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terça-feira, 3 de maio de 2011

De olho em 2014, Aécio corteja PSD


Até agora mero espectador do inchaço do PSD e do definhamento do DEM, o senador tucano Aécio Neves (MG), aspirante a candidato do PSDB à Presidência em 2014, colocou o partido que está sendo criado pelo prefeito Gilberto Kassab no centro do radar de alianças. Com isso, ele, que já tem “espólio” do DEM, quer alargar sua rede de segurança política.

Nesta segunda-feira, 2, depois de criticar os ataques de tucanos ao PSD e de defender a tese de que é preciso “conversar e manter vínculos” com os líderes do novo partido, o senador deu passo concreto para se aproximar da cúpula da legenda. Ele jantaria com o ex-presidente do DEM Jorge Bornhausen, linha de frente do prefeito de Kassab nas articulações para criar o PSD. “Todos os que têm pretensão política devem manter as portas abertas. Acho inteligente a posição de Aécio de evitar críticas ao PSD”, disse Bornhausen. “A gente pode amanhã estar junto. Então, por que fazer crítica mais ácida?”

A julgar pelo incentivo de Bornhausen, Aécio começou bem sua movimentação para fincar pé na nova legenda, evitando que seu concorrente no PSDB – o ex-governador José Serra, que também tem pretensões presidenciais em 2014 – tenha canal exclusivo com os dissidentes do DEM.

O que abriu espaço à aproximação em meio ao tiroteio de tucanos contra o PSD foi a declaração de Aécio no 1º de Maio, quando falou de seu “apreço” por Kassab, embora observe que o novo partido “nasce sem identidade”.

O ex-presidente do DEM já saiu da legenda, mas deixará a tarefa de se filiar ao PSD reservada ao filho e deputado federal, Paulo Bornhausen (SC), hoje licenciado da Câmara para comandar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável do governo de Santa Catarina. “O futuro é deles. Eu serei torcedor”, afirmou.

Nos bastidores, porém, sua atuação mostra que ele está bem longe da aposentadoria. No último fim de semana, acompanhou o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo – que deixou o DEM rumo ao PSD –, em visita ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) para tratar da nova sigla. As conversas sobre fusão entre as legendas se encerraram, mas o descarte desta hipótese não significa afastamento.

Acordo com PSB
Os governadores acertaram parceria nas eleições de 2012. O grande desafio do PSD é garantir sobrevivência eleitoral sem tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e tevê, calculado de acordo com o desempenho da legenda nas eleições anteriores e tamanho de sua bancada no Congresso.Do Jornal da Tarde

O fim da raça do DEM



O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, deixou o DEM para se filiar ao PSD do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. E não vai só: parlamentares das bancadas estadual e federal do partido vão acompanhá-lo. Apesar da divisão interna alimentada pela insegurança de migrar para uma nova legenda a um ano das eleições municipais de 2012, há expectativa de que a regional catarinense do PSD possa ficar maior do que o DEM estadual.

Colombo vinha trabalhando para agregar à nova legenda comandada por Kassab quadros de outros partidos e já contabiliza vitórias. Um deputado federal do PSDB, Jorginho Mello, já avisou ao governador que está de malas prontas para seguir com ele para o PSD e as adesões não param aí. O deputado estadual do PP, Kennedy Nunes, também sinalizou a disposição de aderir à nova sigla que poderá reunir cinco deputados federais.

De passagem por Florianópolis no final de semana, para prestigiar o casamento de um amigo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acabou ajudando Colombo a convencer seu grupo a acompanhá-lo.

Abordado pela imprensa antes da cerimônia, Geraldo Alckmin descartou a fusão com o PSDB que o DEM catarinense considerava fundamental para a sobrevivência do partido, com a opção de descartar a mudança para o PSD.

Influência tucana. Quem se aproveitou da declaração foi o prefeito Gilberto Kassab, que havia desembarcado em Florianópolis para participar da reunião do grupo de Colombo realizada domingo à noite, na casa do presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio. O prefeito paulista usou as palavras de Alckmin para convencer o grupo de que não havia outro caminho para a sobrevivência de todos fora do PSD.

"Vamos parar de ser subsidiários do PSDB e tocaremos nosso projeto com parcerias que possam nos fortalecer no futuro. O DEM, com o atrelamento único e exclusivo ao PSDB, acabou virando filial dos tucanos", disse o deputado e secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Paulo Bornhausen (DEM-SC), animado com a mudança.

Ao final, os parlamentares presentes ao encontro marcado para analisar o quadro político local e nacional avaliaram que a fala do governador paulista teve peso no contexto. "Foi o que faltava para sacramentar rapidamente a decisão de mudar de partido", avalia um dos participantes da reunião.

Como a saída de Raimundo Colombo era vista pela direção do próprio DEM como uma espécie de golpe final que inviabilizaria a sobrevivência do partido, dirigentes nacionais do DEM ainda tentaram uma operação de última hora para segurar o governador. Sem a alternativa da fusão, no entanto, não tiveram força para demovê-lo da ideia.

Novo rumo. Em nota oficial, o governador catarinense afirmou que "a sociedade nos mostra a necessidade de um novo caminho" e registra as dificuldades de sensibilização da cúpula partidária em relação a uma mudança de rumo no DEM.

O governador argumentou ainda que a falta de uma resposta levou os correligionários do DEM em Santa Catarina a "formar forte convicção da necessidade de se construir um novo partido político no Brasil".

O próximo passo, ainda segundo a nota oficial divulgada por Colombo, será de contato com as bases sobre os motivos da decisão tomada na noite do último domingo.Informações Estadão

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