um registro, gravando as ações do presidente e os discursos…Este conteúdo NÃO é para ser usado na nossa cobertura, NEM MESMO para ser gerado para as emissoras. É apenas para registro.”

Sobre isso, a nota da Secom bate duro: “Apesar disso, a Folha dá a entender, sem qualquer prova, que elas poderiam estar sendo “encaminhadas ao comitê de Dilma ou utilizadas na propaganda eleitoral”. Trata-se de uma insinuação leviana.”

Para arrasar de uma vez a porca matéria da Folha, a nota da Secom ainda destaca que o jornal errou grosseiramente  na identificação da foto de capa do caderno Eleições (que reproduzo ao lado), com a legenda “À noite, o cinegrafista filma comício com Dilma e Lula”. A foto é de evento oficial na Universidade Federal de Juiz de Fora, como se percebe claramente pelo nome ao fundo do palco e os trajes com que aparecem Lula e alguns de seus ministros.

É o exemplo típico do jornalismo “se colar, colou” que tratei mais cedo aqui. Será que a Folha publica correção amanhã?

Ou vai ficar, como eu disse mais cedo, mentindo na manchete e desmentindo nas letrinhas?

Fonte: Tijolaço

Tentando entender a Folha

Por Mario Siqueira

Diferentemente da imensa maioria dos comentaristas deste blog, não estou indignado (já estive, tempos atrás) com a Folha e suas vergonhosas "reportagens" contra o governo Lula e a candidata Dilma.

Estou é intrigado: onde a Folha quer chegar ?

A revista Veja todos entendemos: é feita para um público específico, que é aquela parte da classe média desinformada, que se considera pertencente à elite, que acredita em tudo que eles publicam. Adoram sentir-se "bem informados". Se deliciam com as bobagens dos mainardis da vida. O público da Veja é cativo.

Mas e a Folha? Grande parte de seus leitores, senão a imensa maioria, é formada por gente com discernimento suficiente para distinguir jornalismo sério de baixaria. É desses leitores que a Folha depende, seja pela venda do jornal, seja pelos anunciantes que sabem qual o público que vai ler suas propagandas. Do jeito que a coisa vai, a curto prazo o jornal quebra. Vai acabar.

Estamos assistindo a um processo de suicídio que parecia lento, mas que agora, parece, vai ter um desfecho muito rápido. Será premeditado, por razões que o leitor (ou ex-leitor) comum desconhece ?